Recordar: Ac. Viseu 1-0 Oliveira do Bairro SC

Estádio do Fontelo, 20 de Setembro de 1987

3ª Jornada da II Divisão Zona Centro

Árbitro: Joaquim Gonçalves (Porto)

Ac. Viseu: Sardinha; Morgado, Rui Manuel, Carlos Manuel e Amadeu; Delgado, Abel e Cruz; João Luís (Matos 90) e Leal (Quim, 75). Treinador: Carlos Alhinho.

Oliveira do Bairro: Luís Almeida; Amorim, Cardoso, Hélder e Dinis; Orlando, Santos e José António; Rochinha (Batista 70), Azevedo (Nélson 27) e Toninho.

Expulsão: Hélder 22 (Oliveira do Bairro)

Golo: Delgado 90 (1-0).

Golo no último minuto: O Académico, atacando muito, não o fez, no entanto, com o devido discernimento e mostrou-se até, impotente para encontrar soluções apesar de, a partir dos 22 minutos, a turma forasteira, algo indisciplinada, ter ficado reduzida a dez unidades.
Desperdiçada aos 38 minutos, por João Luís, uma grande penalidade, os viseenses só no último minuto é que conseguiram o golo da vitória sobre uma equipa que, com um sistema táctico defensivo bem montado, procurando contrariar sempre que possível as intenções do adversário, não merecia sair derrotada, depois do grande esforço feito em desvantagem numérica, durante três quartos do tempo total.
De qualquer modo a haver, como houve, um triunfo, só assentaria bem aos viseenses, pelo muito que lutaram por ele.
Boa arbitragem.”
Carlos Costa, in A Bola, 21/09/1987

Nota 1: Ac. Viseu apenas com 10 jogadores. Assim que possível ,tentaremos colocar tudo em ordem.

Nota 2: Continuamos a recordar a magnífica época de 87/88 quando o Académico de Viseu alcançou a última subida à I Divisão. À 3ª jornada o Académico de Carlos Alhinho recebeu no Fontelo um dos líderes. O Oliveira do Bairro vinha de duas vitórias mas não passou no Fontelo. Com esta vitória o Académico saltava para o 3º lugar e o Beira-Mar passava a liderar isolado mercê do seu empate em Santarém frente ao União local e aproveitando ainda as derrotas de Mangualde (4-1 em Peniche) e do Mirense (2-0 em Vila Franca de Xira). Recorda-se?

Paulo Freitas manteve o sonho até ao fim…

Paulo Freitas – 4 – O melhor elogio que lhe podemos fazer é que foi ele a manter a chama da esperança acesa até ao ultimo segundo, uma defesa a evitar o golo adversário, e defendeu um penalty que o árbitro inventou.
Casal – 3 – Não comprometeu, certo a defender, subiu muito pouco ao ataque.
Jonas – 1 – Pouco tempo em campo. Saiu lesionado logo no inicio do encontro.
Tiago – 3 – Esteve á altura dos acontecimentos, os adversários incomodaram pouco.
Marcelo – 3 – À imagem de Casal esteve certinho na defesa, faltou ajudar no ataque. Ainda teve um livre á sua medida, mas chutou contra a barreira.
Calico – 3 – Entrou bem no jogo, e não se notou a falta de rotina.
Alvaro – 3 – Não foi tão interventivo quanto nos vinha habituando nos últimos jogos. Tentou, mas sem efeitos práticos.
Vouzela – 3 – Talvez dos jogos mais apagados que lhe vi fazer. O meio campo também foi a zona do campo mais povoada, não deixando grandes espaços para se jogar.
Ricardo – 3 – Não teve espaço para poder fazer os seus lançamentos em profundidade. esteve muito encostado ao lado esquerdo. Acabou o jogo a defesa esquerdo.
Everson – 2.5 – Sem espaço para jogar. Com terreno pesado e com tanta perna á volta, não conseguiu colocar a sua técnica em campo.
Luisinho – 2.5 – Um ou dois lances inconsequentes. Os defesas de Oliveira do Bairro sabiam bem da sua importância no jogo Academista.
Zé Bastos – 2.5 – Não me lembro da bola nos pés do Zé. Apenas me lembro de um lance em rematou já em desequilibrio, na melhor oportunidade de golo Academista.
Rui santos – 2 – Entrou a 15 minutos do fim do jogo, e não acrescentou nada ao mesmo.

Ol. Bairro 0-0 Ac. Viseu

Foto: Diário de Viseu

O Académico empatou a zero bolas esta tarde no Estádio Municipal de Oliveira do Bairro, e disse adeus à tão desejada subida de divisão.


O técnico Manuel Matias, que estava suspenso, fez alinhar os seguintes jogadores: P.Freitas, Casal, Tiago, Jonas (Calico) e Marcelo (Rui Santos); Álvaro, Vouzela e Ricardo; Everson, Luisinho e Zé Bastos.


O jogo começou com “mau presságio” para as hostes viseenses com a lesão de Jonas, logo nos primeiros minutos, entrando Calico para o seu lugar, ele que, diga-se, esteve irrepreensível no centro da defesa academista. O Oliveira do Bairro entrou mais forte nos primeiros minutos, tentando de alguma forma assumir o domínio do jogo, e foi Paulo Freitas, com uma grande defesa, que evitou que a equipa da casa se colocasse em vantagem no marcador. Porém os academistas equilibraram o encontro, e foram os viseenses que tiveram a grande oportunidade do primeiro tempo, com Zé Bastos à boca da baliza a não conseguir desfeitear o guardião da equipa da casa (talvez tenha sido a oportunidade do jogo para o Académico de Viseu). Chegava-se ao intervalo com um nulo que se aceitava.


O segundo tempo, esperava-se um Académico mais atrevido, mais acutilante no ataque, mas assim não aconteceu. Notava-se a falta de Manuel Matias no banco academista. O Académico raramente incomodava o guardião adversário. O Oliveira do Bairro ia fazendo o seu jogo (o empate chegava), e até teve um “bónus”, permitam-me, tal foi o escândalo de penalty que foi assinalado na área de rigor academista. Um penalty que, não existiu, posso garantir, invenção pura e habilidosa do sr. árbitro Raul Valega. Porém Paulo Freitas foi herói e defendeu a grande penalidade, fazendo os inúmeros adeptos de Viseu presentes no estádio, sonhar que ainda era possível a vitória. O treinador academista colocou ainda Rui Santos, para o lugar de Marcelo, na esperança que o mágico tirasse da cartola um golo nos últimos instantes, tal como aconteceu há dois anos. O Académico teve no último canto da partida a oportunidade que cheirou a golo, mas o cabeceamento de Everson(?) saiu à malha lateral. Que pena! No outro jogo o Monsanto fazia o seu papel e vencia por 3-1, faltando, por isso, apenas um golo para o Académico de Viseu subir de divisão! Não aconteceu e os viseenses foram tristes para casa. Um empate amargo, que em nada serviu as aspirações do nosso clube.


Notas finais para os inúmeros adeptos de Viseu que se deslocaram até Oliveira do Bairro, somos um clube enorme! À claque academista, que mais uma vez, esteve em grande número, sempre apoiar, mesmo com a constante provocação por parte dos “adversários” que existiam nas bancadas!

Por fim, não posso deixar de frisar que, na minha opinião, faltou o agradecimento final dos jogadores e direcção, a todos nós que estivemos sempre apoiar debaixo duma chuva que teimava em não parar – nós também perdemos esta final (ninguém se esqueça nem tenha duvidas, que o clube, hoje mais que nunca, são estas pessoas, são estes adeptos).

Académico Sempre!


João Monteiro, sócio nº805

E viva o "velho"!

Luís Vouzela (4) – num jogo de grande combate, e de grande entrega, por parte de TODOS os jogadores academistas foi o “velhinho” que se evidenciou. Cansa só de o ver a correr e lutar por cada bola como se fosse a primeira bola da carreira dele. Como o diz o Carlos Silva, “merece uma estátua no Fontelo”! O melhor em campo!

Augusto (3,5) – Fez uma enorme defesa no primeiro minuto da segunda parte. No restante tempo deu à sua defesa a tranquilidade de se saber que, atrás deles estava um grande número 1!

Casal (2,5) – Fez uma falta e acabou expulso! Estava a dinamizar o flanco direito.

Tiago Jonas (3) – Mostrou muita segurança e muita classe. Faltou-lhe alguma tranquilidade.

Tiago Gonçalves (3) – Ao Tiago não lhe faltou tranquilidade e soube jogar mais serenamente que o seu colega de sector. Precipitou-se na abordagem a alguns lances. Teve um grande remate à barra.

Marcelo Henrique (3) – Viu um amarelo escusadamente, ele que já tem o traquejo suficiente para evitar este tipo de lance. Não teve bolas paradas à sua medida. Bem a defender.

Álvaro (3) – Um verdadeiro batalhador no meio campo academista. Com a expulsão de Casal foi defesa direito e se é verdade que não tem cultura de lugar, colmatou tal falha com uma entrega fantástica. A meio da semana vi-o a trabalhar no Sátão e no sábado vi-o a dar tudo pelo nosso Académico!

Ricardo (4) – Se foi o Vouzela a evidenciar-se na segunda parte, foi o Ricardo Ferreira que se evidenciou na primeira. Aos seis minutos rematou para uma grande defesa do guarda-redes adversário e aos 28 minutos com um passe magistral colocou Luisinho na cara do golo. Muita classe naquele pé esquerdo.

Éverson (2,5) – Em termos de entrega ao jogo nada a apontar. Nem a ele nem a ninguém. Agarrou-se em demasia à bola, não a soltando no tempo oportuno.

Luisinho (2,5) – Falhou uma grande oportunidade na primeira parte. Excelente na ajuda a Marcelo Henrique. Não brilhou como habitualmente.

Zé Bastos (3) – Ouvia-se na bancada que era pena ver a equipa a subir de forma e o Zé a baixar. Aos seis minutos da segunda parte o Zé até deu razão a quem disse tal coisa, ao falhar uma boa oportunidade. Mas, 3 minutos volvidos, marcou mesmo. Um pontapé cheio de raiva!

Luís Miguel (1,5) – Entrou com vontade. Bem a defender.

Rui Santos (0,5) – Foi lhe tirado um fora de jogo de uma maneira verdadeiramente disparatada. Mostrou estar longe da boa forma. O que é normal.

Calico (0,5) – Entrou

Ac. Viseu 1 – 0 Oliv. Bairro

Estádio do Fontelo, 24 de Abril de 2011-04-24
5ª Jornada da Fase de Subida, III Divisão, Série D
Árbitro: Luís Dionísio
Ac. Viseu: Augusto; Casal, Jonas, Tiago Gonçalves e Marcelo Henrique; Vouzela, Álvaro (Calico, 90), Ricardo e Éverson; Luisinho (Luís Miguel, 67) e Zé Bastos (Rui Santos, 76). Treinador: Manuel Matias.
Oliveira do Bairro: Pedro Monteiro, Alexis, Luís Barreto, Paulo Costa, Rui Castro, Rúben, Pedro Almeida (Rui Beato, 76), Leandro, Mário (Miguel Tomás, 64), Hugo Paulo e Dany (Rato, 64). Treinador: Carlos Miguel.
Expulsão: Casal 45
Golo: Zé Bastos 54 (1-0)
Nos primeiros minutos deste encontro as equipas quiseram mostrar aos adeptos o porquê de estarem a disputar esta fase de subida. Boas trocas de bola, bons executantes, bola muito dividida no meio campo.

O Académico a partir dos 20 minutos de jogo, começou a dominar a partida, e “obrigou” a equipa forasteira, a jogar em contra-ataque.

Nesta altura do jogo já dava para perceber que o árbitro deste jogo, não tinha categoria para o que viria a seguir.

Os jogadores decidiram complicar o jogo e por momentos assistiu-se de parte a parte, a distribuição de “fruta”, diga-se lance muitos viris, completamente escusados. O árbitro da partida, só conseguiu acalmar o jogo através de sancionamento disciplinar, e neste “jogo disciplinar”, como já é costume o Académico saiu a perder.

O Académico entretanto volta a jogar futebol, e começa a criar os primeiros problemas á equipa forasteira. Luisinho tem a primeira grande oportunidade, quando entra na área pelo lado direito do ataque, e apenas com o guarda-redes pela frente remata ao poste.
Minutos depois é a vez de Tiago Gonçalves num excelente remate de fora da área enviar a bola á barra, com o guarda-redes completamente batido.

Antes do final da 1ª parte, o momento do jogo. Num contra-ataque forasteiro, Casal puxa um adversário junto á linha de meio campo, e o árbitro, num lance sem perigo eminente decide mostrar o segundo cartão amarelo a Casal… – RIDICULO, ENCOMENDADO! Ainda para mais quando me garantiram que o primeiro amarelo era para um colega de equipa e não para Casal.
E assim seguia o jogo para intervalo, com um mau prenuncio para a segunda parte.

No reatar do jogo, recomeça o “show do árbitro”, chama o responsável pela equipa de policiamento de serviço, e manda reforçar a segurança junto á zona onde se encontravam alguns adeptos a elogiar a familia do Sr. árbitro. Ainda nos primeiros minutos da 2ª parte volta a entregar uma garrafa de água ao agente de autoridade( seria mais grave se fossem bolas de golfe ).

Na segunda parte veio ao cimo a grande conquista desta equipa nesta fase de apuramento, a garra e disponibilidade! Matias encosta Álvaro á direita no lugar de Casal, Ricardo e Vouzela, ficam com as despesas do meio campo, Luisinho, Everson e Bastos, com a missão complicada de tentar marcar.

Foi num lance de contra-ataque que Bastos recebe a bola, consegue passar dois defesas do Ol. do Bairro, e já no interior da área desfere um potente remate, fazendo o golo da vitória. A partir daí foi o espírito de sacrifício que imperou.
Sai Luisinho para entrar Luis Miguel, mais tarde Bastos dá lugar ao regressado Rui Santos.

O Académico a partir do golo, “deu” a iniciativa de jogo ao adversário, que apenas conseguiu uma oportunidade de golo numa desconcentração da defesa academista. Aliás foi o único lance digno de registo da equipa adversária.

Grande Vitória do Académico, grande espírito de sacrifício, e vimos uma equipa que joga á imagem do seu treinador que não pára um segundo, no incentivo aos seus jogadores.

Força Académico!

Análise Individual – Melhor em campo: Luisinho (3,5)

Luisinho – 3,5 – O melhor do Académico. Endiabrado e eficaz no um-para-um, foi dos seus pés que saíram praticamente todas as jogadas perigosas junto às linhas laterais. Teve um remate fantástico, que embateu no poste, no lance do golo viseense. É o jogador mais do Académico neste momento, e levou a ovação da tarde, justíssima.

Augusto – 2 – Regresso saudoso à titularidade, mas simultaneamente, infeliz. Tarde para não recordar, com algumas saídas em falso pouco normais no nosso guardião.

Casal – 2,5 – Cumpriu as tarefas defensivas com mais ou menos dificuldades.

Tiago – 3 – Central acima da média, claramente.

Canelas – 2,5 – Estava a cotar-se para ser o melhor em campo. Marcou o golo que poderia oferecer três preciosos pontos. Não fez falta no primeiro amarelo, é um facto, mas não foi ponderado no segundo amarelo, que lhe valeu a expulsão. Que pena!

Sérgio – 2 – Pela primeira vez titular, notou-se algum nervosismo (normal). Não foi feliz, mas tem valor, como se viu na pré-época, quando estava com mais confiança.

Calico – 2,5 – Jogo regular de Calico. Ganhou várias bolas aéreas.

Vouzela – 3 – Enquanto esteve em campo o Académico esteve em bom nível. A equipa ressentiu-se com a sua saída.

Ricardo – 2 – Bom toque de bola, mas demasiado apagado do jogo.

M.Almeida – 2,5 – Jogo regular de M.Almeida. Uma primeira parte de bom nível. Caiu de produção no segundo tempo, tal como os seus companheiros.

Zé Bastos – 2 – Perdulário o nosso matador. Espera-se que regresse rápido aos golos, o Académico precisa.

Álvaro – 1 – Entrou em campo para o lugar de Vouzela, muita garra, mas com poucos efeitos práticos. Apanhou a pior fase dos viseenses.

Jonas – 1 – Entrou para ocupar a vaga de Canelas, após a sua expulsão.

Pedro Costa – 0,5 – Demasiado pouco tempo em campo. Levou amarelo por uma falta normal.

Ac. Viseu FC 1 – 1 O. Bairro SC

O Académico apenas conseguiu conquistar um ponto na recepção ao Oliveira do Bairro. Um resultado pouco positivo para aquelas que são as aspirações viseenses. 1-1 foi o resultado.

Estádio do Fontelo, 6 de Fevereiro de 2011

16ª Jornada da III Divisão, Série D

Árbitro: Gonçalo Martins (Guarda)

Ac. Viseu: Augusto, Casal, Canelas, Tiago Gonçalves e Marcelo Henrique; Calico (Pedro Costa, 85), Vouzela (Álvaro, 60) e Ricardo; Marco Almeida, Luisinho (Jonas, 80) e Zé Bastos. Treinador: Paulo Gomes.

Oliveira do Bairro: Pedro Monteiro, Alexis, Miguel Tomás (Zé Miguel, 56), Luís Barreto, Paulo Costa, Rui Castro, Rui Beato, Luís (Nélson Rato, int), Ruben Ramalho (Mário, 74), Pedro Almeida e Hugo Paulo.

Suplentes não utilizados: Roberto, Filipe, Fábio e Cabido (Ac. Viseu)

Expulsão: Canelas 77

Golos: Canelas 51 (1-0), Rui Beato 82 (1-1)

Numa primeira parte bem conseguida pelos academistas, onde criaram muitas (demasiadas) ocasiões flagrantes de golo, faltou o mais importante para alcançar a tranquilidade: os golos. Foram várias as oportunidades do Académico, desde Bastos a Marco Almeida, as bolas não entravam. Destaque, também, para a excelente primeira parte do guardião adversário, um dos principais culpados de o placard ao intervalo continuar como iniciou, sem golos.

A segunda parte foi diferente, o jogo foi mais repartido. O Oliveira do Bairro foi uma equipa com mais bola, e teve os seus efeitos práticos. O Académico à passagem do minuto 60 chegaria ao golo, através de Canelas, depois de um remate fantástico de Luisinho na trave/poste, a bola ressalta para um jogador academista que faz um remate em balão, o guardião larga a bola, e o defesa central, oportuníssimo, fazia o primeiro da tarde. Um golo que já vinha tarde, tais eram as oportunidades de golo do Académico. Pouco depois, o Oliveira do Bairro dá o primeiro aviso, após um livre a bola embate no ferro de Augusto, após uma saída menos conseguida do nosso guardião. Zé Bastos ainda teve nos pés a decisão do encontro, conseguindo-se isolar, mas o remate saiu a rasar o poste esquerdo da baliza adversária. Depois disto, só deu O.Bairro, e muito fruto de duas situações adversas: primeiro a saída de Vouzela (por lesão ou cansaço?), onde o Académico não conseguiu mais bola no meio-campo. E segunda situação, a expulsão de Canelas, ele que já tinha um cartão amarelo por falta inexistente, levou o segundo amarelo (este sim, justíssimo) por uma entrada mais dura sobre um adversário. Entrou Jonas para tentar segurar o jogo, saindo Luisinho (um dos melhores em campo, senão o melhor). Contudo, não foi possível vencer o jogo, os homens da Bairrada, empataram pouco depois, após nova saída em falso do nosso guardião. E só não perdemos o jogo, porque pouco depois, a papel químico do golo forasteiro, a bola, simplesmente, não entrou.

Resultado injusto, diga-se. O Académico foi superior durante 60 minutos, demasiado superior aliás. Foram demais as jogadas perdidas de golo evidente. Contudo, alguma sorte na fase final do jogo, que também poderiam ter dado a derrota caseira. O Académico de Viseu veio abaixo com as adversidades que aconteceram no segundo tempo, mas também aqui, ou principalmente aqui, é fundamental vir ao de cima, o espírito de equipa, a entreajuda de todos, a garra de quem quer subir de escalão, o que mais uma vez, não aconteceu, e os academistas não venceram.

Um resultado pouco positivo, mesmo com a derrota do líder Nogueirense. E olhando mais para baixo, o Marinhense, actual 7º classificado, encontra-se a uns simbólicos quatro pontos dos viseenses. Sinal de alarme!

Oliv. Bairro – Académico: Zé Bastos

Augusto – 4 – Seguro nos postes, evitou várias vezes o golo ao Oliveira do Bairro. Nos golos, não vi falhas, embora há quem defenda que no 2º golo podia ter feito melhor. Mas Augusto foi o que melhor tivemos na 1ª parte.

Casal –2,5 – Há duas épocas Casal foi trinco/médio ou defesa esquerdo. Não sabia que também poderia fazer de defesa direito. Parece-me que no meio campo seria mais útil. No entanto, não inventa e cortou várias investidas. Mas é verdade que os maiores perigos do Ol. Bairro nasceram do seu lado.

Marcelo – 2 – Algo desaparecido, principalmente no ataque. Não subiu praticamente nada. O seu pé esquerdo é seguro e tem qualidade. Livres e cantos são bem marcados. Na parte final comprometeu , parecia algo desconcentrado e o Oliv. Bairro quase marcava.

Tiago -3 – Penso que não se deve avaliar um trabalho de 90 minutos com uma falha de um minuto. Tiago não estará no auge da sua forma, mas tentou sempre levar a equipa para a frente e cortou várias bolas em antecipação aos avançados

Jonas – 3 – Bem nas antecipações, talvez menos  efusivo” do que Tiago a empurrar a equipa na altura em que perdíamos. Nota-se que faz uma boa dupla com Tiago, em termos de qualidade. Não parecem muito comunicativos.

Vouzela – 4 – A entrega é incrível. O pensamento em abrir jogo, flanquear é também visível e posto em prática. Na 2ª parte foi um pouco mais abaixo, e a ajuda de Calico foi importante na defesa e na paragem dos ataques contrários.
Além dos carrinhos em esforço, teve bons cortes e bons pés a passar bolas. É um jogador de top sem dúvida.
A lançar o ataque, viu-se algumas vezes como extremo e o lance do penalty é arrancado por ele. Fossem 11 Vouzelas…!!!

Calico – 2,5 – Neste jogo não foi tão eficaz no passe como Vouzela. Mas ajudou a tampar a entrada de jogo pelo lado central e mesmo pelo lado direito, apoiando Casal e Marco Almeida. No entanto, com o decorrer da 2ª parte perdeu algum fulgor e foi substituído.

Ricardo Ferreira – 1,5 – Nota-se que tem um bom pé esquerdo, e teve boas combinações do lado esquerdo nos primeiros minutos de jogo, com Marcelo e Zé Bastos. Depois, começaram algumas trocas posicionais com Bastos e Marco Almeida e pareceu mais distante do jogo. Acabou por não se notar na 2ª parte e foi substituído.

Marco Almeida – 3 – Esforçado até ao fim, tentou abrir o jogo e também ajudar a defesa. Foi dos mais regulares.

Everson – 1 – Tarde não para o jogador brasileiro. A ponta de lança, sentiu-se que quando pegava na bola não sabia muito bem o que fazer, ou então demorava e perdia para adversários. Teve uma boa oportunidade na 1ª parte mas perdeu algum tempo de remate. Saiu em 1º lugar. A jogar assim perderá o lugar rapidamente… Esperemos que volte o Everson de há duas épocas!

Bastos – 4 – Para mim o melhor em campo. Não pelo golo, embora tenha sido muito importante e parecia relançar o Académico para a reviravolta. Mas durante o jogo todo, para mim foi a mais regular das boas exibições . Bastos foi incansável em esforço, fosse a extremo, interior, nº 10 ou ponta de lança. Abriu bastante o jogo, com a entrada de Fábio, aproveitando a velocidade deste e também combinou com Mauro. Tentou furar a defesa e terá sofrido um penalty não assinalado. Bastos, estás de volta. Continua assim.
Fábio – 3 – Entrada positiva deste jovem jogador. Alguma insegurança em alguns lances, em que a bola lhe fugiu do pé, teve o mérito de arrancar vários centros, abrir jogo e criar oportunidades. Penso que terá sido dele o centro para Mauro falhar de calcanhar.

Álvaro – 2,5 – Mexeu com o meio campo que precisava que alguém pegasse no jogo. Para mim, Álvaro devia jogar de início no próximo jogo. Duas bombas à Álvaro passaram bastante por cima da baliza, mas ficou a intenção e o “acordar” da equipa.

Mauro – 2 – Teve um bom lance para fazer o golo da tarde, a bola saiu a centímetros do poste. Ganhou também vários lances de cabeça, a passes de Augusto que tentou o jogo directo nos últimos minutos. Rematou também bastante por cima. Por outro lado, pareceu algo lento na corrida, em desmarcação e com a bola nos pés. Mas se tivesse marcado… era outra história. Jardel também não corria muito.

Oliv. do Bairro 2-1 AC. VISEU – O GOLO e imagens

Após 2 vitórias nos 2 jogos fora, chegou a 1ª derrota do Académico.
Aqui ficam algumas imagens e o golo de Zé Bastos, a fazer o 1-1.
As nossas desculpas, mas a qualidade do vídeo não é a melhor:

Canto que quase deu golo:

Fotos do jogo

O treinador Paulo Gomes no seu 1º jogo como técnico principal:

O ataque e pedir a bola:

Académico a prepararem-se para mais um canto:

1ª substituição – Éverson por Fábio:

Luís Vouzela sempre a perseguir a bola. Grande exemplo.

Festejos após o golo do empate:

Ol. Bairro 2-1 Ac. Viseu: A Crónica

E aqui vai a crónica de hoje.
Mais uma vez, como em anteriores ocasiões referi, este é a visão de um adepto. Não é de um técnico de futebol nem um jornalista. É de um academista que tem muito orgulho em ver aquelas camisolas a jogar. Portanto, vale o que vale.
Tarde de Sol com algumas nuvens, vento algo forte mas nada mau , comparado com as horas que antecederam o jogo.
O relvado em excelente estado, sem qualquer poça de água visível.
Um estádio novo, com boas condições, em que estariam cerca de 100 pessoas. De Viseu, diria que talvez 15/20 pessoas.

Estádio Municipal de Oliveira do Bairro, 31 de Outubro de 2010

6ª Jornada da III Divisão, Série D

Árbitro: António Alves

Oliveira do Bairro: Pedro Monteiro, Paulo Costa, Allan, Rui Castro, Leandro, Rúben, Hugo Paulo, Dany (Daniel, 89), Pedro Almeida (Miguel Tomás, 78), Luís Barreto (Mário, 87) e Alexis. Treinador: Carlos Miguel.

Ac. Viseu: Augusto; Casal, Jonas, Tiago Gonçalves e Marcelo Henrique; Calico (Álvaro, 81), Luís Vouzela e Ricardo Ferreira (Mauro, 68); Marco Almeida, Zé Bastos e Éverson (Fábio Machado, 55). Treinador: Paulo Gomes.

Golos: Pedro Almeida 40 (1-0), Zé Bastos 71 gp (1-1), Luís Barreto, 76 (2-1)

O Jogo começou equilibrado. Um Académico mais na expectativa, com Calico e Luís Vouzela a formarem um bloco à frente da defesa, que tinha no lado direito Casal e Marco Almeida também próximos. O lado esquerdo do Oliveira do Bairro parecia ser o mais perigoso e o Académico deve ter estudado bem o adversário.

Aos 13 minutos, boa defesa de Augusto.
Aos 15 minutos, Zé Bastos isolado, sem deixar cair a bola no chão, remata ao lado da baliza.
O Oliveira de Bairro começou a ter um ligeiro ascendente no Jogo.

Poucos minutos depois o Oliveira de Bairro esteve perto de marcar. Grande remate, excelente defesa do nosso GR, a bola bate ainda na barra, parece bater na linha de golo e acaba nas mãos de Augusto. Foi por pouco…
O Académico tentou equlibrar mais o jogo, mas a partir do meio campo estava difícil fazer chegar o perigo lá á frente. Ou por passes transviados, ou por perdas de bola, nao saia nada bem para o ataque.

Por volta dos 35 minutos, um centro de Marco Almeida (esteve bem no jogo) e Everson em frente à baliza, perde um pouco de tempo no remate e este é cortado por um defesa. Levava selo de golo. Faltou o killer instinct!!!
Aos 40 minutos, um remate de fora da área, com um arco estranho, embate com estrondo na barra de Augusto ! Começava a ser a sorte agora a proteger-nos.
Aos 43m, Pedro Almeida de cabeça faz o primeiro golo do encontro. Jogada do lado esquerda do ataque, centro para a área academista, Calico não consegue o corte por pouco e o avançado do Oliveira de Bairro marca o 1º do encontro de cabeça.

As rotações de jogadores ente extremos no ataque e a dinâmica de trocas posicionais no mio campo e ataque nao tinha ainda dado efeito.
Ao intervalo, Mauro aqueceu e previa-se alguma alteração para a segunda parte! Mas as equipas voltaram sem mudanças.

O intervalo fez bem já que no reinicio de jogo, entra em campo a pressionar o adversário. Notou-se uma atitude diferente. O querer dar a volta!
Poucos minutos após o reinício, a 1ª alteração: Entra Fábio por troca com Éverson. Foi uma tarde má para o jogador brasileiro, embora na 1ª parte quase toda a equipa esteve uns bons furos abaixo do que pode fazer (mais uma vez, é a opinião de um adepto que apenas viu este jogo esta época)

O Académico começava a pressionar com Fábio e Zé Bastos a lançar ataques venenosos,e a abrir jogo nas alas. Vários cantos consecutivos e num deles uma oportunidade flagrante para o Académico. Calico cabeceia e obriga o guardião adversário a aplicar-se e a fazer a melhor defesa dele, da tarde, para evitar o golo.
Novo canto a seguir, a bola sobrevoa a pequena área, é tocada por um academista, e penso que Tiago nao chega por poucos milímetros. Faltou um bocadinho assim…!
Em relação a bolas paradas e cantos, nota-se trabalho. Bem marcados, com perigo.
Começam a aquecer mais Mauro, Pedro´s e Álvaro.
O Académico começou a carregar no jogo, e já começava a justificar o empate.

Do Oliveira do Bairro pouco se via, o nosso meio campo e defesa tapava bem os caminhos. No entanto, num canto, a bola ressalta e trai Augusto que faz mais uma boa defesa evitando o 2-0.

Voltando à outra área, Bastos, muito incisivo na área, tenta progredir e parece travado por um defesa. o árbitro nada assinala… Ficam dúvidas.
De seguida, entra Mauro e sai Ricardo Ferreira, algo desaparecido nesta 2ª parte.

Mauro começa a ganhar algumas bolas de cabeça.
E aos 26 minutos da 2ª parte, Penalty sobre Luis Vouzela!!
Zé Bastos vai marcar….e …. Gooolloooooo!!
Só que esta alegria durou 5 minutos. Num lance de lançamento lateral, parecido com o golo do Porto ontem contra a Académica, é golo do Oliveira do Bairro. Luis Barreto foi o marcador. 2-1 no marcador.
Nota-se que a equipa vai abaixo e a desilusão volta a estar presente.
Ainda entrou Álvaro, que mexeu no meio campo, com dinamismo e frescura física.
Perto do fim, oportunidade de ouro. Uma boa jogada do Académico. Trocam de bola ao 1º toque no meio campo, Álvaro abre na esquerda para Marcelo. Este centra, Bastos amortece e dá para Fábio que trabalha bem a bola e centra. Aparece Mauro de calcanhar com um toque leve na bola.. que sai a rasar o 2º poste. Seria um excelente golo, mas nao foi desta.
Ha ainda 2 remates por alto de Álvaro, ainda do meio campo. Mauro também tentou a sua sorte. Era o assalto final à baliza do Ol. Bairro.
A acabar Marcelo já algo desgastado, complica e Augusto defende e tira a possibilidade de Daniel marcar o 3º, isolado perante o Guarda Redes.
E … piiiiiiiiiiii… fim do jogo, após 4 minutos de desconto!
Desilusão dos adeptos academistas. Uma média/boa 2ª parte nao chegou para pontuar, neste campo de um rival na subida. Não podemos esquecer que este Oliveira do Bairro é um histórico da II Divisão, nao é um Gandara ou um Vigor Mocidade.. É um clube de uma região que aposta no futebol, tem bons praticantes e ano após ano tem sido difícil pontuar lá. Nao é por este resultado que perdemos obviamente a corrida aos lugares de subida.

Temos é que ganhar agora os próximos jogos para voltar à moral do início de época.

Nota-se qualidade e nota-se que temos um banco com bons valores. Pedros por exemplo ficou de fora, mas podia ter entrado.

Com Rui Santos, poderia ter sido outra história. O nosso 10 faz falta. Volta rápido!

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