Marcar cedo e sofrer para vencer

Manuel Fernandes; Simões, Negrete, Marcos e Zé Teixeira; Calico, Álvaro (André Barra 72), João Miguel (Filipe Figueiredo 65) e Santos; Eduardo e Tiago (Zé Pedro 85)
Quim, Bruno Pires, Paulo Pires, Eduardo, Pina, Nuno Pires (Zé Miguel 70), Rochinha (Paulo Rochinha 78), Márcio, Parma, Ito e João Pedro (Paulinho 52)

Golo: Negrete 15 (1-0)

REMATES *:
AVFC – 13 (8+5)
PAIVENSE – 8 (2+6)

FALTAS *:

AVFC – 6 (4+2)
PAIVENSE – 6 (4+2)

CANTOS *:
AVFC – 5 (1+4)
PAIVENSE – 6 (1+5)

FORAS DE JOGO *:
AVFC – 2 (2+0)
PAIVENSE – 3 (2+1)

Quem estava à espera de uma tarde descansada e de que o AVFC chegasse com facilidade à vitória enganou-se. O golo até nem demorou muito a acontecer mercê de uma boa entrada academista – uma entrada à campeão -, com Santos aos comandos e Negrete a resolver tal como o havia feito no jogo frente ao Tarouquense embora nesse jogo com contornos mais dramáticos já que o golo surgiu quando o relógio caminhava perigosamente para o fim. Quando se esperava que o Académico de Viseu continuasse a pressionar com o objectivo de alcançar o 2-0 – um golo que por certo galvanizaria adeptos e jogadores para uma tarde tranquila -, a equipa da casa tirou o pé do acelerador e o Paivense foi-se abeirando com relativo perigo da área academista com Ito e Parma a revelarem-se os mais perigosos jogadores da turma de Vila Nova de Paiva, mas convém dizer que tirando uma ou outra desatenção a defesa academista foi resolvendo com eficácia todos os problemas causados pelo Paivense. A primeira parte chegou ao fim com a vantagem mínima do AVFC que traduzia fielmente o que se passava no maravilhoso tapete verde academista. Ao intervalo havia ainda outra boa notícia pois o Lamego empatava em Tarouca.
A segunda parte foi má demais para ser verdade, o meio campo academista desapareceu, acumulou maus passes e havia um fosso enorme entre a defesa e o ataque academista, o Paivense foi superior em certos momentos, rematou mais que o Académico mas foram os locais a estar mais perto do golo com Negrete, outra vez ele, a atirar de cabeça à barra. Com o decorrer da segunda parte também o Paivense foi perdendo gás e como não queria ficar atrás do Académico também eles falharam muitos passes e o jogo arrastou-se penosamente para o fim.
Enfim, não foi um jogo impressionante por parte do Académico de Viseu mas a vitória é inteiramente justa, a “má notícia” veio de Tarouca onde o Lamego ganhou por 0-2 mandando um recado bem claro para Viseu: se o Académico quer subir vai ter mesmo que alcançar 3 vitórias nos últimos 3 jogos do campeonato. Não vai ser fácil mas já esteve muito mais difícil, houve mesmo alturas no campeonato em que parecia impossível.
O árbitro esteve bem num jogo extremamente correcto pelo que se o treinador do Lamego tinha informadores no Estádio do Fontelo, estes devem ter reportado ao “chefe” que em Viseu tudo pautou pela normalidade.
Idalino de Almeida no final acabou por deixar escapar que o Académico, no início da época, se mostrou interessado em Ito e Parma dois ex academistas que “derrotaram” o Académico na primeira volta, é a velha história de o Académico deixar fugir os melhores valores. O técnico academista congratulou-se com a paragem de 15 dias do campeonato, tempo que poderá ser precioso para poder recuperar a 100% Xinoca, Filipe Figueiredo e ainda Tiago.
Fique com as visões menos apaixonadas:
Vis Fut Magazine
Diário Regional

*Nota: os números apresentados não serão por certo 100% fiáveis mas não devem andar muito longe da realidade.

Ainda o Paivense – Académico

A MAGIA DO FUTEBOL recebeu, via mail, de Pedro Mota, a quem agradecemos, o que foi escrito no jornal Notícias do Paiva sobre o Paivense 2 Académico de Viseu 0. Fica aqui um excerto:

“Um dos factores mais importantes do desfio aconteceu com a marcação da grande penalidade contra o Académico e consequente expulsão do guarda-redes. Penalidade que não ofereceu dúvidas a ninguém mas que mereceu do banco academista uma forte reacção negativa, não tanto pela justeza do assinalar da falta, mas porque segundo eles o bandeirinha havia levantado antes a bandeirola. Sinceramente não vimos nada de anormal, seguíamos com os olhos a bola que estava dentro da área e eles provavelmente faziam o mesmo, pelo que os seus protestos não tinham razão de ser e demonstraram nomeadamente os preconizados pelo professor Idalino que o futebol é um manancial de surpresas que faz perder a cabeça, mesmo a pessoas com obrigações e um currículo invejável que merece outro tipo de comportamento.”

Não concordo com as críticas a Idalino Almeida que são aqui feitas. Se a grande penalidade é indesmentível também o é o facto de o bandeirinha ter levantado a bandeirola. Mesmo seguindo a bola com os olhos o repórter do Notícias do Paiva devia ter vistoa bandeirola no ar, foi por isso mesmo, no meu entender, uma reacção completamente normal do banco academista. Claro que todos concordamos que a vitória do Paivense foi certa e que foram a melhor equipa em campo, A MAGIA DO FUTEBOL reconheceu isso mesmo como se pode comprovar se “clicarem” aqui.

SC Paivense 2 ACADÉMICO VFC 0

Este post irá ser dividido em três partes. Na primeira parte falarei do jogo propriamente dito com a isenção possível que a minha condição de academista permite. De seguida falarei da equipa do Académico tendo em atenção o jogo de ontem e os outros dois que também vi esta época em São Pedro do Sul e Oliveira de Frades mais concretamente. Falarei também da equipa do Paivense que desde já vos posso adiantar gostei muito.

O Jogo: Vitória da melhor equipa em campo. O jogo começou entretido a meio campo naquilo que vulgarmente se chama de estudo mútuo. A primeira hipótese de golo surgiu para o Académico estavam decorridos 16 minutos, altura em que o árbitro da partida entendeu que um jogador do Paivense, penso que Alexandre, cometeu jogo perigoso dentro da sua área. Na cobrança da falta, Santos colocou a bola redondinha na cabeça de Amarildo que, de forma displicente, atirou para fora. Mais 10 minutos se passaram até que chega o momento do jogo. A bola foi colocada na área do Académico e eis que o árbitro assistente levanta a bandeira, que traz na mão, numa clara demonstração de que entendia que um avançado do Paivense se encontrava na posição de fora de jogo. O árbitro do encontro deixa a bola seguir, pois não deve ter olhado para o seu companheiro, o avançado do Paivense encontra pela frente o guardião viseense que o derruba com os pés. Penalty! E o árbitro auxiliar perguntam vocês? Bem, esse baixou a bandeira que havia levantado… da grande penalidade que entretanto surgiu resultou a expulsão de Manuel Fernandes. Aqui importa referir o seguinte, o jogador que foi derrubado surgia isolado perante o nº 1 academista mas não totalmente enquadrado com a baliza e a bola ia a fugir para a linha de fundo. André, que entretanto entrara em campo para a baliza do AVFC, defendeu de forma superior a grande penalidade marcada por Parma e tornou-se aí numa das figuras da equipa. Nos minutos seguintes à grande penalidade defendida a bola andou sempre a pairar perigosamente na área academista mas por inércia Paivense misturada com alguma sorte academista a bola não entrou. O Académico lá conseguiu parar a avalanche Paivense e aos 32 minutos num livre superiormente marcado por Carlos Santos Negrete de cabeça atirou por cima da barra. E assim chegamos ao intervalo com 0-0 no marcador.
A segunda parte foi de inteiro domínio da equipa da casa com a defesa academista em bom plano mas à passagem do primeiro quarto de hora o Paivense chegou ao golo. Um cruzamento do lado direito e ao segundo poste aparece Parma a encostar para o 1-0. O Académico tentou vir para a frente à procura do golo mas sempre sem grande inspiração e com a agravante de deixar a sua defesa descompensada e por isso mesmo não foi de estranhar o facto de o Paivense ter chegado ao 2-0. Foi novamente pelo lado esquerdo da defesa academista com o jogador do Paivense a isolar-se perante André que foi incapaz de travar a marcha vitoriosa da bola. Neste lance foram muitos os protestos tanto da parte dos jogadores do Académico bem como dos seus adeptos que se encontravam no enfiamento da jogada e que pediam fora de jogo. Do local onde estava é me impossível emitir uma opinião. Se as coisas estavam difíceis piores ficaram como é lógico. Curiosamente só com a saída de Carlos Santos e a entrada de Álvaro é que o Académico cresceu mas a falta de pontaria academista e uma grande defesa de Quim a evitar um auto – golo mantiveram o resultado. Termino como comecei foi uma vitória certa da melhor equipa em campo, num jogo que ficou desequilibrado a partir de uma decisão dúbia de um árbitro auxiliar.

O Académico: É o terceiro jogo que vejo este ano e todos fora de portas. Tudo começou na vitória por 1-0 sobre o Sampedrense, pelo meio um empate em Oliveira de Frades e ontem a derrota. O Académico em todos estes jogos apresentou as mesmas virtudes e defeitos. Na baliza está o clube bem servido, Manuel Fernandes é um excelente guarda redes e André ontem não lhe ficou atrás. A defesa é o melhor sector da equipa. Sou fã de Santiago e Calico dois jovens vindos das camadas jovens e que sentem a camisola que vestem e além disso são bons naquilo que fazem. Negrete é um defesa discreto mas terrivelmente eficaz. Na minha opinião a posição de defesa esquerdo é a mais débil, foi-o ontem como já havia sido em Oliveira de Frades. No meio campo há Carlos Santos e pouco mais, Xinoca parece-me fora de lugar, Zé Pedro é um bom complemento para os defesas mas depois há um problema, falta alguém que pegue na bola e que acelere o jogo. Ontem com a entrada de Álvaro o jogo acelerou mas já o vi jogar mais vezes esta época e não foi capaz de fazer o que ontem fez. A frente de ataque suspira por Filipe Figueiredo! Amarildo foi uma presa fácil e Eduardo pouco se viu. Quando foi preciso ir para a frente apareceu no ataque João Miguel que era defesa esquerdo (!) o mesmo havia acontecido em Oliveira de Frades quando Calico terminou o jogo a ponta de lança ele que é defesa central. Há muitas lacunas para preencher neste Académico, a distância para os primeiros é de 9 pontos, com 18 jornadas por jogar não é uma desvantagem irrecuperável mas para isso acontecer precisa-se de reforços só não sei se o clube pode fazer esse esforço.

O Paivense: gostei da turma de Vila Nova de Paiva. Olhando para a equipa consegui reconhecer os manos Pires, os manos Rochinha e Paulito. E que têm estes nomes em comum? São todos jogadores da casa! A raça e o querer que empregam em campo não estão alheios por certo ao facto de sentirem aquela camisola como ninguém com a curiosidade de os Pires terem actuado nas camadas jovens do CAF. Têm um guarda-redes que na única vez que foi chamado a intervir efectuou a defesa da tarde. Na defesa para além de Bruno Pires destaco o central Eduardo, o homem ralha com tudo e todos, inclusivé com o árbitro, e colocou em sentido o ataque academista. No meio campo realço o bom trabalho do mais velho dos Rochinhas que com o passar dos anos continua igual a si próprio, ou seja, refilão até dizer chega mas com “pulmão” para dar e vender. O ataque demonstrou ontem mais uma vez que é o ponto forte desta equipa com os irrequietos Márcio e Ito e com Parma “à goleador” pese embora a grande penalidade falhada. Se pudesse escolher um jogador desta equipa para o Académico seria certamente Parma! Este Paivense, que o ano passado andava pelo fundo da tabela, é uma bela equipa. Que ninguém se surpreenda com o seu 3º lugar!

Create a free website or blog at WordPress.com.

EM CIMA ↑