Ac. Viseu FC 1-1 GD Estoril Praia

Numa cerimónia simples o Académico de Viseu apresentou-se aos seus sócios no dia de ontem e empatou com o Estoril a uma bola, com ambos os golos a surgirem na marcação de grandes penalidades.
Entrou melhor o Estoril – na minha opinião a melhor equipa que passou pelo Fontelo nesta pré época – causando calafrios à defesa academista, obrigando-os a errar como ainda não se tinha visto na presente época, e com Mendy a relembrar pesadelos passados.
Marcou primeiro o Estoril de grande penalidade após falta clara de Tiago Costa, com Seba a não dar hipóteses de defesa a Janota.
Reagiu bem o Académico tentando chegar à igualdade que foi negada a Bruno Carvalho pelo guardião do Estoril. O mesmo Bruno Carvalho que, pouco depois, ganhou uma grande penalidade que o mesmo converteu. O extremo tornou-se assim no melhor marcador academista na pré época.

Na segunda parte o espectáculo caiu muito de qualidade, fruto quiçá das muitas alterações, com saliência apenas para um grande falhanço academista – Bura ou Diogo Fonseca? – que com o guarda redes estorilista no chão não conseguiu empurrar para a baliza.
O Académico começou com o seguinte onze: Ricardo Janota; Tiago Costa, Tiago Gonçalves (c), Bura e Ricardo Ferreira; João Ricardo, Romeu Ribeiro e Alex Porto; Bruno Carvalho, Tiago Borges e Diogo Fonseca.
Como grande notícia o regresso de Tomé aos relvados, foi muito aplaudido pelo público academista, com o lateral a retribuir os muitos incentivos de que foi alvo.
Academista em destaque: Ricardo Janota – foi decisivo na manutenção da sua baliza inviolada ao sair com mestria dos postes e a roubar duas grandes ocasiões de Mendy. Nada a fazer na grande penalidade. 

Jogadores apresentados e respectivos números: 1 – Ricardo Janota; 3 – Bura; 4 – Vinicíus; 5 – Tiago Gonçalves; 6 – Gradíssimo; 7 – Clayton; 8 – Tiago Costa; 10 – Tiago Borges; 11 – Carlos Eduardo; 13 – Mathaus; 14 – Tomé; 15 – João Ricardo; 17 – Belly; 19 – Diogo Fonseca; 20 – Ricardo Ferreira; 24 – Ruca; 25 – Bruno Carvalho; 28 – Alex Porto; 30 – Lameirão; 31 – Rafa; 32 – Romeu Ribeiro; 86 – Capela; 88 – Fábio Martins.

Adversários do passado: GD Estoril Praia

Amanhã é dia de apresentação. A “cerimónia” começa às 16h00 com a apresentação dos jogadores/treinadores academistas. Estão prometidas algumas surpresas. Às 17h00 decorre o jogo contra o Estoril. Fique a saber mais sobre o nosso adversário.


Nome: Grupo Desportivo Estoril Praia

Ano de fundação: 1939      
Localidade: Estoril
Associação: Lisboa
Estádio: António Coimbra da Mota
Equipamento: camisola amarela, calções e meias azuis

Académico de Viseu e Estoril já jogaram entre si e o equilíbrio tem sido a nota dominante embora os academistas tenham uma ligeira vantagem. Em 12 jogos o Académico venceu 6 jogos, empatou 1 e perdeu 5. Marcou 11 golos e sofreu 10.
No Fontelo o Académico em 6 jogos venceu 5 e perdeu um, marcou 9 golos e sofreu 5. Já no terreno do Estoril a história é diferente, o Académico venceu 1 jogo, empatou 1 e perdeu 4. Marcou 2 golos e sofreu 5.

Recorte do jornal Record

Tudo começou na época 78/79 numa altura em que ambos os clubes estavam na I Divisão. No Estoril a equipa da linha venceu por 1-0. À partida para a 5ª jornada ambos os clubes tinham apenas dois pontos. O Record na sua crónica dizia o seguinte em título “fuga do condenado das celas da aflição” salientando que o Académico teria que trabalhar bastante para não ter dissabores.
Na segunda volta, no Fontelo, a primeira e última derrota do Académico com o seu opositor na condição de visitante. Perdeu por números claros, 0-3 foi o resultado final. Marinho destacou-se no Estoril ao apontar dois golos, os quais junta ao que havia marcado na primeira volta. foi uma derrota que não chocou ninguém já que o Académico era último, e Estoril ocupava um calmo oitavo lugar.
Os confrontos entre CAF e GDEP regressaram na época 81/82 outra vez na I Divisão. Em Viseu, na 15ª jornada, o Académico venceu por esclarecedores 3-0 com os golos a serem apontados por Flávio e por Joel que bisou. O Académico que era oitavo mostrou que estava numa melhor fase que o Estoril (12º) e o Notícias de Viseu dizia que houve uma “maré cheia de golos, para além dos que falharam e dos que foram anulados“.
Voltaram-se a encontrar na última jornada de 81/82. As duas equipas estavam com a corda na garganta e podiam mesmo descer de divisão. O Académico era 12º com um ponto de vantagem sobre Estoril (13º) e Amora que era 14º. Um empate seria suficiente para o CAF se manter e até a derrota podia não nos afundar até porque o Amora jogava em casa com o Braga que era um dos finalistas da Taça de Portugal. O pior é que o Amora goleou os bracarenses (5-0) e o Estoril derrotou-nos por 1-0 com o golo a ser apontado logo ao minuto 6.
Na época 90/91, a primeira da Segunda Liga conforme a conhecemos, marcou o reencontro entre os dois clubes. O jogo da primeira volta foi logo à 4ª jornada e o Académico empatou no Estádio António Coimbra da Mota (1-1) com o golo do Académico a ser apontado por Falica. O Estoril empatou no último minuto. “Alterações ao intervalo proporcionaram o empate dos locais” dizia A Bola.
O Estoril chegou ao Fontelo, na segunda volta, com mais um ponto que o Académico mas saiu de lá atrás do nosso clube. Vitória do CAF por 2-1 com golos de Falica e João num jogo épico já que o Estoril havia empatado ao minuto 89. “Quando ninguém esperava surgiu o segundo golo dos locais” dizia A Bola.
Em 95/96, outra vez na Segunda Liga, logo na 2ª jornada o Académico venceu no Fontelo GDEP por 2-1 com os golos academistas a serem apontados por Chalana e Chiquinho Carlos dando a volta ao resultado nos últimos 5 minutos da partida. No Estoril jogava Pauleta.
Na segunda volta o Estoril venceu o CAF por 1-0. Num dia de intenso temporal, e com o relvado mal tratado, o “canário” mostrou que “sabia nadar” como referia A Bola.
Ambos os clubes continuaram na Segunda Liga em 96/97. Pela segunda vez na história o Estoril chegava ao Fontelo à frente do Académico e sairia de lá com uma derrota sendo ultrapassado na classificação. Vitória do Académico por magro, porém suficiente, 1-0 com o golo a ser apontado por Manú. João Cavaleiro diria o seguinte no final do jogo “A equipa já jogou ao nível da época passada. Deu espectáculo, criou oportunidades e de golo e só falhou na concretização”.
Na segunda volta o Académico chegava ao António Coimbra da Mota em posição de descida mas sairia de lá outra vez à frente do Estoril. Foi a única vitória alcançada no terreno do adversário. Vitória por 0-1 com um golo de Rui Borges.
Último confronto entre os dois clubes deu-se na época 97/98 já que o Académico desceu enquanto o Estoril terminou num tranquilo 7º lugar. Na primeira volta, na jornada inaugural da temporada, vitória academista por 1-0 com o golo a ser apontado por Migueli. “Viseenses mais práticos, Estoril sem argumentos”, dizia então o jornal Record.
Na segunda volta venceu o Estoril por igual margem, 1-0. Foi mais um jogo de futebol em que os canarinhos venceram uma partida de aflitos.
Jogadores que actuaram em ambos os clubes:
Abadito – Formado no nosso clube fez 7 jogos nos seniores. No Estoril esteve nas pepocas de 2002 a 2005 fazendo parte dos plantéis que trouxeram o Estoril da II B à I Divisão.

Alfredo –  Duas épocas em Viseu onde pouco jogou (apenas 6 jogos). No Estoril jogou em 87/88, na II Divisão, numa época em que o clube terminou na 4ª Posição.

Carlos Ferreira – Jogou primeiro no Estoril, em 84/85, ajudando os estorilistas a terminar na 5ª posição na II Divisão, zona sul. No Académico fez 23 jogos, em 91/92 com o Académico a descer da Segunda Liga.

João Coimbra – Cinco épocas consecutivas no Estoril, onde chegou a ser capitão. No Académico esteve meia época em 2014/2015.

Lameirão – É um dos dois jogadores do actual plantel – o outro é Tiago Costa – que já jogou no Estoril. Por lá fez boas épocas como já referimos aqui, por Viseu a história ainda não começou a ser contada
Melo – Em 88/89, acabado de sair do juniores do Benfica, estreou-se como senior no plantel academista (29 jogos, 2 golos) mas não conseguiu evitar a descida. No Estoril jogou em 97/98, na Segunda Liga, alcançando um sétimo lugar (o Académico desceu já jogavam ambos na I Divisão.

Queta – Era muito jovem quando actuou no Estoril (86/87) com o Estoril a ser 5º na II Divisão Zona Sul. Por Viseu andou duas épocas (90/92) onde fez apenas 13 jogos e 1 golo.
Paulino – Jogou primeiro no Estoril, em 83/84, não conseguindo ajudar o Estoril a manter-se na primeira divisão. No Académico, em 89/90, ajudou o Académico a qualificar-se para a primeira edição da segunda liga
Raul Silva – No Estoril jogou de 47 a 50, sempre na I Divisão, transferindo-se depois para o Académico (50/54) onde se tornou num dos melhores marcadores da sua história.

Ricardo Ribeiro – No Estoril (13/14) não teve grandes hipóteses de brilhar porque Wagner não deixou. Transferiu-se para Viseu (14/15) mas só cá ficou meia época.
Ronaldo – Jogou primeiro no Estoril em 94/95 numa época em que os estorilistas ficaram apenas a 3 pontos da subida à I Divisão. Em Viseu jogou meia época (7 jogos) em 99/00.
Rosário – Era muito jovem quando em 81/82 jogou no Académico, fez 32 jogos mas não ajudou o clube a manter-se. A caminho da veterania (90/93) alcançando uma subida à I Divisão onde jogou duas épocas antes de terminar a carreira no Alverca.
Rui Carlos – Jogou pouco no Estoril de 98/99 com os canarinhos a serem últimos na Segunda Liga. No Académico, em 2001/2002, fez 23 jogos e um golo mas não conseguiu ajudar o Académico a subir
Sotil – O seu primeiro clube em Portugal foi o Estoril (84/86) na II Divisão. Também fez duas épocas em Viseu (90/92) com 37 golos e 3 golos, ficando o seu nome ligado à descida de divisão em 91/92.

Tellechea – Um grande nome da história academista (47/50) foi treinador/jogador nessas épocas, apresentando um dos melhores currículos no que a treinador diz respeito. Antes passou pelo Estoril (41/43) sem tanto brilho

Tiago Costa – Está na terceira época de Académico. Jogou no Estoril em 2010/2011 que ficou em 10º lugar.

Recordar: Estoril 1-0 Ac. Viseu

Campo António Coimbra da Mota, no Estoril
Árbitro: Mário Mendes (Coimbra); Joaquim Vidal e Laurindo Cordeiro
25 de Janeiro de 1998

Estoril: Carlos Pereira, José Carlos, Martins (c), Quim, Abel Silva (Gabriel 63), Briguel, Baroti (N. Veiga 88), Diogo (H. Quental, int), Sérginho, Álvaro e Melo. Treinador: Isidro Beato.

Académico de Viseu: João, Xinoca, Edson, Zé Duarte, Zé Miguel, Ido, Chalana (c), Santos (Luisinho 77), Edmilson, Lukiau (Joni 65) e Migueli (Mirko Soc 62). Treinador: João Cavaleiro.

Suplentes não utilizados: Nuno Rodeia e Marco Paulo (Estoril), Augusto e Beto (Académico de Viseu)

Expulsão: Edson 59

Golo: Álvaro 80 (1-0)

Recordar: Académico 2-1 Estoril

Estádio do Fontelo, 27 de Agosto de 1995
2ª Jornada da Liga de Honra 95/96
Árbitro: Paulo Costa (Porto)

Académico de Viseu: João; Sérgio, Walter, Gerson e Marco Abreu (Chalana, 62); Marito, Rui Lage e Luís Vouzela; João Luís (Marcelo Sofia, int), Zezinho (Zé D`Angola, int) e Chiquinho Carlos. Treinador: João Cavaleiro.

Estoril: Paulo Morais; Rogério, Martins, Borreicho e Passos; Agatão, Litos (Diogo, 54), Paulo Jorge (Sequeira, 87) e Nuno Abreu; Luís Cavaco (Sérgio Ozan, 76) e Pauleta. Treinador: Carlos Manuel.

Expulsões: Martins 50 e Passos 84

Golos: Litos 45 (0-1), Chalana 85 g.p. (1-1), Chiquinho Carlos 88 (2-1)

Outros resultados:

Penafiel 0-0 Rio Ave
Espinho 1-0 Setúbal
Feirense 0-0 Académica
Aves 2-0 Ovarense
Beira-Mar 2-2 Moreirense
Alverca 1-0 Lamas
Nacional 1-0 Famalicão
Paços de Ferreira 3-2 U. Madeira

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