Recordar: Eusébio

Nome: Eusébio da Silva Ferreira
Data de nascimento: 25/01/1942
Naturalidade: Moçambique
Data de falecimento: 05/01/2014
Posição: Avançado
Época em que defrontou o Académico: 77/78

Retirada do blogue Museu Virtual do Futebol

Vamos recordar Eusébio numa perspectiva academista. Só por uma vez jogou contra o Académico de Viseu. Foi na época 77/78, jogava o pantera negra no União de Tomar. Zero a zero foi o resultado final. Aí fica a ficha de jogo:
Estádio 25 de Abril, 30 de Abril de 1978
24ª Jornada da II Divisão, Zona Centro
Árbitro: Miranda Dias (Coimbra)
U. Tomar: Segorbe; Graça, Varela, Barrinha e Faustino; Rosa (Alcino), Eusébio e Bravo (Camolas); Caetano, Florival e Pinto.
Ac. Viseu: Maia; Vinagre, Braga, Gomes e Chico Santos; Penteado, Albasini (Santos) e Toyobe; Basto (Baptista), Rodrigo e Pedro Paulo. Treinador: José Moniz.

Que descanse em paz!

Adversários do passado: União FCI de Tomar

Nome:União Futebol Comércio e Indústria de Tomar
Ano de fundação: 1914
Localidade: Tomar
Associação: Santarém
Estádio: Municipal de Tomar
Equipamento: Camisola vermelha e preta listada verticalmente, calções pretos, meias vermelhas

Longe vão os tempos áureos do União de Tomar que hoje em dia disputa as distritais de Santarém. Já anda arredado dos campeonatos nacionais desde 2001/2002. No entanto já por seis vezes disputou a I Divisão nomeadamente nas seguintes épocas: 68/69, 69/70, 71/72, 72/73, 74/75 e 75/76.
A última vez em que Académico e União de Tomar se encontraram já foi há mais de 20 anos, no entanto já disputaram entre si catorze jogos. O Académico venceu sete jogos, empatou três e perdeu quatro, marcou dezoito golos tendo sofrido quinze.
No Fontelo o Académico nunca perdeu, ganhou cinco jogos e empatou um, marcou dez golos e sofreu três.
Em Tomar a equipa de Viseu ganhou dois jogos, empatou outros tantos e perdeu quatro. Marcou oito golos e sofreu doze.
Tudo começou no dia 8 de janeiro de 1967 com o Académico a vencer por 2-1 com os golos academistas a serem apontados por Paixim e Óscar. Estávamos então na 13ª jornada, zona norte, o treinador academista era Janos Biri e, curiosamente, no banco dos nabantinos estava o ex treinador/jogador do Académico – Di Paola. No jornal Record, em crónica assinada por Fernando Abreu, podíamos ler o seguinte “jogando com sinal de ataque os locais venceram com justiça”.
Na segunda volta, na última jornada, as duas equipas empataram a uma bola. Adiantou-se o Académico no marcador por João Pereira mas Tótoi, na segunda parte, acabaria por empatar a partida. Foi um empate “lógico” segundo a crónica do jornal Record.
Ainda nessa época em jogo a contar para a Taça Ribeiro dos Reis – competição que começava depois de terminar o campeonato – o Académico deslocou-se até Tomar e perdeu por esclarecedores 3-0.
Na época seguinte, 67/68, os dois clubes voltaram-se a encontrar. Foi logo à 2º jornada e no Fontelo o Académico venceu por 2-1 com os golos academistas a serem apontados por Inácio na sua estreia como marcador academista. Foi um jogo equilibrado com um resultado certo como dizia o jornal Record de então. No banco dos nabantinos, tal como em 66/67, estava um conhecido ex academista Óscar Tellechea.
Na segunda volta, na jornada 15 disputada a 11 de Fevereiro, a equipa de Tomar derrotou os academistas (2-1) com o golo do nosso clube a ser apontado pela lenda – Basto – que fez na altura o momentâneo 1-1. O jornal Record de então tinha como título da sua crónica “impôs-se a melhor condição física”. De referir que o União de Tomar subiu nessa época à I Divisão
Nessa época os dois clubes encontrar-se-iam também na Taça Ribeiro dos Reis. Foi outra vez em Tomar com a turma da casa a vencer por 3-1 com o golo academista a ser apontado por Paixim.
Novo reencontro na época na época 76/77. Em Viseu, na primeira volta, o Académico venceu o União de Tomar por 2-1 com golos de Basto e Penteado. O Académico venceu bem, com boa réplica dos unionistas na primeira parte era o que dizia o jornal A Bola.
N segunda volta, jogo disputado em Abrantes, os nabantinos venceram o nosso clube por 2-0. Segundo o jornal A Bola o Académico remeteu-se à defesa embora sem grandes efeitos práticos. No fim da época o Académico foi 9º e o União de Tomar 10º.
A época seguinte, a de 77/78, foi de glória para o Académico que alcançou a subida à I Divisão. No entanto o CAF foi incapaz de derrotar o União de Tomar. Os dois jogos acabaram empatados a zero bolas.
Novo reencontro na época 79/80 com o Académico mais uma vez a alcançar a subida de divisão mas desta vez vencendo os dois jogos com o União de Tomar. Em Tomar, na 14º jornada, o Académico venceu por 1-2 com os golos a serem apontados por N´Habola e Inaldo. “N´Habola chegou para arrumar o União” dizia o Record.
Na segunda volta, em Viseu, goleada academista por 3-0 com os mesmos marcadores da primeira volta a que se juntou Gerúsio, todos os golos apontados na segunda parte. “os golos tardaram mas chegaram e… sobraram” diria A Bola.
Último encontro na época 92/93 e mais uma vez o Académico subiu de divisão. Na primeira volta, logo na 1ª jornada, em jogo disputado em Santarém, o Académico venceu por esclarecedores 0-3 com os golos a serem apontados por Besirovic (2) e Fernandes. “E podiam ser mais tão flagrante é a diferença” dizia o jornal Record.
Na segunda volta, em Viseu, vitória pela margem mínima com o golo academista ser apontado por Edilson aos 76 minutos
Jogadores que jogaram em ambos os clubes:

N´Habola– Foi o melhor marcador academista em 79/80 ajudando o Académico a subir à I Divisão. Jogou no União de Tomar em 74/75, na I Divisão, tendo apontado 7 golos.

Recordar: U. Tomar 0-0 Ac. Viseu

Estádio 25 de Abril, 30 de Abril de 1978
24ª Jornada da II Divisão, Zona Centro
Árbitro: Miranda Dias (Coimbra)
U. Tomar: Segorbe; Graça, Varela, Barrinha e Faustino; Rosa (Alcino), Eusébio e Bravo (Camolas); Caetano, Florival e Pinto.
Ac. Viseu: Maia; Vinagre, Braga, Gomes e Chico Santos; Penteado, Albasini (Santos) e Toyobe; Basto (Baptista), Rodrigo e Pedro Paulo. Treinador: José Moniz.
Há 34 anos o Académico deslocou-se a Tomar para defrontar o Benfica de Eusébio e empatou a zero. Segundo o jornal A Bola o árbitro, com “um erro espectacular”, perdoou uma grande penalidade ao Académico de Viseu e o CAF defendeu do princípio ao fim, com o União de Tomar a pouco ou “nada fazer para criar oportunidades de marcar”.

Recordar: Ac. Viseu 0-0 U. Tomar

Estádio do Fontelo 27 de Novembro de 1977
9ª Jornada da II Divisão, Zona Centro
Árbitro: Armando Paraty (Porto)

Ac. Viseu: Maia; Pelezinho, Braga, Gomes e Penteado (Eduardo); Chico Santos, Pedro Paulo e Renato; Basto, Rodrigo (Adelino) e Albasini. Treinador: José Moniz.

União de Tomar: Segorbe; Graça (Branco), Varela, Faustino e Sarmento; Alcino, Barrinha e Simões; Florival, Camolas e Pinto (Caetano).

Keyta e Toyobe – lesionados – fizeram muita falta ao ataque academista que não conseguiu desfeitear a bem organizada defesa nabantina. Um revés na caminhada academista para a I Divisão.

Recordar: União de Tomar 2-1 Ac. Viseu

Estádio Municipal de Tomar, 11 de Fevereiro de 1968
15ª Jornada da II Divisão 67/68
Árbitro: Maximino Afonso (Lisboa)

União de Tomar: Conhé; Cabrita, Alexandre, Faustino e Santos I; Cláudio e Bilreiro; Araújo; Lecas, Alberto e Totói

Académico de Viseu: Pais; Vítor, António Alfredo, Afonso e Beto; Jorge Gomes e Carolino; Basto, Óscar, Inácio e Rodrigo

Golos: Lecas 5 (1-0), Basto 36 (1-1), Lecas 63 (2-1)

«A chuva não impediu que o Estádio Municipal de Tomar se enchesse de adeptos de ambas as equipas, para um jogo de enorme expectativa.
O encontro teve no visitado, como lhe competia, a equipa lançada constantemente ao ataque, mas encontrando na visitante uma excelente organização colectiva, que só baqueou perante a melhor condição física do anfitrião.
Os melhores – Araújo, Santos I e Lecas no União; Óscar, Jorge Gomes e Carolino, no Académico.
A arbitragem – Razoável.»
(“Record”, 13.02.1968 – Crónica de F. Palmeiro)

In uniaotomar.wordpress.com

Recordar: Académico 2-1 União de Tomar

Estádio Municipal do Fontelo, 17 de Setembro de 1967

2ª Jornada da II Divisão 67/68

Árbitro: David Rocha (Porto)

Académico de Viseu: Pais; Vítor, Vasconcelos, Afonso e Beto; Jorge Gomes e Carolino; Basto, Inácio, Paxim e Rodrigo

União de Tomar: Santos II; Cabrita, Faustino, Mário e Morado; Santos I e Cláudio; Araújo, Bilreiro, Alberto e Totoi

Golos: Inácio 26 (1-0), Inácio 30 (2-0), Morado 47 (2-1)

«O primeiro a aproveitar um desentendimento da defesa tomarense e o segundo na sequência de um livre apontado por Jorge Gomes. Aos 47 minutos, Morado, a passe de Bilreiro, e de cabeça, fez o golo da sua equipa.
O facto de o Académico se ter apresentado sem três dos seus titulares, lesionados, e sua nova aquisição, Carinha (ex-Feirense), ainda não poder actuar, não tirou brilho ao encontro, nem tão-pouco se verificou menos entusiasmo e apego à luta, pois os reservistas deram boa conta de si.
Assistiu-se a uma boa partida e, muito embora os primores técnicos não tivessem sido em demasia, a vivacidade e generosidade dos jogadores anularam aquela falta.
Logo no começo do jogo, as duas equipas procuraram fazer funcionar o marcador, repetindo-se os lances pelos dois campos. Passados que foram os primeiros vinte minutos, os visienses tomaram melhor conta das operações e assediaram as redes adversárias com bastante insistência e perigo.
Desse melhor jogo nasceram, no espaço de cinco minutos, os dois golos da primeira parte.
Os forasteiros espevitaram e, aos 35 minutos, Morado perdeu uma oportunidade para reduzir a diferença, depois de batida toda a defesa, incluindo o próprio guarda-redes. O Académico mantinha superioridade nos sectores atrasados, mas os seus avançados não tiveram calma e talento para finalizar os lances.
Na segunda parte, o jogo mudou de feição. Os tomarenses apresentaram-se com o seu xadrez modificado, passando a actuar em grande velocidade e o que os levou a marcar o seu golo, mercê de um belo golpe de cabeça de Morado.
Os visienses aperceberam-se do perigo e voltaram ao comando do jogo obrigando o guarda-redes adversário a várias intervenções. Mas os visitantes responderam no mesmo tom e o andamento endiabrado, criando lances espectaculares. Ambas as equipas perderam soberanas ocasiões de golo.
No declinar do encontro, o andamento abrandou, porque os jogadores acusavam o esforço dispendido. O resultado estava feito. E a vitória dos visienses não merece contestação, dado o melhor entendimento que mantiveram na defesa e as ocasiões que criaram.
Salientaram-se no Académico: Pais e Afonso (dois baluartes da vitória), Jorge, Gomes, Vasconcelos, Inácio e Paxim; e nos tomarenses: Santos II, Faustino, Morado, Santos I, Bilreiro e Cláudio.
Suficiente de nota para a arbitragem.»

(“A Bola”, 18.09.1967 – Crónica de Manuel Pereira)

Texto retirado do blogue União de Tomar

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