Nome: Paulo Jorge Moreira Ferreira “Parma“
Data de nascimento: 17 de Setembro de 1989
Local de nascimento: Viseu
Posição: avançado
Estreia pelo AVFC: Académico de Viseu 1 Anadia 5
Primeiro golo pelo AVFC: Cinfães 1 Académico de Viseu 2
Jogos: 6
Golos: 1
Altura: 1,78 m
Peso: 74 kg
Ídolo: Admiro bastante “Thienry Henry”
Clube de futebol: Sporting C.P
Morada: Queiriga -Vila Nova de Paiva
Para que todos possamos conhecer um pouco mais sobre a tua carreira diz-nos: como foi o teu trajecto até aos seniores do Académico de Viseu?
Comecei a praticar futebol federado aos 11 anos de idade nos infantis do S.C.Paivense, e aí fiz grande parte da minha formação até ao meu 1º ano de júnior. No meu último ano de júnior, vim para o Académico de Viseu e foi também aí que me estreei como jogador sénior, tendo permanecido até à época transacta.
Quem é o Parma “extra futebol”?
Fora das 4 linhas é um jovem como muitos outros, que frequenta o ensino superior. Estou no 2ºano de Eng. Civil no Instituto Politécnico de Viseu e como tal pretendo concluir os estudos tentando conciliá-los sempre que possível com o futebol.
Sou também uma pessoa que gosta bastante de sair com os amigos, e tento sempre ajudar o próximo. E claro…grande fanático de “POKER”…
De onde vem a alcunha Parma?
É engraçado porque é uma alcunha que já vem do meu irmão. E surgiu há já alguns anos, quando ele era ainda miúdo e ia para a escola com uma camisola do Benfica… na frente estava escrito “Parmalat” (patrocinador oficial da época em questão) …e a partir daí começaram sempre a tratá-lo assim. Depois mais tarde quando jogávamos os dois no S.C.Paivense os meus colegas começaram também a chamar-me assim.
Também o meu irmão mais novo é chamado pela mesma alcunha…
O teu irmão, o outro Parma, foi o melhor marcador da Liga de Honra ao serviço do Moimenta da Beira. Apesar disso continuará pelos distritais. Porque é que isso acontece? Revês-te no seu futebol?
Sinceramente não sei. Admito que tem qualidades para jogar em divisões nacionais, mas por vezes tem que se tomar decisões; mas não gostaria de estar a falar deste assunto pois são situações que só a ele lhe diz respeito…e para o futuro…que seja feito ainda de mais golos…
Estreaste-te com José Miguel Borges mas foi Luís de Almeida que mais te utilizou. Fala-nos um pouco de cada um deles.
Sim é verdade. Na parte final da época, com o mister Luís Almeida fui mais utilizado, também devido ao elevado número de indisponíveis que a nossa equipa passava durante essa fase. Sabia que iria ser difícil jogar regularmente, e, a mim, cabia-me treinar para ao domingo ser mais uma opção do treinador.
Sou uma pessoa que não gosta muito de falar das outras pessoas. Mas posso afirmar que ambos são grandes seres humanos que durante a minha época de transição me ensinaram muito. Tem métodos muito diferentes de trabalhar. Em poucas palavras considero o mister José Miguel Borges um excelente treinador e com métodos de treino e jogo muitos específicos. Com Luís almeida chegou uma nova maneira de trabalhar, sendo muito exigente sempre naquilo que faz.
Diferentes treinadores, diferentes métodos de trabalho, mas o objectivo em comum…”a subida de divisão”…
Qual a tua opinião sobre mudanças de treinador a meio da época? O que ganhou o Académico com a “chicotada psicológica”?
Estas questões são única e exclusivamente tomadas pela direcção do clube… a nós grupo de trabalho passa-nos ao lado, apenas temos que trabalhar seja quem for a pessoa que esteja a frente da equipe.
Com a chegada do mister Luís Almeida chegou uma maneira diferente de trabalhar, a que o grupo não estava habituado mas depressa se adaptou.
Às vezes as “chicotadas psicológicas” podem afectar uma equipa, mas quem tinha um grupo de trabalho como o que eu tive era impossível este ir a baixo. Nos momentos mais difíceis a união e a voz de quem manda no balneário conseguia elevar a moral dos colegas para continuarmos a nossa caminhada… pois “as contas fazem-se apenas no fim”.
Na época que terminou conviveste no balneário com jogadores que fazem parte da história do Académico, que são a “mobília” da casa. Fala-nos um pouco deles:
Sérgio – um grande “LIDER”;
Rui Laje – Grande jogador e amigo, sempre pronto a ajudar o colega do lado;
Augusto – Guarda-redes de alto nível… e apenas só com 20 anos (risos) … não parece mas é verdade.
São 3 jogadores que para além da grande qualidade que têm, são grandes líderes dentro do balneário. Fazem com que o balneário nunca vá a baixo… e isso para um grupo é importante.
No jogo frente ao Cinfães, na segunda fase, as hipóteses de subida baixaram muito. Como decorreram os treinos após esse jogo? Onde é que foram buscar forças para os dois jogos que restavam?
Após o jogo com o Cinfães, o ambiente que invadia o balneário era um ambiente de tristeza… e lembro-me perfeitamente de ver alguns colegas a chorar por pensarem que o objectivo não iria ser atingido. Eu, “no meu cantinho”, sempre acreditei que era possível. A semana que sucedeu este jogo foi uma semana normal. Tínhamos em mente que já não dependíamos apenas de nós, e apenas tínhamos que vencer o jogo na Tocha e esperar que do outro encontro nos saísse um resultado favorável. Para o derradeiro jogo, sabíamos a nossa Missão (difícil), mas não Impossível…e todo o esforço de uma época estava apenas num jogo… Aí a equipa galvanizou-se e durante 90 minutos mostrou por que razão mereceu a subida de divisão.
Para além de todo o trabalho imposto dentro das 4 linhas, penso que a união e entreajuda do grupo de trabalho foi um dos factores que contribuiu para o sucesso da equipa.
Estavas à espera de ver o Fontelo tão bem composto no jogo frente ao Anadia?
Sinceramente estava à espera de ver o Fontelo com uma moldura humana maior. Mas o que é certo é que as condições climatéricas que antecederam o encontro também não eram as mais desejáveis. Ao longo da semana tinha-se comentado no balneário que viria muita gente de Anadia, o que depois não se veio a confirmar.
Mas os muitos que lá estavam foram aqueles que sempre acreditaram que ainda era possível a subida de divisão. E a esses o nosso obrigado por acreditarem que “o sonho” ainda estava vivo… e claro que sem a vossa ajuda ao longo da época seria mais difícil a conquista do objectivo.
Futuramente… que o apoio á equipe se mantenha… pois vocês são o 12º jogador.
Nesse último jogo entraste para o lugar do Sérgio com o resultado em 1-0. Como viveste, dentro do relvado, aqueles momentos até ao 2-0 do Rui Santos?
Foi um jogo de futebol atípico em termos de emoções vividas, e que durante a partida me passou tudo pela cabeça. Digo isto porque o Tondela encontrando-se em desvantagem por 2-0, a nossa tarefa ficava um pouco facilitada…faltava um golo… O qual acabou logo por aparecer. Passado alguns minutos sou chamado a entrar e soube nessa altura que o Tondela já ganhava… e aí a nossa equipa tinha que marcar apenas mais um golo. Na nossa cabeça o objectivo não saía de lá. Mesmo só quando faltava um minuto tínhamos que acreditar que era possível… e foi ai que surgiu aquele “GOLAÇO” do Rui… Passei por momentos muitos bonitos, as emoções estavam ao rubro no fontelo e o publico não merecia outro desfecho senão este.
Muitos dizem que foi “sorte”… eu não acredito… Acredito sim que foi a força de vontade do grupo que superou tudo e todos, e claro a ajuda incondicional dos adeptos.
Contigo, dos juniores, veio o Rafael. Ele acabou por não jogar. Como é ele tanto como jogador como com colega?
Sim, é verdade que acabou por não jogar, mas não podemos deduzir que é jogador com poucas qualidades, antes pelo contrário é um jogador que tem imensas qualidades. Qualquer indivíduo que o conheça pode dizê-lo…”tem um pé esquerdo de fazer inveja a muitos”… Também é verdade que não teve qualquer oportunidade para mostrar o seu potencial, mas como o futuro é ainda um longo caminho a percorrer, penso que tem todas as possibilidades para poder singrar no futebol. Fora das 4 linhas é um grande amigo com quem partilho alguma amizade e que está sempre pronto ajudar o colega.
Sendo tu um “produto” da Formação Academista o que achas do aproveitamento dessa mesma formação para alimentar os seniores? Sentes que do “teu” plantel de juniores havia mais jogadores que mereciam a subida aos seniores?
Penso que sim, que no ano passado havia jogadores com qualidades para poderem ficar no plantel sénior. Apenas fiquei eu e o Rafa, mas se ficasse qualquer um deles não era de estranhar, pois todos eles tinham bastantes qualidades.
Penso também que o clube ano após ano tem vindo cada vez mais a aproveitar jovens oriundos da formação, e a prova disso está à vista de todos, pois na época transacta eram mais de 10 os jogadores formados no clube que actuavam no plantel sénior.
Estreaste-te pelo Académico de Viseu na derrota caseira (1-5) frente ao Anadia. Recorda-nos esse jogo:
Recordo-me perfeitamente desse jogo (“mas preferia em parte não me recordar”). Foi um jogo em que a nossa equipa não esteve nada bem e eu fui lançado em jogo perto do final já com o resultado muito desfavorável no intuito de ser mais um a ajudar. Mas como em tudo na vida há dias maus, esse foi um deles…
Mas quando afirmo que “preferia em parte não me recordar”, faço referência não só à minha estreia na época 08/09 mas também como o 1ºjogo realizado como jogador sénior. Um dia mais tarde será recordado………….assim…….
Já que estamos numa “onda” de recordações conta-nos como foi o teu golo em Cinfães. Consideras que esse golo foi importantíssimo para a subida?
Todos os golos são importantes, sem dúvida uns mais que outros…seja de quem for a sua autoria. É claro que todo o jogador pensa sempre em fazer golo, sendo esse um dos objectivos principais desta modalidade.
Em relação ao jogo de Cinfães lembro-me perfeitamente. A nossa equipa perdia por 1-0 e eu entro em campo a 30 minutos do final. Passado 5 minutos da minha entrada na sequência de um livre e num ressalto dentro de área a bola sobra para os meus pés e eu sem tempo para fixar a baliza disparo um remate que felizmente deu golo. No final acabaríamos por vencer a partida com uma reviravolta fantástica por 2-1. Foi uma vitória importantíssima porque em caso de derrota aumentaríamos ainda mais a distancia que tínhamos para os 2 primeiros classificados…e sendo o Cinfães um dos líderes do campeonato conseguimos encurtar alguma distância.
Para o ano o teu destino é o Canas de Senhorim. Sais a título definitivo ou emprestado? Contas voltar um dia? Quais os teus objectivos pessoais e os do Canas para 2009/2010?
“Tal como saí…assim espero voltar…um dia…”
É verdade que vou deixar o Académico mas apenas a título de empréstimo por uma temporada.
Na temporada que se avizinha vou ingressar num outro clube, o Canas de Senhorim, que disputa a Divisão de Honra, e tal como me foi proposto vou tentar ajudar a equipe a alcançar os seus principais objectivos, que passam por ficar nos lugares cimeiros da tabela classificativa.
Pessoalmente os meus objectivos passam sempre pelos objectivos da equipa…se colectivamente alcançar os objectivos…então é claro que pessoalmente estes também foram atingidos e só assim poderei ficar feliz comigo próprio.
Achas que tinhas capacidades para integrar o plantel 2009/2010?
É uma pergunta à qual eu sou alheio, e como “jogador humilde” que sou, tenho de acatar a decisão. O clube tem pessoas claramente responsáveis para tomar essas decisões. Se tinha capacidades? Eu sei daquilo que sou capaz…. E como em tudo na vida cabe-me aceitar a decisão, e esperar que um dia surja a oportunidade de regressar.
Ao veres no actual plantel jogadores que actuaram em menos jogos que tu não te sentes “traído”?
De maneira nenhuma. Claro que gostava de permanecer mas como não foi possível. Espero por outra oportunidade. Mas sobretudo fico feliz pela continuidade deles e que esta época lhes sejam dadas mais oportunidades do que aquelas que lhes foram proporcionadas, pois eles têm bastantes qualidades para ajudar o grupo. Espero que desfrutem da oportunidade de actuar numa 2ªdivisao, pois nem todo o jogador consegue atingir esse patamar.
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