O Boavista 1 Sporting 1, nos jornais

A BOLA: Só as asneiras aqueceram aquela gelada noite do Bessa. Justiça pode ser a palavra mais simpática para classificar o empate entre Boavista e Sporting numa noite geladíssima e num estádio tão imenso e bonito… como ingratamente despido de público se atendermos que estamos a falar de um clássico. Ninguém saiu com um sorriso de orelha a orelha, mas também com aquele frio até custava mostrar os dentes…
O Jogo acabou com sabor a justiça, mas foi o Sporting… pelas mãos de Tello que deixou fugir o pássaro. Carlos Pereira Santos.

O JOGO: Vã vontade de impor respeito. O Sporting foi a equipa que mais procurou e mais perto esteve do triunfo. No Domingo, para todos os efeitos, mesmo mantendo a invencibilidade fora de casa que dura há mais de um ano e encurtando para seis pontos a desvantagem da liderança, perdeu dois pontos. Mário Duarte.

Record: Que choque eléctrico! Depois de uma primeira meia hora em que o Sporting nada fez, a sua equipa despertou, finalmente quando Nani, a passe de João Moutinho, obrigou William a grande defesa. Daí para a frente, os leões souberam colocar o adversário sobre pressão, numa iniciativa que só esgotou quando Tello fez o que não devia ter feito – mão na bola num lance inofensivo. Logo a seguir, Alecsandro foi expulso bem expulso e depois de ter simulado um penalty.
Com mais um homem em campo (situação que só durou 17 minutos) o Boavista cresceu – altura em que Jaime Pacheco reforçou o ataque com a entrada de Fary, embora numa decisão que acabou por não ser feliz pois desguarneceu o lado esquerdo da defesa bem aproveitada por Nani – soube ameaçar esteve próximo de desfazer o empate, mas deve ser dito que o Boavista nunca desistiu do jogo apresentando-se atrevido e com oportunidades, também, para chegar à vitória. Jorge Barbosa.

O SPORTING – Spartak nos jornais

Record: Uma noite de pesadelo. Uma derrota expressiva, com exibição para esquecer e fica o jornalista sem margem de manobra para interpretações que fujam à ideia fulcral: o Sporting perdeu bem, foi inferior ao Spartak e nem mesmo quando reduziu para 1-2 se empolgou de modo a partir rumo a outro resultado. Se a equipa merece a punição máxima do afastamento europeu já é outra coisa. Pelo que fizeram num grupo de gente crescida e renomada em termos internacionais, os miúdos de Alvalade justificavam a prenda de prosseguir a caminhada europeia. Contas de rosários que não interessam para o que anteontem se passou. Porque se fosse apenas pelo jogo com os carrascos russos, os leões não mereceram a qualificação. Rui Dias.

O Jogo: Leão abatido não sabe reagir. E o sonho que nascera em Alvalade, com um golo portentoso de Marco Caneira que derrotou o poderoso Inter, morreu no mesmo estádio, como normalmente morrem todos os sonhos: sem brilho, sem glória, com uma realidade difícil de tragar. A Champions já ficara pelo caminho – precisamente em Milão -, restava a “pobre” taça UEFA. E o pior Sporting desde que Paulo Bento assumiu o comando técnico da equipa, há, 14 meses, não conseguiu qualquer dos 2 resultados que asseguravam a permanência na Europa. Mário Duarte.

A Bola: Ai que grande dor leão, tanto o vermelho te consome. Onde é que já se viu isto?! Não há muito tempo, basta recuar um ano e meio, memória ainda tão fresca, para se chegar à semana fatal para o Sporting, com a derrota frente ao Benfica e dias depois desaire frente ao CSKA, na final da Taça UEFA. É incrível comos os acontecimentos se repetem e é lamentável também como o Sporting se deixa consumir pelo mesmo erro duas vezes consecutivamente, sendo derrotado pelo Benfica e na sequência por duas equipas russas praticamente do mesmo calibre. Parece ter-se transformado tão hipnotizante este vermelho que, tal como sexta-feira à noite no dérbi, o leão entrou no jogo a perder – será que, afinal, as camisolas ainda ganham jogos ou se trata apenas da terrível coincidência de uma única cor? Carlos Vara.

Nota: lamentável, na minha opinião, a crónica de Carlos Vara em A Bola. Uma crónica carregada de lampionismos com trocadilhos com a cor vermelha. Digno de um adepto benfiquista. Um jornalista devia cingir-se apenas e só aos factos, ou não?

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