Recordar: Ac. Viseu 3-0 Mangualde

Estádio do Fontelo, 7 de Maio de 1978
25ª Jornada da II Divisão, Zona Centro
Árbitro: Melo Acúrsio (Porto)
Ac. Viseu: Maia; José Manuel (Braga), Toyobe, Chico Santos e Vinagre; Pedro Paulo, Albasini (Santos) e Penteado; Basto, Rodrigo e Keita. Treinador: José Moniz.
Mangualde: Conde; Costa, Mendes, Inácio e Almeida (Fausto); Pedro, João Cruz e Maia; Sousa I, Júlio (Jordão) e Pina.
Golos: Keita 54 (1-0), Basto 67 (2-0), Pedro Paulo 82 (3-0)
Depois de três jogos consecutivos sem vitórias (dois empate e uma derrota) o CAF voltou à senda vitoriosa na receção ao vizinho Mangualde. O jornal A Bola referia que “um Académico descontraído soube construir um triunfo merecido”. 

Recordar: Ac. Viseu 4-2 Mangualde

Estádio do Fontelo, 24 de Abril de 1988
31ª Jornada da II Divisão Zona Centro
Árbitro: João Lavita (Braga)

Ac. Viseu: Sardinha; Morgado, Leal, Chico Nikita e Kappa; Delgado, Abel e Cruz (Baptista, 81); Rui Manuel, João Luís e Quim (Rui Madeira, 81). Treinador: Carlos Alhinho.

Mangualde: Nery; Fanfali, Quim Zé, Armindo e Hermínio; Jorge Costa, Águas e Guilherme; Sambaro, Augusto (Rendeiro, 57) e Vieira.

Golos: Sambaro 10 (0-1), Quim 11 (1-1), Delgado 19 (2-1), Cruz 54 (3-1), Delgado 56 (4-1), Sambaro 89 (4-2)

Locais assustaram-se: Este derby regional começou da melhor maneira para os visitantes que ainda na chamada fase de estudo, lograram adiantar-se no marcador.
Mas essa vantagem durou apenas um minuto face à forte reacção dos academistas que chegaram ao 2-1 em poucos minutos.
Ainda na primeira parte – período em que se verificou um futebol mais ou menos competitivo – os mangualdenses perderiam duas grandes oportunidades de voltar a igualar a partida permitindo, depois, no tempo complementar, que os viseenses se assenhorassem completamente do jogo, que diminui bastante em qualidade para o que muito contribuiu o mau trabalho do juiz praticamente apitando a tudo e nada, quando o prélio em si, não obstante a rivalidade existente, até foi disputado com muita correcção.
Em resumo vitória certa dos viseenses.”
Carlos Costa In A Bola, 25 de Abril de 1988

Recordar: Mangualde 1-2 Ac. Viseu

Campo Conde da Anadia, 13 de Dezembro de 1987
12ª Jornada da II Divisão Zona Centro
Árbitro: Azevedo Duarte (Braga)

Mangualde: Nery; Farinha, Quim Zé, Jorge Costa e Vassalo; Fanfali, Guilherme e Rendeiro; Sambaro, Augusto (Eduardo, 79) e Jorge Vieira (Coelho 65).

Ac. Viseu: Sardinha; Morgado, Leal, Carlos Manuel e Kappa; Quim, Abel e Cruz (Matos, 64); Rui Madeira (Amadeu, 76), João Luís e Rui Manuel. Treinador: Carlos Alhinho.

Golos: Carlos Manuel 7 (0-1), Rendeiro 63 gp (1-1), Abel 75 gp (1-2).

Visitantes não justificaram: Os visitantes, começaram bem, mas depois o ascendente territorial pertenceu, sempre, aos donos do campo.
No período complementar, a sorte protegeu o Académico de Viseu e o resultado só lhe foi favorável pela falta de discernimento dos atacantes locais, os quais ficaram privados de Jorge Vieira, o melhor em campo.
Arbitragem com algumas falhas.
Nélson Figueiredo, A Bola 14/12/1987

NOTA: Este resultado valeu o salto ara a liderança!

Recordar: Mangualde 1-0 Ac. Viseu

Estádio Municipal de Mangualde, 2 de Outubro de 2005
1ª Jornada da Divisão de Honra da AF Viseu
A 2 de Outubro de 2005 o Académico de Viseu perdeu no terreno do Mangualde por 1-0. Foi um jogo histórico já que foi o primeiro da era AVFC.

Recordar: Torneio Feira de São Mateus 1987

No fim-de-semana de 29 e 30 de Agosto de 1987 realizou-se, em Viseu, o Torneio Feira de São Mateus. Além do Académico de Viseu participou também o Benfica – jogou com as segundas linhas já que no domingo iniciou-se o Campeonato Nacional da I Divisão – Mangualde e Guarda. O Académico terminou o torneio em 3º lugar.

Meia final:
Benfica 2-0 Guarda (Tó Portela 5, Mariano 65)

Ac. Viseu 0-1 Mangualde
Ac. Viseu: Sardinha; Morgado, Rui Manuel, Carlos Manuel e Ferreira (Hélder, int); Delgado, Abel e Amadeu (Gil, 68); Rui Madeira, João Luís e Leal. Treinador: Carlos Alhinho.

Mangualde: Nery; Quim Zé, Jorge Costa, Armindo e Vassalo; Guilherme, Águas (Eduard0, 85) e Fanfali; Sambaro, Augusto e Garcia (Rendeiro, 62).

Golo: Augusto 44 (0-1)

3º e 4º lugar
Ac. Viseu 2-0 Guarda
Ac. Viseu: Sardinha, Morgado, Rui Manuel, Carlos Manuel e Hélder; Delgado, Abel (Amadeu, 76) e Cruz (Gil, int); Rui Madeira, João Luís e Leal. Treinador: Carlos Alhinho.

Guarda: Melo, Pedro (João, 56), Agostinho, Artur e Marito; Paulinho (Hélder, 54), Peixoto e Paulo César (Paulo João, 73), Messias, Toninho (Larsen, 63) e Humberto.

Golos: João Luís 47 (1-0), João Luís 79 (2-0)

Final:
Benfica 2-0 Mangualde (Tó Portela 52, Resende 88)

Sigam o Líder!


Mangualde 1 ACADÉMICO DE VISEU 2
Mangualde: Miguel Seixas; Sérgio, Luís Carlos, Cartaxo, Faria, Pedro, Miguel Ângelo, Paulito, Cláudio (Luís Lopes 82), Márcio (Hugo 80) e Paulo Mota.

ACADÉMICO DE VISEU: Manuel Fernandes; Xinoca, João Miguel, Zé Pedro e Marcos; Calico, Carlos Santos (André Barra 82), Álvaro (Negrete 90+4) e Eduardo; Filipe Figueiredo e Tiago (Bruno Morais 83)

Golos: Xinoca 25 (0-1); Paulo Mota 36 (1-1) ; Eduardo 90 g.p. (1-2)

Comecemos pelo fim: o penalty que decidiu o jogo. Os mangualdenses podem dizer o que quiserem, podem queixar-se de roubo e de mais não sei o quê, até podem fazer o pino mas que o penalty foi bem assinalado lá isso foi. Sobre isto ponto final parágrafo.

Aquele lance (o penalty) numa jogada a meio campo, ninguém teria dúvidas que era falta, logo numa área seja no primeiro ou no último minuto é grande penalidade. Só se compreende a reacção dos visitados tendo em conta dois factores: sentiram-se injustiçados com a derrota – e com razão pois o empate era o mais justo –, derrota essa que lhes retirou a liderança da prova e porque o árbitro auxiliar que actuou frente ao banco do Mangualde teve duas ou três decisões verdadeiramente absurdas (lançamentos e faltas) que penalizaram a equipa da casa. De referir que este mesmo auxiliar tirou dois ou três foras de jogo aos homens de “Mourilhe” que foram muito contestados pelas bancadas, sobre isto não posso emitir opinião pois eu estava no lado contrário.

Vamos agora ao que mais interessa: vamos ao jogo. O Académico apresentou-se com Manuel Fernandes na baliza, Xinoca ocupou a lateral direita – Santiago estará possivelmente lesionado pois nem no banco se sentou – um lugar que (corrijam-me se eu estiver errado) era o seu na altura que actuava no CAF, na lateral oposta João Miguel foi o titular relegando Zé Teixeira para o banco. Quem também esteve no banco foi Negrete que “perdeu” a titularidade depois da expulsão em Lamego, ficando deste modo as posições de central entregues a Zé Pedro e a Marcos. No meio campo e na posição de trinco o incansável Calico (a jogar em “casa”) e ainda Álvaro, Carlos Santos e Eduardo. Na frente de ataque Filipe Figueiredo (o homem do jogo) e Tiago.

Começou melhor o Académico com Eduardo e Tiago a deslumbrarem-se por aparecerem em posição privilegiada para marcar e deste modo perderam duas boas oportunidades. O Mangualde pareceu-me algo confundido com a disposição táctica do Académico, sobretudo com as aparições de Eduardo na carreira de tiro e demorou a acertar com as marcações. Aos poucos o Mangualde foi equilibrando os acontecimentos e aí surgiu o nº10 (Márcio) um excelente jogador que colocou a defesa academista em sentido, com Xinoca a não ter capacidade para o travar (pareceu-me mal fisicamente) obrigando Zé Pedro a sair em seu auxílio e abrindo verdadeiras clareiras na zona central da defesa. Para a boa exibição de Márcio contribui também o facto de o homem do meio campo academista que devia fechar o flanco direito não o ter feito com a eficácia que lhe era devida. Ironia das ironias acabou mesmo por ser Xinoca, um dos menos inspirados, a abrir o marcador e a mostrar que a excelente assistência presente em Mangualde também era composta por muitos academistas. Aqui há que dar mérito ao Mangualde que não se deixou abater e foi à procura do golo do empate que acabou por surgir. Mais uma vez Márcio, mais uma vez o homem do meio campo academista a não defender (Carlos Santos?!), Xinoca a ser ultrapassado, Zé Pedro a surgir para ajudar o defesa direito e a abrir uma clareira na zona central da defesa e Paulo Mota a surgir e a bater de cabeça o desamparado Manuel Fernandes. Era o 1-1 e a justiça no marcador.

A segunda parte foi um verdadeiro tédio. Equipas demasiado receosas uma da outra, cientes que o empate até nem era mau, com o Académico a não ser capaz de explorar uma fragilidade que a mim me pareceu evidente: a dupla de centrais do Mangualde, é uma dupla de enorme respeito e envergadura, com Cartaxo a mostrar que os anos não lhe retiraram a raça e o “antes quebrar que torcer”, mas ao mesmo tempo uma dupla permissível quando os avançados lhe surgem pela frente e em velocidade. O Académico apresentava a mesma fragilidade da primeira parte mas Márcio ia descaindo de produção (correu quilómetros) mas, mesmo assim, arrancou um bom cruzamento a que Paulo Mota chegou um tudo ou nada atrasado. A partir daqui surgiu Filipe Figueiredo! Com a bola controlada o tecnicista academista é um diabo à solta, numa das suas arrancadas atira uma bola com estrondo à barra. Quando toda a gente pensava que o empate seria o resultado final, o mesmo Filipe Figueiredo inventa uma excelente jogada que culmina com um cruzamento para a área onde aparece Eduardo a rematar na atmosfera, num entanto a bola sobra para André Barra que sofre a falta para grande penalidade. Eduardo com toda a calma do mundo faz o golo que deu injustiça ao marcador mas que coloca o Académico de Viseu Futebol Clube no “topo do mundo”.

Uma última palavra para o facto de não se ter visto um único apanha bolas no terreno do Mangualde. Não conseguem arranjar dois ou três miúdos para fazer este papel?! Idalino de Almeida e o seu adjunto ainda vieram buscar algumas…

Muita gente em Mangualde, as picardias normais entre adeptos mas sempre tudo dentro de um enorme fair play. Quando assim é…

Sigam o líder! É este o repto que lanço a todos os academistas: aos que sempre acreditaram, aos que nunca desistiram mas poucas vezes acreditaram (aqui incluo-me eu próprio) e aos que só agora começam a aparecer. Todos juntos será mais fácil.

Académico de Viseu 1 – 2 G.D. Mangualde

Ac. Viseu
Manuel Fernandes, Fábio Santiago, Calico, Negrete, Zé Pedro, João Miguel, Emerson, Álvaro, Carlos Santos, Eduardo e Filipe Figueiredo
Substituições: Zé Pedro por Barra (45m), Álvaro por Alex (54m) e Fábio Santiago por Marcel (80m) Suplentes não utilizados: André, Paulito, Zé Teixeira e Xinoca
Treinador: Idalino de Almeida

Mangualde
João Paulo, Cláudio, Luís Carlos, Cartaxo, Faria, Pedro, Miguel Ângelo, Paulito, Amílcar, Márcio e Paulo Mota
Substituições: Amílcar por Hugo (75m), Márcio por Trindade (87m) e Cláudio por Sérgio (90m) Suplentes não utilizados: Miguel Cardoso, Lilo, Zé Manuel e Luís Lopes
Treinador: Carlos Marques

Marcadores: Márcio (45m), Paulito (89m) e Santos (90m)

O Mangualde conquistou três preciosos pontos, jogando fora de casa, e logo contra um dos candidatos á subida de divisão.
O académico fez um jogo muito fraco, nunca chegando a incomodar a defesa contrária, marcando o seu golo mesmo ao cair do pano. O meio campo Viseense não existiu, e acabou por obrigar a defesa a trabalho forçado. O ataque nunca chegou a incomodar a defesa contrária.
O Mangualde, foi a equipa que mais fez para merecer a vitória no relvado do Fontelo.
Esteve mais organizada em todos os sectores, sendo premiada com isso com três pontos.
A equipa viseense tem de rever rápidamente os aspectos menos positivos, correndo riscos de acordar tarde para os lugares cimeiros da classificação.

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