Guilherme Farinha em entrevista…

(Foto Jornal A Bola )
Este Sabado, Guilherme Farinha dá uma curiosa entrevista ao Jornal a Bola em que faz várias referências á sua passagem pelo Académico de Viseu:

Foi vice-campeão no Paraguai (recebeu o prémio «Revelação de Técnico do Ano 1997») e na Guatemala, foi bicampeão na Costa Rica (recebeu o prémio «Treinador do Ano» e o de «Melhor Treinador Estrangeiro». Pelo meio foi treinador no Irão (Foolad). Regressou a Lisboa há poucos dias e sonha sempre e muito com o Sporting.

– Pode dizer-se que é um rei nas Américas. Foi campeão da UNCAF e vice-campeão da CONCACAF. E tudo começa no Cerro Corá, no Paraguai. Como chega lá?
– Foi depois de ter deixado o Praiense, que salvei da descida. Tinha trazido alguma malta da Guiné para a equipa e esta ficou dividida em grupos: os guineenses, os açorianos e os continentais. Chegámos a estar em 3º lugar, mas quando aquilo deu para o torto entre eles, a equipa não foi mais a mesma. E disse-lhes: «Meus amigos, o melhor é vir para cá outro, que não tenha um coração tão grande como o meu.» No dia em que saí arranjei logo trabalho no Sporting da Horta e salvo-os também de descer. Depois venho para o continente. E é aí que o Norton de Matos, o vice-presidente e o presidente do Sporting (José Roquete), também o Carlos Janela, me convidam para ir para o Paraguai treinar o Cerro Corá.
– Agora mesmo está a pensar no Sporting…
– Será que não posso sonhar? Acho que não cometi nenhum pecado, mas tive de me sujeitar a uma 2ª divisão, no Casa Pia, que estava em último lugar. Começo na 1ª jornada da 2ª volta e o Casa Pia foi campeão da 2ª volta, fez 38 pontos e de 20º passou para 5º. E saio do Casa Pia para ir para o Académico de Viseu.
– Porquê?
– Porque a minha mãe era do Académico e de Viseu e fazia uma grande guerra ao meu pai, que era do Sporting. Foi por isso que quando o Académico foi ganhar 1-0 a Alvalade, a minha mãe abriu uma garrafa de champanhe e o meu pai esteve 15 dias sem falar com ela.
– Ficou em Viseu pouco tempo…
– Pois fiquei. Estávamos em 5º lugar, com menos um jogo, a três pontos do 1º. À 9ª jornada só tínhamos uma derrota com a Sanjoanense, por 2-1. Há uma reunião de direcção e um director que estava um pouco entornado disse-me: «Sabe, perdemos com a Sanjoanense e estamos habituados a ganhar». Foi o último dia em Viseu, saí logo.

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