O primeiro jogo no relvado do Fontelo foi há 33 anos!

A 24 de Outubro de 1982 – faz hoje 33 anos – o Académico recebeu no Fontelo o Torreense. Que tem isso de especial? Foi o primeiro jogo disputado, no “nosso” Fontelo, em relva (primeiro jogo oficial).
O nosso rival foi o Torreense. No Record, a crónica de Agostinho Torres, tinha como título “na festa da relva brilharam os forasteiros”. Quanto à “A Bola” o título da crónica de Carlos Costa era “Quim (ndr o guarda redes adversário) – rei e senhor”. Já deve ter adivinhado… a verdade é que o jogo não correu bem para o Académico. Vitória do Torreense. Aí fica a ficha do jogo:
Estádio do Fontelo, 24 de Outubro de 1982
5ª Jornada da II Divisão, Zona Centro
Árbitro: Aventino Ferreira (Braga)
Ac. Viseu: Luís Almeida; Vinagre (Vitó, int), Toni, José João e Sobreiro; Penteado, Pais, Cunha e Borga; Grilo (Chico, 58) e Hermínio. Treinador: Idalino de Almeida.
Torriense: Quim; Bancaleiro, António Augusto, Armando e Faria; Xanita, Rui (António Carlos, 87) e Mário; Rolão, Rufino e Álvaro.

Golos: Álvaro 35 (0-1), Rufino 65 (0-2), Álvaro 89 (0-3)

Recordar: Torreense 0-1 Ac. Viseu

Campo Manuel Marques, 20 de Março de 1988
26ª Jornada da II Divisão, Zona Centro
Árbitro: Carlos Valente (Setúbal)

Torreense: Jorge; Margaça, Couceiro, Bighetti e Toni (Hélio, 80); Toinha (Baltasar, 33), Passos, Sardinheiro e Sanha; Filipe e Rosário.

Ac. Viseu: Sardinha; Baptista, Leal, Chico Nikita e Kappa; Rui, Cruz, Amadeu e Abel; João Luís (Matos, 87) e Quim (Gil, 65). Treinador: Carlos Alhinho.

Golo: Gil 76 (0-1)

Estrelinha da sorte: Jogo importante que punha frente a frente o primeiro e terceiros classificados da zona centro, separados apenas por 3 pontos. Logo de início se verificou a disposição da equipa visitante em controlar o jogo a meio campo, para daí partir para o contra ataque. Perante esta situação os locais não encontraram antídoto e deixaram-se enlear na teia muito bem urdida por Carlos Alhinho vindo a pertencer aos forasteiros, neste primeiro período, as melhores oportunidades para desfeitear Jorge, que em grande forma, se saiu muito bem nos lances de apuro para a sua baliza.
No 2º tempo o cariz do jogo não se alterou com as duas equipas a revelarem-se contentar com o nulo, embora espreitando sempre qualquer desatenção da defensiva contrária. Assim aconteceu, num rápido contra-ataque apanhando a defensiva local em contrapé, os academistas marcaram o golo que veio a ditar o vencedor.
A partir daí os locais tentaram chegar à igualdade e no último minuto Sanhá poderia ter marcado com o guarda-redes Sardinha já batido. Enfim, ganhou a equipa que melhor soube controlar o jogo e que teve pelo seu lado a estrelinha da sorte.
Boa arbitragem.
Mário Lopes, in A Bola de 21 de Março de 1988

Recordar: Ac. Viseu 3-1 Torreense

Estádio do Fontelo, 8 de Janeiro de 1978

Taça de Portugal
Árbitro: Carlos Paranhos (Coimbra)
Ac. Viseu: Alexandre; Pelezinho, Braga, Gomes e Penteado; Chico Santos e Pedro Paulo; Keita, Toyobe (Renato), Rodrigo e Albasini (Basto). Treinador: José Moniz.
Torreense: Massas; Quim, Aníbal, Carlos Manuel e Jorge; Orlando (Gil) e Serafim; Ventura, Toinha, Honório e Fernando.
Expulso: Serafim 90
Golos: Pedro Paulo 43 (1-0), Toinha 52 (1-1), Toyobe 77 (2-1), Keita 85 (3-1)
Depois de três jogos sem vencer a pausa natalícia fez bem ao Académico de Viseu que despachou o Torreense em jogo a contar para a Taça de Portugal. Mas não se julgue que foi fácil, foi preciso um “festival Keita” (Record) – deu a marcar, marcou e ainda expulsou Serafim.

Recordar: Ac. Viseu 1-0 Torreense

Estádio Municipal do Fontelo, 25 de Outubro de 1987

7ª Jornada da II Divisão, Zona Centro

Árbitro: Fernando Alberto (Porto)

Ac. Viseu: Sardinha; Morgado, Rui Manuel, Carlos Manuel e Kappa; Delgado (Jonh Bubu, 88), Abel e Cruz; Quim, João Luís (Amadeu 76) e Leal. Treinador: Carlos Alhinho.

Torreense: Jorge; Margaça, Couceiro. Bigheti e Toni; Toinha, Passos e Sardinheiro; Luís Fernando, Hélio (Sanhá, 80) e Rosário.

Golo: Leal 75 (1-0)

Invencibilidade perdida: O Torreense, única equipa da Zona Centro, que não havia conhecido a derrota e que, na função de guia isolado, se deslocou a Viseu, acabou por perder esses dois privilégios, num encontro bastante emotivo, frente a um Académico moralizado e que, domingo após domingo, tem vindo a ganhar mais agressividade atacante.
Neste interessante duelo, foi constante o assédio à baliza de Jorge, mas as cautelas defensivas em que os forasteiros se escudaram foram adiando o solitário, mas bem merecido golo que deu a justa vitória dos viseenses.
Arbitragem regular.
Carlos Costa in A Bola, 26/10/1987

Nota: Ao Fontelo chegava o líder da Zona Centro que, para variar, não passou. Vitória academista pela margem mínima que assim ascendeu ao segundo lugar. Com a derrota do Torreense passou a haver um novo líder, a União de Leiria que com a vitória em casa frente ao Mirense (4-1) passou a ter 10 pontos, mais um que Académico, Torreense, Beira-Mar e Guarda

Recordar: Académico 2-1 Torreense

Estádio do Fontelo, 11 de Março de 2001

Golos: Hélder Lemos 16 (0-1), Bispo 26 (1-1), Carlos Santos (2-1)

“O Académico de Viseu deixou para trás a malapata do Fontelo, onde tinha perdido as duas últimas partidas. Domingo, perante o Torreense, um dos candidatos, embora não assumido, teve de lutar muito para conseguir os três pontos, num bom jogo de futebol.

Desde cedo se percebeu a intenção da formação de Torres Vedras. Ao povoar o seu meio campo e praticando um futebol ao primeiro toque, os comandados de Toinha entraram dispostos a aproveitar o síndroma do adversário.

A turma da casa começou receosa a partida, permitindo ao adversário algum ascendente, aproveitado aos 16 minutos, com Hélder Lemos a entrar em velocidade pela meia esquerda e, já na área, a rematar cruzado, para o fundo da baliza de Augusto.

Pairou no Fontelo o fantasma das duas partidas anteriores ali realizadas. Todavia, os academistas recompuseram-se e começaram a equilibrar a partida. Aos 26 minutos, Santos teve o seu primeiro grande momento.

À entrada da área, tirou dois adversários do caminho, puxou para a direita, cruzando com conta, peso e medida para Bispo encostar de cabeça, empatando o jogo. Até perto do intervalo, e com um futebol aberto, as duas equipas dispuseram de oportunidades para desfazer a igualdade.

No segundo período, o cariz da partida manteve-se, embora o Torreense tenha voltado a entrar melhor no jogo. Ainda no primeiro quarto de hora do segundo tempo, Luís Almeida procede a duas alterações que mudaram o rumo do jogo. As entradas de Pedros e Rui Santos para os lugares de Listra e Bruno permitiram maior apoio a Lemos e alguma liberdade a Santos.

Este decidiu o jogo, no seu segundo momento da tarde. Recebeu a bola de Rui Santos e, descaído na esquerda, entrou na área e fuzilou Humberto. Até final, ambos os conjuntos dispuseram de oportunidades flagrantes, por Lemos e Rogério para os viseenses e Seul para os visitantes, sem que o resultado tenha sofrido qualquer alteração.

Excelente arbitragem do trio de Aveiro, liderado por Jorge Saramago.

Técnicos

Luís Almeida (treinador do Académico de Viseu): “Foi uma vitória justa da minha equipa, perante um adversário muito difícil, num bom jogo de futebol.”

Toinha (treinador do Torreense): “O resultado é muito severo para a minha equipa, que não merecia a derrota. A maior parte das oportunidades foram nossas.”

In Record.pt

Recordar: Ac. Viseu 2-1 Torreense

16 de Janeiro de 2005
Estádio do Fontelo, em Viseu

Árbitro: Cosme Machado (Braga)
Árbitros auxiliares: F. Pereira e Roberto Oliveira

AC. VISEU: José Carlos; Jorginho, Gama, Hélder e Nélson; Álvaro, Vítor Lima, Artur Alexandre (Carlos Lima, 22) e Paulo Gomes (Bruno Madeira, 72); Caju (Filipe Cândido, 78) e Chicabala. Treinador: Rui Bento

TORREENSE: Christopher; Janício, Pina, Nuno Correia e José Carlos; Beto, Rogério (Luís Pinto, 57), Canoa (Fábio, 74) e Paulinho; Anselmo e David; Treinador: José Rachão

Golos: Chicabala 8 (1-0), David 30 (1-1), Chicabala 50 (2-1)
Disciplina: Cartão amarelo a Vítor Lima (15), Beto (23), Rogério (42), José Carlos (43), Jorginho (59), Hélder (62 e 81), Gama (67), Caju, no banco, (78), José Carlos (83) e Pina (85). Cartão vermelho, por acumulação, a Hélder (81)

Recordar: Académico 1-3 Torreense

Estádio do Fontelo, 31 de Agosto de 2003

3ª Jornada da II B, Zona Centro

Golos: Bernardo Vasconcelos 49 (0-1), Igor 59 (0-2), Igor 62 (0-3), Antero 71 (1-3)

“O Académico de Viseu continua a contar por derrotas os jogos realizados no Municipal do Fontelo.

Depois da derrota frente ao Alcains, desta vez foi o Torreense a vencer, sem qualquer contestação, os viseenses no seu próprio reduto. Num encontro que colocava frente a frente dois dos candidatos ao primeiro lugar, a formação orientada por José Rachão mostrou por que razão assumiu o objectivo da Liga de Honra.

O Torreense apresentou-se compacto, concentrado e afoito no ataque, com Bernardo Vasconcelos e Igor em grande plano.
Depois de uma primeira parte jogada a bom ritmo, equilibrada e com ocasiões repartidas, a turma de Torres Vedras entrou na segunda metade a aproveitar alguma desconcentração dos academistas e, sem surpresa, Bernardo Vasconcelos, logo aos 49 minutos, apontou o primeiro tento para a sua equipa, concluindo da melhor maneira uma arrancada pela esquerda de Pateiro.

O golo voltou a estar à vista dois minutos mais tarde, mas Augusto, por duas vezes, executou excelentes defesas. A turma de José Rachão aumentou a vantagem ao 59 minutos, desta vez com Igor a concluir uma jogada de Janício pela direita.

Culminando o desacerto colectivo dos visitados, o terceiro golo apareceu três minutos depois, com Igor a aproveitar as facilidades oferecidas pela turma academista para bater o desamparado Augusto.

Com três golos de vantagem, a turma de José Rachão relaxou e um grande golo de Antero, aos 71 minutos, fez acreditar as hostes locais. Mas revelou-se insuficiente.”

In Record.pt

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