V. Setúbal 0 Sporting 2

Foto: Sporting.pt

Vitória de Setúbal: Bruno Vale; Janício, Robson, Anderson e Cissokho; Sandro (Leandro Branco, 75 m) , Ricardo Chaves (Leandro Lima, 69 m), Elias e Mateus; Bruno Gama e Laionel (Carrijo, 45 m).Treinador: Daúto Faquirá

SPORTING: Rui Patrício; Abel, Daniel Carriço, Anderson Polga e Marco Caneira; Miguel Veloso, João Moutinho, Vukcevic (Bruno Pereirinha, 60 m) e Izmailov (Pedro Silva, 76 m); Hélder Postiga (Derlei, 72 m) e Liedson. Treinador: Paulo Bento

Golos: Liedson 17 (0-1), João Moutinho 33 (0-2)

O capitão a pregar no deserto!

João Moutinho -3- o melhor do Sporting! Porquê? Porque sim, porque ele nunca merece perder, porque ele é grande!

Rui Patrício -3- defendeu uma grande penalidade.

Abel -2- há saudades do Abel antes da lesão.

Tonel -3- não foi pelos centrais.

Polga -2- Não merecia falhar a grande penalidade

Grimi -3- um bom lutador.

Miguel Veloso -2- não regressou bem.

Romagnoli -2- falta de inspiração.

Izmailov -2- ainda por cima falhou o penalty decisivo.

Liedson -2-
quem não treina a penalidade máxima…

Vukcevic -2- sem decidir.

Pereirinha -3- entrada tardia

Adrien -2- melhor que Veloso.

Carlsberg Cup… Decidida nos penaltys !

O Sporting perdeu a Taça da Liga para o Setúbal na marcação de grandes penalidades, após o nulo no tempo regulamentar.
Numa final equilibrada e muito combativa, os «leões» acabaram por soçobrar nos penalties, com o guarda-redes Eduardo a ser decisivo.
Na estrutura «leonina» Grimi e Tonel voltaram à defesa, após terem cumprido um jogo de castigo, Izmailov ganhou a titularidade a Pereirinha, e Simon Vukcevic voltou a ser o parceiro de Liedson na frente.
A chuva que caiu durante a tarde no Algarve condicionou o relvado, obrigando as duas equipas a jogar mais rápido e de forma prática.
O encaixe dos dois conjuntos foi gradual, com maior posse de bola para o Setúbal na primeira parte e maior percentagem de remates para o Sporting. Se é certo que os «leões» tentaram, quase sempre de longe, visar as redes de Eduardo –graças a Liedson, Polga e Vukcevic – houve depois, alguma falta de velocidade no construção ofensiva.
A partir dos vinte minutos, os «leões» pressionaram mais alto sobre a bola, fazendo os sadinos errar com maior frequência nos passes.Apesar de ter terminado a primeira parte em alta, o Sporting entrou na segunda metade mais expectante e só pareceu acordar com o livre de Pitbull ao poste.
A distracção – com a barreira a abrir no remate do brasileiro – teve um efeito “despertador” para o «leão», mais veloz nas transições para o ataque. O Sporting cresceu então, passando a ter maior ascendente junto ao último terço de terreno do Setúbal.
Bruno Gama ainda rematou às redes laterais da baliza de Patrício, mas a partir daí os «leões» tiveram algumas boas situações para finalizar. Vukcevic esteve muito perto do golo – já com Pereirinha no lugar de Abel – e Adrien (Miguel Veloso) entrou para dar maior estabilidade às transições.
Quando as duas equipas já pouco arriscavam, Romagnoli teve tempo para algo mais, num remate junto ao poste, e a partida encaminhou-se para os penalties.Na lotaria das grandes penalidades, o Setúbal foi mais feliz e garantiu a primeira Taça da Liga – Carlsberg Cup.

FICHA DE JOGO: Taça da Liga – Carlsberg Cup – Final 22 de Março de 2008
Estádio do Algarve
Árbitro: Pedro Proença (Lisboa)
Ao intervalo: 0-0

V. SETÚBAL: Eduardo; Janício, Robson, Auri, Jorginho, Sandro, Elias, Ricardo Chaves, Bruno Gama (Paulinho, 67 m), Cláudio Pitbull e Leandro (Filipe Gonçalves, 79 m).
Treinador: Carlos Carvalhal
Suplentes não utilizados: Milojevic; Hugo, Adalto, Bruno Ribeiro e Bruno Severino.Disciplina: Cartão amarelo para Sandro (69 m).
Nos penalties Auri, Pitbull, Elias marcaram. Jorginho e Paulinho falharam.

SPORTING: Rui Patrício; Abel (Pereirinha, 63 m), Tonel, Anderson Polga, Grimi, Miguel Veloso (Adrien Silva, 79 m), João Moutinho, Izmailov, Romagnoli, Simon Vukcevic e Liedson.
Treinador: Paulo Bento
Suplentes não utilizados: Stojkovic; Gladstone, Yannick Djaló, Farnerud e Tiuí.
Disciplina: Cartão amarelo para Polga (40 m) e Miguel Veloso (49 m).
Nos penalties Romagnoli e Moutinho marcaram. Polga, Liedson e Izmailov falharam.

Texto extraído do Site Oficial do Sporting Clube de Portugal.

À Terceira não foi de vez

Foto: FRANCISCO LEONG/AFP/Getty Images
Setúbal 1 SPORTING 0
Os adeptos do Sporting, não merecem esta atitude dos profissionais leoninos. Não merecem que o treinador entre em campo com apenas 10 jogadores, porque Purovic é um peso morto e só estorva. Farnerud, joga muito bem mas é sempre para o lado ou para trás. Miguel Veloso anda mesmo com a “bunda” grande e está um jogador vulgar. Pedro Silva vem de uma lesão, Polga e Tonel, metem água, Grimi jogou mal, Liedson e Moutinho, são pau para toda a obra e estão cansados, Pereirinha não pode jogar sozinho…, e Patricio, faz pela segunda vez a mesma gracinha, o cérebro, é muito mais rápido que o seu movimento de mãos…

Jogam com uma displicência incrível, e curiosamente o Sporting até entrou bem no jogo, e até se adiantou no marcador, mas o golo não contou, Purovic estava adiantado, mas não teve interferência na jogada, mas enfim, num jogo tão triste era mau de mais ser o árbitro o melhor em campo.

Fica para a história,duas ou três oportunidades de marcar, mas ou houve cerimónia no acto de rematar para o fundo das redes, ou então encontrou um guarda-redes, que teima em brilhar, principalmente contra a equipa de Alvalade.

Uma palavra para a equipa de Setúbal, que apesar de todas as dificuldades por que passa, quer financeiramente quer em termos de plantel(hoje só tinha 16 jogadores disponíveis), soube ao contrário do adversário honrar a camisola.

Pouco mais há a dizer, apenas relembrar o “excelente” campeonato que o Sporting está a fazer, e relembrar que em 11 jogos fora, a equipa leonina consegui vencer… 2 !

E o meio da tabela aqui tão perto!

Sem melhoras

Foto: Tiago Petinga/LUSA/Mais Futebol

Vitória de Setúbal 1 Sporting 0: tenho defendido até à exaustão esta equipa do Sporting bem como o seu treinador mas hoje faltam-me argumentos.
Bem, podia sempre dizer que o Sporting teve o azar de queimar duas substituições por lesões, pode-se dizer até – e é verdade – que a derrota de ontem não beliscou em nada as aspirações do Sporting nesta competição onde restam duas jornadas e em que seis pontos são suficientes. Mas a verdade é que os jogadores substituídos estavam a fazer uma exibição sofrível – como toda a equipa – e a jogar como o Sporting tem jogado não é totalmente fiável pensar-se que as vitórias em casa sobre equipas da Liga Vitalis – Penafiel e Beira Mar – estejam certas.
Ontem mais do mesmo: falta de velocidade, exibição sofrível, incapacidade para reagir, falta de confiança mas ao mesmo tempo vontade e entrega ao jogo, no entanto com cada um a puxar para o seu lado. Enfim, foi mau demais para ser verdade.
No fim – na zona mista – o guarda-redes do Sporting afirmou não saber as razões para a crise do Sporting e disse “calço as minhas botas e treino”, ou seja, faz o seu trabalho. Eu continuarei a fazer o meu – pagas as quotas. Que outros façam o trabalho deles.Quero deixar, por fim, a minha opinião sobre a arbitragem ou melhor sobre o árbitro Pedro Henriques. Sem qualquer tipo de influência no desfecho final fez no entanto uma exibição sofrível. Com aquela vontade de apitar à inglesa acaba por marcar as pequenas faltinhas e deixa passar as mais claras. Tem tudo para ser um bom árbitro mas ou arbitra à inglesa – deixa jogar – ou então à portuguesa em que se marcam todas as faltinhas. Não vejam isto com uma desculpa – porque foi para os dois lados – é apenas uma opinião sobre o árbitro da partida de ontem.

Frango à moda da relva

Foto: Associated Press
Depois do que vi no Estádio do Fontelo o que menos queira era ouvir falar de rotatividade de jogadores mas Paulo Bento voltou à fase das decisões que lhe custaram um título na época passada. Tenho profunda admiração pelo técnico leonino mas tenho algumas dificuldades em perceber este tipo de alteração. Alterar uma ou duas peças tudo bem, mais do que isso é loucura principalmente quando uma dessas opções se chama Farnerud. O sueco já demonstrou não ter classe para jogar neste Sporting e, sobretudo, não tem a velocidade de execução que lhe permita figurar no elenco sportinguista, com ele em campo o Sporting joga com um a menos. Foi assim um Sporting muito pouco imaginativo sem qualquer ponta que se lhe pegue aquele que se apresentou na primeira parte de Alvalade em que bastou um Vitória de Setúbal apenas e só certinho no contra ataque para colocar a nu todas as debilidades leoninas.
A segunda parte só podia ser melhor. Foi mesmo isso que aconteceu. Um Sporting muito mais agressivo e objectivo que chegou ao empate através de uma grande penalidade indiscutível – na primeira parte houve uma contra não assinalada -e que dava a entender poder dar a cambalhota no marcador a qualquer momento até que chega aquele “frango à moda da relva” que deitou tudo a perder. O nº 1 do Sporting não fez certamente tudo o que estava ao seu alcance mas aquela relva começa a irritar o mais calmo dos adeptos leoninos. Como é possível tal acontecer num clube com a grandeza do Sporting? Quando é que começam “cabeças a rolar” por causa deste problema? Um clube como o Sporting não pode cair no ridículo por causa deste problema e alguém sair impune deste processo. Enquanto isso o FC Porto vai assobiando no poleiro deleitando-se com tudo isto.
Se alguma coisa se pode tirar de positivo deste jogo é que o Sporting consegui sempre reagir às adversidades e até podia ter ganho o jogo se Purovic ao isolar-se não atira-se ao lado mas o Sporting não merecia vencer.

Abel decisivo

Abel -3- Na primeira parte teve dificuldades de vária ordem, na segunda subiu de produção e foi ele o grande culpado dos dois golos sportinguistas. Abel ajudou a resolver e foi o melhor do Sporting.

Stojkovic -2- a bola até pode ter ressaltado num tufo de relva mas que não ficou bem na fotografia lá isso não ficou (1-2).

Gladstone -2– apenas 45 minutos em campo na pior parte do Sporting.

Polga -2- no primeiro golo sofrido abriu uma Avenida entre ele e Ronny.

Ronny -2-
os dois golos nascem pelo seu lado num claro retrocesso do que vinha fazendo. Eduardo negou-lhe um golo.

Miguel Veloso -3- não consegui impor o seu jogo na primeira parte mas na segunda, quando era central, pegou na bola e levou a equipa para a frente.

Farnerud -1- Valha-me Deus Paulo Bento! O Farnerud?!

Simon -3- o único na primeira parte que consegui jogar futebol vertical no Sporting. Na segunda parte continuou a ser ele a dar velocidade ao jogo leonino mas saiu.

João Moutinho -3- tanta raça do capitão! Marcou bem a grande penalidade.

Liedson -1- completamente ao lado do jogo.

Purovic -2- na primeira vez que ganhou uma bola nas alturas marcou. Teve nos pés a hipótese do 3-2 e de ser o novo herói de Alvalade.

Izmailov -2- não esteve mal mas não foi suficiente.

Romagnoli -2-
faltou-lhe “um bocadinho assim” para marcar.

Yannick -1- fez menos que Simon Vukcevic

O Sporting Setúbal da época passada

Foto: Reuters


(4x4x2): Ricardo; Abel, Caneira, Polga (Tonel 67) e Tello; Miguel Veloso, João Moutinho, Nani (Farnerud 71) e Romagnoli; Liedson (Alecsandro 61) e Yannick. Treinador: Paulo Bento.


(5x3x2): Milojevic; Janício, Veríssimo, Hugo, Auri e Madior (Ayew 32); Labarthe (Rui Dolores 45), Sandro e Bruno Ribeiro; Varela e Amuneke. Treinador: Carlos Cardoso.

Golos: Madior 2 p.b. (0-1), Liedson 27 (2-0), Liedson 53 (3-0), Amuneke 79 (3-1)

Foi a 6 de Maio de 2007 que o Sporting recebeu o Vitória de Setúbal a contar para a 28ª jornada do campeonato da época passada.

No dia seguinte o jornal A Bola dizia na capa “ Acreditar até ao fim” salientando o facto de os leões não cederem na perseguição ao FC Porto e mostrava os leões Yannick e Liedson a comemorarem um dos golos. Em O Jogo havia uma foto muito parecida e tinha como título “Leão entra a matar” salientando-se o facto de ter sido o quinto jogo consecutivo em que o Sporting marcava nos primeiros instantes dos jogos. Por fim o Record dizia “Liedson corre para o ouro” salientando o facto de o levezinho se destacar nos goleadores.

Paulo Bento na conferência de imprensa dizia que “ainda estava mais crente” na conquista do título. Quanto ao jogo propriamente dito mostrou-se agradado com a exibição leonina que podia ter proporcionado um resultado mais desnivelado mas reconheceu que o Sporting facilitou nos últimos 15 minutos “complicámos no final”.

Na MAGIA DO FUTEBOL colocamos como título da crónica do jogo “Tudo previsível”, ou seja, o golo madrugador, o 2-0 fruto do bom futebol que o Sporting apresentava, a previsibilidade dos aplausos a Ayew quando entrou em campo pois no Sporting sabemos agradecer a quem nos fez bem e até era previsível as saídas de Polga e Liedson (por causa dos amarelos) tal como aconteceu. Elegemos como melhor jogador do Sporting neste jogo o 31 de Alvalade “Liedson rei dos goleadores” é que a verdade veio ao de cima prémio do melhor marcador para o ponta de lança mais completo do futebol português.

Tudo previsível

Ricardo; Abel, Tello, Caneira e Polga (Tonel 67); Miguel Vlesoso, João Moutinho, Nani (Farnerud 71) e Romagnoli; Yannick e Liedson (Alecsandro 61)
Milojevic; Janício, Madior (Ayew 32), Veríssimo, Hugo e Auri; Sandro, Labarthe (Rui Dolores 45) e Bruno Ribeiro; Varela e Amuneke

Marcha do marcador: Madior 2 a.g. (1-0), Liedson 27 (2-0), Liedson 53 (3-0), Amuneke 79 (3-1)

Remates:
Sporting 19 (10+9)

Vitória 11 (3+8)

Cantos:
Sporting 17 (6+11)
Vitória 5 (2+3)

Faltas:
Sporting 11 (5+6)
Vitória 13 (5+8)

Foras de jogo:
Sporting 4 (2+2)

Vitória 0

Fonte: Record

Foto: Reuters

SPORTING 3 Setúbal 1

Este Sporting começa a ser previsível. Se nas últimas partidas o Sporting marcou bem cedo era previsível que neste não fosse diferente e lá chega então o golo madrugador, não há melhor tónico do que isto tanto para os adeptos como para os jogadores, os adeptos porque começam o jogo descansados e os jogadores porque não precisam entrar em stress na busca do objectivo. Foi uma primeira parte de sentido único, posse de bola esmagadora, um futebol alegre e, como tal, era previsível que o Sporting chegasse ao 2-0 e quem mais o podia fazer se não o previsível Liedson?! Enfim, com tantas previsibilidades o Sporting chegou ao fim da primeira parte a vencer por esclarecedores 2-0 e ficou a dever a si próprio o facto de não ir para intervalo a golear um desolado Vitória de Setúbal. Ainda na primeira parte entrou em campo Ayew e, lá está, como era previsível o público de Alvalade não se esqueceu que ele foi campeão com a camisola do Sporting vestida.
Na segunda parte mais do mesmo: muito Sporting para pouco Setúbal. É sem qualquer tipo de surpresa que o Sporting chega ao 3-0 e acaba também por não ser grande surpresa o facto de o Sporting ir desperdiçando hipóteses de golo, umas atrás das outras. E lá voltam as previsibilidades, Liedson e Polga saíram por causa da velha preocupação sobre os cartões amarelos embora, na minha modesta opinião, me pareça que Liedson não devia ter saído, o Sporting vencia por 3-0, não era previsível que Liedson visse nestas circunstâncias um cartão amarelo e como as coisas corriam o 31 podia acabar com a concorrência a melhor marcador, já nesta jornada.
Amanhã é previsível ver-mos os jornais desportivos dizerem que o Vitória de Setúbal foi muito fraquinho neste jogo frente ao Sporting. Embora essa teoria não seja descabida convém referir que os últimos 15/20 minutos o Sporting desacelerou e o Vitória deu um ar da sua graça, reduziu o placard e podia mesmo ter perdido pela margem mínima o que equivale a dizer, que o Vitória foi fraquinho neste jogo com o Sporting porque a “turminha” de Paulo Bento soube mostrar quem é que manda em Alvalade.
O Vitória de Setúbal previsivelmente irá para a Liga de Honra e pode mergulhar numa crise de onde dificilmente sairá. Será o fim de mais um histórico do futebol português? Setúbal merece um Vitória saudável.

O Setúbal 0 SPORTING 3 nos jornais

O Jogo: Um veneno madrugador. O Sporting voltou aos triunfos no Bonfim. Uma vitória categórica, que devolveu a formação leonina às conquistas, depois de dois jogos em que provaram o sabor amargo dos dissabores. A semana não foi fácil de digestão, afinal o conjunto de Paulo Bento nunca havia perdido dois jogos seguidos. Mas ontem o “veneno” que os havia aniquilado anteriormente (golo madrugador), funcionou ao contrário. Com efeito, o tento de Liedson, logo aos 4, foi como que um espanta espíritos, deixando a equipa mais tranquila em relação à tarefa que tinha pela frente. O Setúbal acusou o momento, tornando-se numa presa fácil. António Bernardino.

Record: Um mar de facilidades. Foi um Sporting consciente da importância do jogo, aquele que entrou em campo no Bonfim para abordar o embate com o V. Setúbal. Para quem vinha de duas derrotas consecutivas e traumatizantes, os leões subiram ao relvado em estado de alerta máximo, talvez até mais preparados para lutar do que para jogar; mais disponíveis para deixar tudo em campo do que propriamente para procurarem com paciência a inspiração que lhes tem fugido nos últimos confrontos. Qualquer tentativa para narrar o que aconteceu parte de um facto determinante para o desenrolar dos acontecimentos: o Sporting cedo colheu os frutos desejados do pomar triste e desguarnecido que foi o Setúbal na noite de ontem. Sem tirar mérito à acção sportinguista que explica o triunfo, é preciso ter em conta a confrangedora fragilidade da oposição sadina. O embate em si não teve grandes motivos de interesse. Rui Dias.

A Bola: Como três aspirinas ajudam a curar uma ressaca… Em convalescença não podia o leão desejar melhor noite: teve um jogo tranquilo, um adversário dócil, um ponta de lança de regresso aos golos e uma vitória como não acontecia no Bonfim à 26 anos. Imagine-se. O Sporting, é inegável, adoeceu; as derrotas diante do Benfica e, sobretudo (por ter sido decisiva), do Spartak deitaram a equipa de Alvalade ao tapete. Muitos, viram nisso sinais de doença profunda, recordaram velhos fantasmas e temeram o descalabro. Outros guardaram-se na expectativa de ver a resposta do leão. Ente uns e outros manteve-se o treinador leonino; Paulo Bento viu apenas uma árvore onde outros viram a floresta e prometeu reacção firme. Melhor era impossível. Como sempre, também á duas formas de ver o filme do Bonfim: dirão os leões mais pessimistas que o Sporting venceu porque o jogo foi fácil; dirão os optimistas que o jogo só foi fácil porque o leão mandou e Liedson marcou. A velha história do copo meio cheio e meio vazio. No fundo, foi a mistura das duas coisas. O V. Setúbal foi adversário de menos para um Sporting que bem precisava de não ter um adversário demais. Resultado: a tradição deixou de ser o que era na noite da reabilitação leonina. João Bonzinho.

Nota: depois de ter criticado a última crónica do jornal A Bola tenho que considerar a desta semana como a melhor dos três jornais desportivos. Os textos aqui reproduzidos são apenas um resumo do que é apresentado nos jornais.

Foto: Associated Press

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