Ac.Viseu FC 4-2 Varzim SC

AC.VISEU FC 4 x 2 VARZIM SC
11ªjornada – 2ªliga


O Ac. Viseu venceu o Varzim 4-2, num “jogo de loucos” disputado no Estádio do Fontelo.

Estádio do Fontelo, 21 de outubro de 2015
11ª Jornada da Liga 2
Árbitro: João Mendes (Santarém)

Ac. Viseu: Ricardo Janota; Tomé (c), Mathaus, Bura e Tiago Costa; Capela, Romeu Ribeiro e Clayton; Bruno Carvalho (Carlos Eduardo, int), Tiago Borges (João Ricardo, 76) e Diogo Fonseca (Forbes, int). Treinador: Ricardo Chéu.

Varzim: Kadu, Tiago Lopes, Pedro Santos, Sandro e João Carneiro; Rodrigo Dantas (Vítor Hugo, 64), Pedro Sá e Nelsinho; Adilson (Hernâni, 76), Rui Coentrão e Stanley. Treinador: Quim Berto.


Golos: Tiago Borges 10 (1-0), Diogo Fonseca 30 (2-0), Stanley 44 (2-1), Forbes 55 (3-1), Stanley 66 (3-2), Mathaus 75 (4-2)

(fotografia retirada do facebook do Académico de Viseu FC – página oficial)

“O resultado final traduz a superioridade que a equipa da casa teve ao longo de quase toda a partida. Foi, por isso, com facilidade que o Académico se colocou em vantagem no marcador. O Varzim recuperou a tranquilidade e reduziu para a desvantagem mínima, mas quando se esperava que procurasse a igualdade Forbes aumentou a vantagem para os visitados.

Ricardo Chéu – Quem marca 4 golos merece ganhar. Controlámos, apesar de ter faltado frescura física para a vantagem ser maior.

Quim Berto – Fomos superiores mas o adversário não facilitou. Pecámos muito na defesa e demos brindes ao adversário o que foi fatal.

Melhor em campo – Tiago Borges – Inaugurou o marcador. Foi sempre ele quem desequilibrou e criou perigo pelo lado direito do ataque.”

In A Bola

“O Ac. Viseu recebeu, e venceu, o Varzim por 4-2, com uma exibição de gala. A equipa viseense apresentou um grande caudal ofensivo, frente a um adversário que apenas se mostrava a espaços e sempre através dos inconformados Rui Coentrão e Stanley,
A superioridade academista começou a desenhar-se logo no início da primeira parte com o golo de Tiago Borges. Para além disso, o número 10 dos viseenses assistiu Forbes e Mathaus. No Varzim Stanley bisou com dois cabeceamentos após cantos. Forbes fez o 3-1 e depois voltou a marcar, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo que pareceu mal assinalado.

Notas aos jogadores (aceites por nós para a eleição de jogador do ano): Ricardo Janota (3), Tomé (4), Mathaus (3), Bura (3), Tiago Costa (3), Romeu Ribeiro (3), Capela (3), Clayton (4), Bruno Carvalho (3), Tiago Borges (5), Diogo Fonseca (4), Forbes (4), Carlos Eduardo (3), João Ricardo (2).

In Record

Antevisão: Ac. Viseu FC vs Varzim SC

307º jogo do Académico na Segunda Liga. Até ao momento – 101 vitórias, 80 empates, 125 derrotas, 293 golos marcados, 339 sofridos.

154º jogo do Académico na Segunda Liga na qualidade de visitado. Até ao momento – 80 vitórias, 36 empates, 37 derrotas, 182 golos marcados, 99 sofridos.

12º jogo entre as duas equipas. Até ao agora o saldo academistas é – 3 vitórias, 1 empate, 7 derrotas, 8 golos marcados, 24 sofridos.

6º jogo entre as duas equipas tendo o Académico como equipa da casa. O Académico venceu 3 jogos, empatou 1, perdeu 1, marcou 6 golos e sofreu 3.

18 anos, 4 meses e 24 dias depois Académico e Varzim voltam a encontrar-se, novamente na Segunda Liga, outra vez no Fontelo. Nesse último jogo o Académico venceu por 4-0 com golos de Sérgio, Lusinho, Chalana e Zé de Angola.

Luisinho, com dois golos, foi o jogador que, com a camisola do Académico, mais vezes marcou ao Varzim. Para alguém o igualar, ou ultrapassar, é preciso que se faça o que ainda não foi feito esta época – alguém marcar dois golos numa só partida.

Chico Santos, Penteado e Rodrigo, com 3 jogos cada, são os jogadores que, com o Manto Sagrado vestido, mais vezes defrontaram o Varzim. Por motivos óbvios continuarão a ser.
Neste momento o Académico é oitavo classificado com 15 pontos (4V, 3E, 3D) e o Varzim é 16º mas bem perto do Académico, em termos pontuais, com 13 pontos (4V, 1E, 5D). O Varzim tem melhor ataque que o Académico (10-6), mas por sua vez o Académico tem a melhor defesa (7-14).

O Académico já não vence no campeonato há 3 jogos (a pior série da época), o mesmo acontecendo com o Varzim que perdeu os últimos dois jogos

O Académico tem duas derrotas nos últimos 3 jogos em casa, mas o Varzim perdeu os últimos 3 jogos fora de casa, onde só conseguiu um empate.

João Mendes, de 34 anos, pertencente à AF de Santarém será o árbitro da partida. Será a terceira vez que arbitra o Académico. A primeira vez foi na época 08/09, no Fontelo, num jogo em que o Académico derrotou o Tondela (2-0).  A segunda vez foi na época 12/13, nos Açores, num jogo que nos correu muito mal já que perdemos com o Operário por 4-0 (dois golos de Forbes). Curiosamente nessas épocas o Académico subiu!

Apresentação dos adversários: Varzim SC

Nome: Varzim Sport Clube
Ano de fundação: 1915
Localidade: Póvoa de Varzim
Associação:Porto
Estádio: Estádio do Varzim
Equipamento: Camisola preta e branca listada verticalmente, calções pretos, meias pretas

Até ao momento Académico (na sua versão CAF) e Varzim encontraram-se por 11 vezes. O Académico venceu 3 jogos, empatou 1 e perdeu 7, marcou 8 golos e sofreu 24. No Fontelo a vantagem é academista com 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota, marcou 6 golos e sofreu 3. Fora do Fontelo é o descalabro, seis jogos e outras tantas derrotas, 2 golos marcado e 21 sofridos. Luisinho com dois golos destaca-se nos marcadores academistas. Chico Santos, Penteado e Rodrigo com 3 jogos foram os academistas que mais vezes defrontaram o Varzim com o manto sagrado vestido.
62/63 -Vinte e sete de Janeiro de 1963, Estádio do Fontelo. Foi nesse dia que os dois clubes se encontraram. Disputava-se então a II Divisão Zona Norte, estávamos na última jornada da primeira volta e o Varzim venceu por esclarecedores 0-3. A superioridade poveira foi indiscutível “venceu a equipa de maior capacidade” dizia o jornal A Bola.
Na segunda volta, a 12 de maio de 1963, nova vitória do Varzim e desta vez de forma esmagadora… 8-0! A estrela dos poveiros foi Noé que apontou 5 golos, ele que já tinha feito todos os golos do Varzim no confronto com o CAF na primeira volta. O Académico desceu, o Varzim subiu.
77/78 – Praticamente 15 anos depois, em Fevereiro de 1978, Académico e Varzim encontraram-se de novo, desta vez na Taça de Portugal, nos oitavos de final, com nova goleada poveira desta vez por 4-0. Terminava aí a caminhada academista, naquela competição, que havia começado no Fontelo com vitória por 3-0 sobre o Benfica de Castelo Branco (Penteado por duas vezes e Albasini), havia passado por Paio Pires (vitória por 1-0 com golo de Rodrigo), Ponte de Sor frente ao Eléctrico (1-4 com golos de Pedro Paulo, Albasini por duas vezes e Penteado) e finalmente no Fontelo frente ao Torreense (3-1 com golos de Pedro Paulo, Toyobe e Keita).
78/79 – Na época seguinte encontraram-se de novo, desta vez na I Divisão. Na Póvoa do Varzim venceram os varzinistas por 2-0 com golos de Vaz na própria baliza (“só o autogolo de Vaz abriu o caminho à vitória” dizia um dos jornais da época) e outro golo a ser apontado por Brandão.
Na segunda volta, 20ª jornada, no 5º jogo contra o Varzim finalmente o primeiro golo, apontado por Joaquim Rocha, e sobretudo a primeira vitória contra os poveiros. “Mais uma acha na fogueira da esperança” dizia o Record numa clara alocução à luta pela permanência academista, uma luta que viria a ser inglória.
Em 80/81 novo encontro, outra vez na primeira divisão. Na Póvoa do Varzim já adivinhou de certeza o que aconteceu – se esteve atento à sua leitura de início – o Académico de Viseu perdeu por 3-1 com o golo academista a ser apontado por Inaldo. A título de curiosidade diga-se que um dos golos dos poveiros foi apontado por António Borges que viria a ser muitos anos mais tarde, treinador do AVFC.
Na segunda volta, na 22ª jornada, no Fontelo o Académico venceu por 1-0 com o golo academista a ser apontado por Fernando logo ao minuto 4 do jogo, um golo que viria a ser decisivo na atribuição dos dois pontos ao Académico de Viseu e que seriam muito importantes no final da época, já que o Varzim desceu (14º classificado) e o CAF manteve-se (13º lugar e disputa com sucesso da Liguilha).
Foi preciso esperar quase 10 anos para novo encontro entre os dois clubes. Foi na época 90/91 na Liga de Honra. No Fontelo na 13ª jornada empate a zero entre os dois contendores. “Preocupação dos pontos roubou discernimento às equipas” dizia o jornalista Carlos Costa de A Bola salientado ainda que “os viseenses usaram e abusaram do sistema de despejar bolas sem o menor proveito”; já o Record, pela “pena” de Agostinho Torres, afirmava ser justa a “repartição de pontos em jogo sem lances de perigo”.
Na segunda volta, na 32ª jornada, o Académico perdeu por 2-0. Com Paulo Futre a assistir, e com a equipa poveira em crise, o CAF perdeu de novo na sua visita à Póvoa do Varzim. “Há quanto tempo os poveiros não ganhavam…” dizia o Record, já A Bola referia que “posições classificativas até pareciam invertidas”.
Em 96/97 o último encontro entre as duas equipas, na mesma divisão em que estamos neste momento. Na 15ª jornada, da primeira volta, o Académico perdeu fora de casa por 2-1. O golo academista foi apontado por Luisinho, golo que empatava a partida, ao minuto 68, mas o Varzim marcaria de novo dois minutos depois. “Oportunismo do joker Lino quebrou as ilusões beirãs dizia o jornal Record”.
Na segunda volta o CAF goleou, sem apelo nem agravo. Vitória por 4-0 com golos de Sérgio, Luisinho, Chalana e Zé de Angola. Decorria a jornada 32. “Três afiadas lanças africanas descobrem fraquezas do Varzim” dizia o Record numa clara alusão Luisinho, Zé de Angola e Zezinho. De referir que o Varzim era o líder da classificação. Um grande jogo academista!

Jogadores que jogaram em ambos os clubes:
Campinho – Ajudou o Académico de Viseu a subir à Segunda Liga na época passada. O actual jogador do Boavista esteve cinco épocas no Varzim (05/08 e 09/11), clube da sua formação, jogando sempre na Segunda Liga.
Flávio – No Académico de Viseu jogou sempre na I Divisão nas épocas de 80 a 82. No Varzim em 85/86 terminou no segundo lugar na zona norte da II Divisão e acabou por alcançar a subida à I Divisão numa liguilha com Aves, Recreio de Águeda e União da Madeira. Na época seguinte foi pouco utilizado na I Divisão. Regressou ao Varzim em 89/90 numa época em que o Varzim foi 7º classificado na zona norte da II Divisão.
Genildo – Jogou no CAF em 76/77 e antes também havia jogado no Varzim (73/75). Em Viseu jogou na II Divisão, no Varzim foi 6º classificado da zona norte da II divisão e na época seguinte foi 4º.
Ibraima – Jogou no Varzim antes de vir para Viseu e ajudou os varzinistas a subir à Segunda Liga. Mais tarde a equipa por problemas financeiros acabou por “abdicar” da subida. No Académico também subiu à Liga 2.
João Carneiro – Veio do Fafe para Viseu (14/15), por cá ficou apenas meia época, seguiu para o Fafe numa ponte que o levou para o Varzim, onde se estreia esta época.
Jorge Gomes – Esteve quatro épocas no Académico de Varzim. Subiu o Académico em 65/66 à segunda divisão. Jogou no Varzim em 64/65 numa altura em que a equipa varzinista jogava na I Divisão (11º classificado).
José Carlos – Defendeu as redes do Varzim na época 90/91, na segunda liga, e depois, bem mais tarde, veio para o Académico na última época de existência do CAF.
José Duarte – É um dos jogadores históricos do Académico de Viseu e começou a jogar no Varzim em 86/87, estava o clube na I Divisão.
Marco Abreu – Quatro época no Académico (94/98) onde fez 85 jogos e marcou 1 golo. No Varzim jogou uma época, em 2000/2001, na Liga 2.
Murraças– Iniciou-se muito jovem no Varzim (65/66) com o clube na I Divisão. Na época seguinte, na segunda divisão, fez 38 jogos pelo Académico.
N´Habola – Foi o homem golo da subida academista à I Divisão em 79/80. Esteve no Varzim em duas épocas distintas. Em 76/77 fez parte do plantel varzinista que alcançou o 7º lugar na I Divisão. Em 85/86 alcançou a subida à I Divisão.
Nuno Santos – Jogou no Académico em 03/04 e na época seguinte no Varzim, No CAF fez apenas 5 jogos e no Varzim foi mais feliz já que fez mais de 20 jogos na Segunda Liga.
Paulo Fernando – Só dois jogos no CAF em 93/94. No Varzim jogou de 95 a 97. Na primeira época na II Divisão, zona norte, alcançou a subida à segunda liga onde jogou na época seguinte.
Paulo Ricardo – Fica para sempre ligado ao fim do CAF. No Varzim jogou na época anterior à sua vinda para o CAF. Lá, na Póvoa, foi o melhor marcador da equipa na II Divisão, norte.
Paulo Viana – Jogou no Académico em 89/90 e no Varzim na época anterior. Em Viseu ajudou o CAF a classificar-se para a primeira edição da Segunda Liga nos moldes que a conhecemos atualmente. No Varzim ajudou a equipa a classificar-se na 6ª posição da II Divisão, zona norte.
Pedro Santos – É uma grande referência do Varzim, onde jogou várias épocas, e para onde voltou na época passada depois de passar pelo Académico, onde chegou a ser capitão!
Piscas– Jogou no Varzim em 67/69, na primeira divisão, e depois transferiu-se para o Académico (35 jogos) onde terminou a carreira.
Raúl Martins – No Académico apenas jogou na pré temporada de 12/13. No Varzim, onde se mantém, conseguiu a subida à Liga 2!
Rui Trigo – Em Viseu na época 95/96 e no Varzim na época seguinte. No CAF jogou na Segunda Liga, e no Varzim ajudou o clube a subir à I divisão.
Tiago Costa – Vai para a terceira época no Académico, onde vai ser um dos capitães da presente época. No Varzim jogou em 2008/2009, na Liga 2, contribuindo para o oitavo lugar dos varzinistas.
Vinícius – Veio do Varzim (13/14) para o Académico onde ainda não conseguiu se impor, sobretudo graças a uma lesão arreliadora.
Zé Nando – Jogou no Varzim em 89/90 transferindo-se depois para o Académico de Viseu depois. No Varzim foi 7º classificado da II Divisão, zona norte e em Viseu quase conseguia a subida à divisão maior do nosso futebol.
Plantel
Guarda Redes:
Marinho– 20 anos, ex Varzim B, estreia;
Pedro Soares – 27 anos, 8 jogos na segunda liga ao serviço de Maia e Arouca;
Ricardo – 35 anos, 6 jogos (Aves, Marco, Arouca e Moreirense);
Kadú – 20 anos, ex Porto B, 45 jogos (Porto B);
Defesas:
João Paulo (DD/DE) – 27 anos, estreia;
Tiago Lopes (DD) – 31 anos, 48 jogos (Varzim);
João Carneiro (DE/MC) – 28 anos, ex Fafe, 8 jogos, 1 golo (Ac. Viseu);
Raúl (DE) – 28 anos, 20 jogos (Naval e Atlético);
Pedro Santos (DC) – 32 anos, 245 jogos, 11 golos (Varzim, Trofense, Penafiel e Ac. Viseu);
Roberto Flores (DC) – 19 anos, ex Varzim B, estreia;
Nélson Agra (DC/MDC) – 24 anos, 12 jogos (Varzim e Leixões);
Rui Pereira (DC) – 19 anos, ex junior do Moreirense, estreia;
Abel Pereira (DD/DC) – 25 anos, estreia;
Sandro (DD/DC) – 32 anos, 104 jogos, 8 golos (Olhanense, Vizela, Gil Vicente e Moreirense);
Médios:
Bijou (MDC) – 29 anos, 40 jogos (Gondomar, Fátima, Arouca e Atlético);
Pedro Sá (MD) – 21 anos, estreia;
Sérgio Organista (MC) – 30 anos, 91 jogos, 12 golos (Santa Clara, Portimonense, Penafiel e Chaves);
Pedro Cervantes (MC/MO) – 34 anos, 271 jogos, 19 jogos (Leça, Ovarense, Naval, Leixões, Aves e Santa Clara);
Diogo Lucho (MC)- 22 anos, ex Varzim B, estreia;
Nelsinho (MC/MO) – 35 anos, 128 jogos, 6 golos (E. Amadora, Trofense, Gondomar, Varzim e Estoril);
Avançados:
Hernâni (EE/ED) – 33 anos, 160 jogos, 24 golos (Aves, Beira Mar, Santa Clara, Penafiel, Leixões e Farense);
Elísio (EE/ED) – 26 anos, 13 jogos, 1 golo (Penafiel);
Rui Coentrão (EE) – 22 anos, 34 jogos, 1 golo (Leixões);
Tanela (EE/PL) – 26 anos, estreia;
Diego Mourão (PL) – 32 anos, 41 jogos, 7 golos (Penafiel, Aves e Leixões);´
Vítor Hugo (PL) – 20 anos, ex Varzim B, estreia;

Stanley (PL) – 25 anos, estreia
Adilson (EE/ED) – 27 anos, ex Olhanense, 85 jogos, 12 golos (Atlético, U. Madeira, Olhanense);
Bruno Moraes (PL) – 31 anos, ex Portuguesa (Brasil), estreia; 

Adversários do passado: Varzim SC

Nome:Varzim Sport Clube
Ano de fundação: 1915
Localidade: Póvoa de Varzim
Associação: Porto
Estádio:Estádio do Varzim
Equipamento: Camisola preta e branca listada verticalmente, calções pretos, meias pretas

O Varzim está, neste momento, no Campeonato Nacional de Seniores mas é um dos grandes nomes do futebol português pois já conta com vinte e uma presenças no principal escalão do nosso futebol.
Até ao momento Académico (na sua versão CAF) e Varzim encontraram-se por 11 vezes. O Académico venceu 3 jogos, empatou 1 e perdeu 7, marcou 8 golos e sofreu 24. No Fontelo a vantagem é academista com 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota, marcou 6 golo e sofreu 3. Fora do Fontelo é o descalabro, seis jogos e outras tantas derrotas, 2 golos marcados e 21 sofridos. Luisinho com dois golos destaca-se nos marcadores academistas. Chico Santos, Penteado e Rodrigo com 3 jogos foram os academistas que mais vezes defrontaram o Varzim com o manto sagrado vestido.
Vinte e sete de Janeiro de 1963, Estádio do Fontelo. Foi nesse dia que os dois clubes se encontraram. Disputava-se então a II Divisão Zona Norte, estávamos na última jornada da primeira volta e o Varzim venceu por esclarecedores 0-3. A superioridade poveira foi indiscutível, “venceu a equipa de maior capacidade” dizia o jornal A Bola.
Na segunda volta, a 12 de maio de 1963, nova vitória do Varzim e desta vez de forma esmagadora… 8-0! A estrela dos poveiros foi Noé que apontou 5 golos, ele que já tinha feito todos os golos do Varzim no confronto com o CAF na primeira volta. O Académico desceu, o Varzim subiu.
Praticamente 15 anos depois, em Fevereiro de 1978, Académico e Varzim encontraram-se de novo, desta vez na Taça de Portugal, nos oitavos de final, com nova goleada poveira desta vez por 4-0. Terminava aí a caminhada academista, naquela competição, que havia começado no Fontelo com vitória por 3-0 sobre o Benfica de Castelo Branco (Penteado por duas vezes e Albasini), havia passado por Paio Pires (vitória por 1-0 com golo de Rodrigo), Ponte de Sor frente ao Eléctrico (1-4 com golos de Pedro Paulo, Albasini por duas vezes e Penteado) e finalmente no Fontelo frente ao Torreense (3-1 com golos de Pedro Paulo, Toyobe e Keita).
Na época seguinte, 78/79, encontraram-se de novo, desta vez na I Divisão. Na Póvoa do Varzim venceram os varzinistas por 2-0 com golos de Vaz na própria baliza (“só o autogolo de Vaz abriu o caminho à vitória” dizia um dos jornais da época) e outro golo a ser apontado por Brandão.
Na segunda volta, 20ª jornada, no 5º jogo contra o Varzim finalmente o primeiro golo, apontado por Joaquim Rocha, e sobretudo a primeira vitória contra os poveiros. “Mais uma acha na fogueira da esperança” dizia o Record numa clara alosão à luta pela permanência academista, uma luta que viria a ser inglória.
Em 80/81 novo encontro, outra vez na primeira divisão. Na Póvoa do Varzim já adivinhou de certeza o que aconteceu – se esteve atento à leitura de início – o Académico de Viseu perdeu por 3-1 com o golo academista a ser apontado por Inaldo. A título de curiosidade diga-se que um dos golos dos poveiros foi apontado por António Borges que viria a ser muitos anos mais tarde, treinador do AVFC.
Na segunda volta, na 22ª jornada, no Fontelo o Académico venceu por 1-0 com o golo academista a ser apontado por Fernando logo ao minuto 4 do jogo, um golo que viria a ser decisivo na atribuição dos dois pontos ao Académico de Viseu e que seriam muito importantes no final da época, já que o Varzim desceu (14º classificado) e o CAF manteve-se (13º lugar e disputa com sucesso da Liguilha).
Foi preciso esperar quase 10 anos para novo encontro entre os dois clubes. Foi na época 90/91 na Liga de Honra. No Fontelo na 13ª jornada empate a zero entre os dois contendores. “Preocupação dos pontos roubou discernimento às equipas” dizia o jornalista Carlos Costa de A Bola salientado ainda que “os viseenses usaram e abusaram do sistema de despejar bolas sem o menor proveito”; já o Record, pela “pena” de Agostinho Torres, afirmava ser justa a “repartição de pontos em jogo sem lances de perigo”.
Na segunda volta, na 32ª jornada, o Académico perdeu por 2-0. Com Paulo Futre a assistir, e com a equipa poveira em crise, o CAF perdeu de novo na sua visita à Póvoa do Varzim. “Há quanto tempo os poveiros não ganhavam…” dizia o Record, já A Bola referia que “posições classificativas até pareciam invertidas”.
Em 96/97 o último encontro entre as duas equipas, na mesma divisão em que estamos neste momento. Na 15ª jornada, da primeira volta, o Académico perdeu fora de casa por 2-1. O golo academista foi apontado por Luisinho, golo que empatava a partida, ao minuto 68, mas o Varzim marcaria de novo dois minutos depois. “Oportunismo do joker Lino quebrou as ilusões beirãs” dizia o jornal Record.
Na segunda volta o CAF goleou, sem apelo nem agravo. Vitória por 4-0 com golos de Sérgio, Luisinho, Chalana e Zé de Angola. Decorria a jornada 32. “Três afiadas lanças africanas descobrem fraquezas do Varzim” dizia o Record numa clara referência a Luisinho, Zé de Angola e Zezinho. De referir que o Varzim era o líder da classificação. Um grande jogo academista!

 Foto: zerozero.pt

Jogadores que jogaram em ambos os clubes (nomes apurados até ao momento):
Campinho– Ajudou o Académico de Viseu a subir à Segunda Liga na época passada. O actual jogador do Boavista esteve cinco épocas no Varzim (05/08 e 09/11), clube da sua formação, jogando sempre na Segunda Liga.
Flávio– No Académico de Viseu jogou sempre na I Divisão nas épocas de 80 a 82. No Varzim em 85/86 terminou no segundo lugar na zona norte da II Divisão e acabou por alcançar a subida à I Divisão numa liguilha com Aves, Recreio de Águeda e União da Madeira. Na época seguinte foi pouco utilizado na I Divisão. Regressou ao Varzim em 89/90 numa época em que o Varzim foi 7º classificado na zona norte da II Divisão.
Genildo – Jogou no CAF em 76/77 e antes também havia jogado no Varzim (73/75). Em Viseu jogou na II Divisão, no Varzim foi 6º classificado da zona norte da II divisão e na época seguinte foi 4º.
Ibraima – Vai agora para a segunda época no nosso clube. Jogou no Varzim antes de vir para Viseu e ajudou os varzinistas a subir à Segunda Liga. Mais tarde a equipa por problemas financeiros acabou por “abdicar” da subida.
Jorge Gomes – Esteve quatro épocas no Académico de Varzim. Subiu o Académico em 65/66 à segunda divisão. Jogou no Varzim em 64/65 numa altura em que a equipa varzinista jogava na I Divisão (11º classificado).
José Duarte – É um dos jogadores históricos do Académico de Viseu e começou a jogar no Varzim em 86/87, estava o clube na I Divisão.
N´Habola– Foi o homem golo da subida academista à I Divisão em 79/80. Esteve no Varzim em duas épocas distintas. Em 76/77 fez parte do plantel varzinista que alcançou o 7º lugar na I Divisão. Em 85/86 alcançou a subida à I Divisão.
Nuno Santos – Jogou no Académico em 03/04 e na época seguinte no Varzim, No CAF fez apenas 5 jogos e no Varzim foi mais feliz já que fez mais de 20 jogos na Segunda Liga.
Paulo Fernando – Só dois jogos no CAF em 93/94. No Varzim jogou de 95 a 97. Na primeira época na II Divisão, zona norte, alcançou a subida à segunda liga onde jogou na época seguinte.
Paulo Ricardo – Fica para sempre ligado ao fim do CAF. No Varzim jogou na época anterior à sua vinda para o CAF. Lá, na Póvoa, foi o melhor marcador da equipa na II Divisão, norte.
Paulo Viana – Jogou no Académico em 89/90 e no Varzim na época anterior. Em Viseu ajudou o CAF a classificar-se para a primeira edição da Segunda Liga nos moldes que a conhecemos atualmente. No Varzim ajudou a equipa a classificar-se na 6ª posição da II Divisão, zona norte.
Rui Trigo – Em Viseu na época 95/96 e no Varzim na época seguinte. No CAF jogou na Segunda Liga, e no Varzim ajudou o clube a subir à I divisão.

Zé Nando – Jogou no Varzim em 89/90 transferindo-se depois para o Académico de Viseu depois. No Varzim foi 7º classificado da II Divisão, zona norte e em Viseu quase conseguia a subida à divisão maior do nosso futebol.

Recordar: Ac. Viseu 1-0 Varzim

Estádio do Fontelo, 8 de Março de 1981

Equipa de arbitragem: Alfredo Basílio; Pena da Silva, João Martins

Académico: Hélder; José Manuel, Simões, Fernando e Sobreiro; Águas, Chico Santos e Rodrigo (c); Inaldo (Moreira, 76), Flávio e Borga (Moisés, int). Treinador: Idalino Almeida

Varzim: Jesus, Vitoriano, Serra (José Domingos, 65), Torres, Guedes, Albino, Pinto, Formosinho, João, Brandão (Valdemar, int) e António Borges. Treinador: José Carlos.

Golo: Fernando 4 (1-0)

Depois da vitória em Alvalade o Académico chegava a este encontro com quatro jogos consecutivos sem conhecer o sabor da vitória. O golo madrugador do central Fernando tudo resolveu. Reparem que na equipa do Varzim actuava António Borges (esse mesmo). Com esta vitória o Académico subia da 14ª posição para a 12ª.

Recordar: Varzim 4-0 Ac. Viseu

Estádio do Varzim, 5 de Fevereiro de 1978
1/8 Final da Taça de Portugal
Árbitro: Vitorino Gonçalves (Aveiro)
Varzim: Tibi; Cacheira (c), Lima Pereira, Alhinho e Guedes; Marco Aurélio, Festas e Montóia (Marques, 75); Júlio (Eliseu, 64), Horácio e Jarbas. Treinador: António Teixeira.
Ac. Viseu: Alexandre; Pelezinho, Basto, Braga e Gomes; Pedro Paulo, Penteado,Albasini (Eduardo 71) e Rodrigo; Toyobe e Keita. Treinador: José Moniz.
Golos: Horácio 45 (1-0), Lima Pereira 58 (2-0), Horácio 65 (3-0), Horácio 71 (4-0)
O Académico caiu nos oitavos de final da Taça de Portugal aos pés do Varzim, equipa que estava então na I Divisão. Destaque para a enorme falange de apoio que viajou de Viseu até à Póvoa de Varzim.

Recordar: Varzim 3 – 1 Ac. Viseu

( Clicar para ampliar )
Estádio do Varzim, 21 de Outubro de 1980

6ª Jornada da I Divisão

Árbitro: Pedro Quaresma (Lisboa)
Varzim: Jesus; Vitoriano, Torres, Serra e Guedes; Pinto (c), André e Toni; Manuel Borges (Albino, 66), José Domingos (Valdemar, 75) e António Borges.
Ac. Viseu: Hélder; José Manuel, Emanuel, Fernando e Sobreiro; Chico Santos (Arnaldo, int), Águas e Rodrigo (c); Inaldo, Gerúsio (Baltasar, 66) e Flávio. Treinador: José Moniz.
Golos: Pinto 1 (1-0), Pinto 30 (2-0), Inaldo 68 (2-1), António Borges 80 (3-1)

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