Académico de Viseu – Milheiroense (os academistas)

Márcio junto a Idalino de Almeida (de azul)

Márcio – Idalino de Almeida disse no fim da partida que o Márcio é um bom valor do Académico de Viseu e que merece ser acarinhado. Concordo, por isso o elejo como o melhor academista em campo frente ao Milheiorense. Mas, não lhe estou a fazer nenhum favor. O campeão distrital na categoria de juniores na época de 2006/2007 portou-se como gente de barba rija criando desequilíbrios atrás de desequilíbrios ao longo do jogo, culminando a sua actuação com um passe magistral que isolou Valério para o golo do empate. Merece mais oportunidades.

Manuel Fernandes – Espectador atento, em quase todo o jogo, revelou sempre segurança.

Calico –
Bem defensivamente. Foi várias vezes lá acima visar a baliza de Artur obrigando mesmo o guarda redes do Milheiroense a uma boa intervenção.

Negrete e Marcos – Bem a defender não conseguiram na área contrária fazer a diferença.

João Miguel – Mais uma boa exibição do, no domingo, lateral esquerdo. Cada vez que vai lá à frente cria calafrios nos jogadores contrários. Teve uma grande jogada na segunda parte que obrigou Artur à defesa da tarde. Ganhou imensas bolas em antecipação. Único senão o facto de por vezes abrir clareiras nas suas costas – o que acaba por ser normal.

Beaud – Na primeira parte teve uma actuação “à Custódio” – o jogador do Dínamo de Moscovo. Explicando: certinho, sempre no sítio certo mas incapaz de fazer passes verticais. Na segunda parte foi muito mais interventivo e pressionante e com isso ganhou o futebol academista.

André Barra – Rematador. Falhou muitos passes.

Cardoso – Sem a frescura física de um miúdo de 20 anos faz da colocação do seu passe a sua enorme arma. Nesse capítulo – o do passe – esteve sempre muito bem saindo dos seus pés a maioria dos lances vistosos do Académico. Falhou um “golo cantado” na primeira parte. A sua substituição nada de novo trouxe ao jogo academista. Bem pelo contrário…

Valério – Marcou o golo academista, mas foi o jogador mais perdulário do Académico. Surge quase sempre no local correcto mas a pontaria…

Zé Bastos – De regresso à equipa não conseguiu voltar aos golos e teve uma ou duas oportunidades para o fazer. Sempre muito desapoiado fez do combate a sua grande arma e colocou uma bola redondinha em Valério com este a meter a cabeça onde devia meter o pé.

Álvaro, Alex e Eduardo – Não trouxeram nada de muito positivo para o jogo academista.

Muda aos 3 acaba aos 9

Académico de Viseu: Nuno, Calico, Marcos, Negrete, João Miguel (Tiago 72), Beaud (Márcio 45), Lopes, Álvaro (André Barra 59), Cardoso, Eduardo e Zé Bastos. Treinador: Idalino de Almeida

Dragões Sandinenses: Miguel, Pedro Duarte, Fábio, Costacurta, Dinis (Gil 68), Coelho (Celso 55), Mexicano, Bruno Miguel, Vítor Hugo (Bica 66) e Hélder. Treinador: Paulo Bento.

Cartões amarelos: Coelho 37, Dinis 60, Tiago 77 e Quinzinho 84

Cartões vermelhos: Tiago 77 (acumulação de amarelos)

Golos: Zé Bastos 1 (1-0), Lopes 3 (2-0), Beaud 43 (3-0), Márcio 46 (4-0), Eduardo 51 (5-0), Zé Bastos 52 (6-0), Negrete p.b. 64 (6-1), Tiago 77 (7-1), Zé Bastos 88 (8-1), Zé Bastos 89 (9-1)

Académico de Viseu 9 Dragões Sandinenses 1: Tarde fria em Viseu, céu cinzento e ameaças de chuva, aliado ao facto de estarmos em época natalícia, afastou os adeptos do futebol do Estádio do Fontelo.
O jogo prometia golos, uma vez que se encontravam o segundo classificado, e do lado contrário uma equipa que ainda não pontuou este campeonato.
Logo aos 20 segundos de jogo, já o Académico se adiantava no marcador. Pontapé de saída para os Dragões de Sandim, a bola chega a um defesa academista, que faz um pontapé em profundidade para o meio campo contrário, onde aparece Zé Bastos, a correr isolado para a baliza, e sem dificuldades bate o guardião adversário.
Bola ao meio campo, a equipa Sandinense tenta novo ataque, parado novamente por um defesa academista, que coloca a bola á disposição de Zé Bastos, cruzando do lado direito do ataque para o coração área, onde aparece Lopes a fuzilar a baliza adversária.
Quem chegava atrasado ao Fontelo, já tinha perdido em dois minutos de jogo dois golos da equipa da casa.
Nesta altura já pairava no Fontelo um cheirinho a goleada, mas não foi tão fácil assim. A equipa de Sandim, começou a acertar as marcações, e com algum brio profissional conseguiu ultrapassar as dificuldades técnicas dos seus jogadores.
Aos 17m o guarda-redes do Dragões Sandinenses, derruba Zé Bastos mas o árbitro manda seguir o lance, ficava um penalty por marcar!
Aos 20m de jogo surge um dos poucos ataques da equipa dos Sandinenses, na primeira parte, através da marcação de dois pontapés de campo consecutivos, sem grande perigo para a baliza academista.
Quase à meia hora de jogo, Zé Bastos insiste num lance individual, dentro da área, quando tinha Eduardo solto, pronto para marcar o golo. Aliás já antes Lopes tinha feito sinal a Zé Bastos que já era a segunda vez que aparecia isolado na área e Zé bastos não lhe passava a bola.
Aos 31m, o árbitro da partida, decide compensar o penalty que não marcou quando tinha razões para isso, e aponta para a marca de grande penalidade, num lance em que Bastos cai na área na disputa da bola com um adversário, sem que este tenha feito qualquer falta.
Zé Bastos parte para a bola de forma displicente, e permite a defesa do guarda-redes.
Logo a seguir a este lance, Cardoso quase marca um canto directo, com a bola a sair a rasar o poste esquerdo da baliza adversária.
Aos 45m grande jogada do lado esquerdo academista, com a bola a sobrar para a entrada da área, onde aparece Beaud, a desferir um forte remate com a bola a bater na barra e a parar no fundo das redes. Estava feito o 3-0 com um golo de levantar o estádio.
Acabava a 1ª parte de um jogo morno, nem sempre bem jogado, com clara superioridade academista.
Na segunda parte Idalino de Almeida deixa no balneário Beaud, e lança para o terreno de jogo o jovem Márcio.
E não se podia estrear da melhor forma este jogador, logo no primeiro minuto da segunda parte e através de uma excelente jogada de insistência, Márcio marca o 4º golo academista.
O 5º golo nasce através de um remate de Eduardo, dentro da grande área adversária.
Zé bastos marcaria o seu segundo golo e o 6º golo academista , também com um remate dentro da área adversária. O treinador academista faz descansar Álvaro, e lança no terreno de jogo Barra, passando Marcos a envergar a braçadeira de capitão de equipa.
Num lance sem perigo iminente, os Dragões Sandinenses chegariam ao tento de honra, através de um lançamento em profundidade, Negrete pressionado por um adversário tenta atrasar a bola para o seu guarda-redes e acaba por introduzi-la na sua própria baliza.
Nova substituição no Académico, sai João Miguel e entra Tiago. Este jogador acabaria por não estar muito tempo em campo, mas o suficiente para responder bem a um cruzamento do lado direito e a cabecear para o fundo das redes. Tiago fez questão de festejar este seu regresso á competição da melhor forma, com o treinador adjunto Prof. Raposo, e como demorou algum tempo, o árbitro amolestou-o com o cartão amarelo e logo a seguir com o vermelho. Não se percebeu o rigor desta decisão.
Ainda haveria tempo para Bastos marcar mais dois golos, mesmo com a sua equipa a jogar em inferioridade numérica.

Positivo:
Os dez golos deste jogo, golos para todos os gostos e feitios.
A claque Academista, que não se calou um segundo no apoio á equipa, e sem nenhuma ofensa à equipa contrária.
Marcos marcou ainda presença neste jogo e acabou como capitão de equipa. Obrigado Marcos pelo esforço pessoal.
Uma palavra de apreço para a Equipa se Sandim, que nunca baixou os braços, e jogou sempre com bastante fair-play, mereceram os aplausos do publico Viseense cada vez que um jogador seu foi substituido.

Negativo:
A falta de público neste jogo, mas que se compreende em virtude da época natalícia que se aproxima.
Este jogou foi jogado com tamanho fair-play que qualquer árbitro poderia brilhar. Mas este senhor que hoje veio a Viseu, estragou tudo ao marcar um penalty que não foi e logo a seguir não marcou um flagrante, e o mais grave foi querer “mostrar serviço”, ao expulsar Tiago. A Magia do Futebol, já chamou à atenção que qualquer deslize de um jogador academista vai ser motivo para os árbitros “brilharem”, e foi o que aconteceu sem necessidade nenhuma.

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