Recordar: Filipe

NOME
Filipe
POSIÇÃO
Avançado
ESTREIA
Penalva 1-0 Ac. Viseu (18/01/1972)
PRIMEIRO GOLO
Penalva 1-0 Ac. Viseu (18/01/1972)
JOGOS
2
GOLOS
1
ÉPOCAS
71/72
Filipe chegou a meio da época, vindo do União de Coimbra. Estreou-se no dérbi frente ao Penalva do Castelo e marcou o golo da estreia. Uma estreia de sonho que não teve seguimento pois só fez mais um jogo.
Mais nada sabemos sobre o Filipe. Alguém ajuda?

Filipe em entrevista

1.   Há 3 anos, na primeira entrevista que nos concedeste, disseste que estavas em Viseu para completar a tua formação académica. Correu bem?
É verdade, já la vão 3 anos…Sim, correu bem e fiz por isso. Espero esta semana concluir o mestrado, falta só defender a minha tese. Nem sempre foi fácil conciliar treinos e faculdade mas fi-lo por gosto. Alguns treinadores entenderam esta situação melhor que outros mas as coisas sempre se resolveram e raramente falhei com os meus compromissos.
2.   Em quatro épocas de Académico fizeste 52 jogos. Queres destacar algum em particular?
Naturalmente o jogo da penúltima subida de divisão à 2ª nacional. Subir com um golo aos 89 minutos (obrigado Rui) foi inexplicável e estar dentro de campo é outra coisa. Houve vários jogos que os meus colegas me deram os parabéns. Isso para mim é tudo. Sou um jogador de equipa e quem trabalha comigo diariamente percebe isso. Os números por vezes não explicam tudo..
Quem joga no académico tem que dar o valor devido. Eu acho que tomei o peso desse valor. As pessoas certas transmitiram-me isso. Vocês sabem de quem falo.
3.   Na primeira época atuaste em 20 jogos. Foi a época em que mais jogos fizeste pelo Académico. Que explicação encontras para o facto de não voltares a ser tão utilizado?
Na primeira época penso que ganhei a confiança dos treinadores que tive e correspondi com aquilo que me foi pedido. Joguei em todas as posições da defesa e em quase todas do meio-campo e não sofri lesões nas alturas erradas. Por outro lado, nas épocas seguintes lesionei-me em momentos cruciais que não me possibilitaram estar sempre a 100%. Associado a isso, algumas opções estratégicas e menos oportunidades resultaram nisso. Contudo, fico contente por tudo o que fiz. Saio de cabeça erguida.
4.   É justo dizer-se que a primeira subida, por teres jogado mais, foi mais saborosa que a segunda?
Mais saborosa não sei se será a palavra certa. Talvez, diferente. Esta última época lesionei-me na sexta-feira antes do primeiro jogo da 2ª fase! Estava a ser opção e apresentava-me em bom plano e ganhar forma. Estive um mês afastado e de acordo com os médicos a lesão seria mais para terminar a época do que para outra coisa. Até cheguei a partilhar um texto de “quase despedida” para os meus colegas em forma de motivação. Mas isso fica entre o grupo (ehh). Contudo, tentei recuperar e consegui terminar a época com a possibilidade de festejar a subida dentro de campo Isso tornou esta bastante especial conseguindo atingir o objectivo que traçámos. Costumava comentar com os meus colegas: “Quero acabar o curso e subir de divisão, por isso vejam lá…”.
5.   Agora que abandonas o Académico diz-nos, que sentimento nutres pelo clube? Como vai ser o teu futuro?
É um clube que fica no coração. Por muitos motivos: Pelo que a cidade significa para mim, pelo clube, pelos colegas com quem trabalhei e amizades que estabeleci, entre outros. Quando vim estudar para Viseu tinha objectivo representar o Académico e foi com muito orgulho que o fiz. 4 anos de futebol em Viseu associado a uma vida académica marcam certamente.
Neste momento quero terminar o curso e depois logo vejo. Sempre fui exigente no futebol e vou sê-lo na minha vida profissional. Se posteriormente der para conciliar as duas coisas, melhor. Já tenho alguns convites de clubes que treinam a horas mais compatíveis com o meu tipo de trabalho mas não sei como as coisas vão ficar.
6.   Define os treinadores com quem trabalhaste nas últimas 3 épocas:
Talvez o Professor José Miguel Borges tenha sido aquele com quem mais me identifiquei. Mas foi na primeira época. Sendo assim, nas últimas 3:
António Borges – um homem que percebe de futebol e vive-o como ninguém. Bom treinador de campo. Corrige ao pormenor o que o jogador deve alterar. Aprendi algumas coisas. Não teve a sorte desejada em Viseu.  Estava a jogar quando chegou e no mesmo jogo fui expulso e deixei de ser opção. Por outro lado, numa altura da época foram alterados os horários dos treinos. Deixei de poder participar activamente devido à faculdade.
João Paulo Correia – Não esteve muito tempo. “Homem da cidade”. Não me deu grandes oportunidades. Boa pessoa.
Paulo Gomes – Chegou numa altura complicada. Reconheceu o meu trabalho diário.
Manuel Matias – trouxe uma exigência diferente ao grupo e chegou numa fase da época do tudo ou nada. A fase de subida estava em risco e fomos ganhar ao Marinhense. Dou-lhe o mérito devido. Acredito que se não fossemos uma equipa como ele pedia não tínhamos conseguido. Chegámos a última jornada com hipótese de subir…porém, falhámos o objectivo.
António Lima Pereira – Bom homem. Exigente. Qualidade de treino. Gostei de trabalhar com ele. Deu-me as oportunidades reconhecendo o meu trabalho. Sofri uma lesão o que complicou as coisas. Cumpriu o objectivo que se propôs. Isso diz tudo.
7.   Tens acompanhado as notícias sobre o reforço da equipa? Até onde achas que o clube pode chegar na época que agora começa?
Acredito que a direcção em conjunto com o treinador poderá fazer um bom trabalho. Tomaram as decisões que acharam necessárias. Reforçaram a equipa nos pontos onde acharam que estariam as maiores lacunas e a prova dos nove será o campeonato. Penso que o clube deverá pensar em cimentar a sua posição na 2ª divisão nacional para posteriormente com bases mais sólidas poder atacar uma subida para uma competição profissional. Acho que na cidade há muita gente a querer/ter que colaborar com o clube. Uma equipa forte será o reflexo de uma estrutura directiva bem organizada e diversificada. Uma estratégia bem elaborada de Marketing vendo o Académico como um todo acho que poderá trazer frutos.
8.   Queres deixar uma palavra final para os adeptos academistas?
Continuem a apoiar o clube. Eu vou fazê-lo. Sejam pacientes. O futebol cada vez mais reflecte a crise que o país atravessa. Sem o apoio de todos os Academistas os objectivos a alcançar ficam mais longe. Espero que a Magia do futebol continue a acompanhar a par e passo o clube. O vosso trabalho é reconhecido por todos. Parabéns! Espero que o AFC a curto/médio prazo cimente a sua posição no futebol nacional e dê as alegrias que todos os adeptos andam há tanto tempo a cobrar.
Obrigado a todos.
Aproveito também esta entrevista para deixar os meus sentimentos à família do Dr. Fernando Santos. É uma pessoa que ficará no meu coração. TRATAVA TODOS DE FORMA IGUAL, SEMPRE PRONTO A AJUDAR. VIVIA CADA JOGO INTENSAMENTE. São pessoas como O DOUTOR que fazem do Académico de Viseu um clube grande. Até sempre Doutor…
Artur Filipe Simões
19 de julho de 2012

A época de Filipe

Nome: Artur Filipe Coelho Simões
Data de nascimento: 01/12/1983
Posição: Defesa/Médio

Números da época:

Jogos: 15
Suplente utilizado: 6

Quarta temporada de Filipe no Académico de Viseu. Exceptuando a primeira época – em que fez 20 jogos – esta foi a sua época com mais presenças na equipa. Foi pontuado com 32 pontos sendo o 15º classificado.

Ligações:

Filipe em 08/09
Filipe em 09/10
Filipe em 10/11

Amanhã: A época de Doumbouya

AVFC 08/09

Em cima: Augusto, Sérgio, Éverson, Casal, Tiago Gonçalves e Rui Santos
Em baixo: Zé Bastos, Luís Costa, Álvaro, Filipe e Milford

Nota: Foto retirada do facebook (desconhecemos o autor)

A época de Filipe

Nome: Artur Filipe Coelho Simões
Data de nascimento: 01/12/1983
Posição: Defesa/Médio

Jogos: 8
Suplentes Utilizado: 2
Pontos: 18,5
Posição: 17º

1 Vez nomeado melhor em campo

Na terceira época com o símbolo do Académico de Viseu ao peito Filipe fez oito jogos, sendo titular em seis ocasiões. Foi com Paulo Gomes que mais jogou, sendo que na era de João Paulo Correia não foi utilizado e na de Manuel Matias actuou também em quatro jogos – tal como com PG – mas em menor tempo.
Foi por nós eleito o melhor em campo no jogo do Fontelo frente ao Tocha (1-0).

Amanhã: A época de Mauro

O Filipe bem tentou…

Filipe – 3 – Manuel Matias foi um jogador agerrido, daqueles que dava tudo em campo, talvez tenha sido por isso que ontem lançou o Filipe no meio campo Academista. Dos poucos treinos que já fez no clube talvez o mister tenha reparado que uma das principais caracteristicas do Filipe seja a disponibilidade e garra. Ontem pelo menos demonstou-o no campo.
Augusto – 3 – Não complicou, processos simples e como tinha a braçadeira de capitão no braço, esteve sempre atento ás acções dos colegas, emendando algumas vezes as suas posições. Ia sofrendo um golo quase no fim do jogo através de um livre muito bem executado, mas felizmente a  bola, bateu no ferro.
Casal – 2,5 – Esteve sempre certo a defender, mas ajudou pouco a atacar.
Tiago Jonas – 2,5 – Esteve á altura dos acontecimentos, está a subir de forma, está a voltar ao Jonas que nos habituámos a ver.
Tiago Gonçalves – 2,5 – Tal como o colega de defesa esteve sempre atento aos poucos ataques adversários. Acertivo nas intervenções.
Marcelo Henrique – 2 – Não percebo o que se passa com este jogador. Desaprendeu? Estivesse o árbitro atento num lance perto do final do jogo, e não jogaria na Marinha Grande, porque decidiu dar uma cotovelada num adversário.
Calico – 2,5 – Matias passou grande parte do 1ª tempo aos berros com Calico. Esteve muito interventivo, mas infeliz no passe. Não conseguiu levar a equipa para a  frente.
Luís Vouzela –  2, 5 – Nota-se que não está em forma depois da paragem por lesão. Quando o “motor” não desenvolve a equipa recente-se e de que maneira. Os sócios assobiaram a sua substituição por parte do treinador, talvez porque não entendem que o Vouzela também tem direito a ficar cansado.
Ricardo Ferreira – 2 – Esteve em  campo, mas nem se deu por ele. Ricardo, precisamos de uma grande exibição no Domingo, força!
Luisinho – 2,5 – Enquanto as “pilhas” duraram, foi o desiquilibrador do costume, pena que tenham durado tão pouco. Luisinho, domingo as  baterias têm de durar 90m! 

Zé Bastos – 2,5 – O Zé é daqueles jogadores de quem mesmo quando as coisas não correm bem, esperamos golos. E foi o que aconteceu ontem. Esperemos que “molhe a sopa”, no domingo.
Pedro Costa – 1,5 – Veio para Viseu com um rótulo “pesado”. Quando entra os sócios querem que resolva tudo, mas não fez mais que dar um pouco mais de movimento ao ataque academista. Precisa de concretizar um lance para soltar o seu futebol.
Álvaro – 1,5 – Entrou para o lugar de Vouzela, com o intuido de dar o safanão final no jogo. Não foi feliz, mas pelo menos a equipa marcou.
Cabido – 1 – Esteve 5m em campo. Como curiosidade devo dizer que já vi este jogador actuar 2 vezes nos minutos finais dos encontros. Ao contrario do Pedro Costa, as pessoas não esperam nada deste jogador, talvez por isso este jovem entra sempre em campo com “ganas” e com vontade. É filho de um dirigente academista, e alguns(muitos) sócios não sabem separar as “aguas”.  

A época de Filipe

Nome: Artur Filipe Coelho Simões
Data de nascimento: 01/12/1983
Posição: defesa/médio

Números da época:

Jogos: 9
Titular: 4
Titular substituído: 1
Suplente utilizado: 5
Minutos: 416

Palmarés mágico:

12º Classificado do Top Academista 08/09
20º Lugar no Top Academista 09/10
2 Vezes (08/09) eleito como o melhor em campo

Titular por 4 vezes fez apenas em 3 jogos os 90 minutos completos. Com António Borges foi titular no primeiro jogo (com o Monsanto fora de portas) mas acabou por ser expulso e a partir daí foi sempre suplente utilizado completando apenas mais 87 minutos. Após a 20ª jornada não voltou a ser utilizado. Termina o Top Academista na 20ª posição com 14,5 pontos.

Amanhã: A época de Luís Costa

"Acreditámos sempre!"

Nome: Artur Filipe Coelho Simões
Data de nascimento: 01/12/1983
Local de nascimento: Alvaiázere
Posição: Defesa / Médio
Estreia pelo AVFC: Académico de Viseu 1 União de Lamas 2
Altura:1.80m
Peso: 76 Kg
Ídolo: Maldini
Clube de futebol: SLB e AAC
Morada: Coimbra

Conta-nos como foi o teu percurso até chegares ao Académico de Viseu.
Desde já muito obrigado pelo convite e pelo apoio que demonstraram durante toda a temporada! Iniciei a prática do futebol com 7 anos nas camadas jovens do Grupo Desportivo de Alvaiázere. Na época 2001/2002, em virtude de ir estudar para Coimbra, surgiu um convite para integrar o plantel júnior da Associação Académica de Coimbra (OAF). Tínhamos uma das melhores equipas dos últimos anos e asseguramos o acesso à segunda fase. Fiz uma boa época, assinei contrato e integrei a equipa B. Sendo assim, o meu percurso como sénior foi:
2002/2003- Associação Académica de Coimbra – Equipa B
2003/2004- Centro Desportivo de Fátima e Tourizense em Janeiro
2004/2005- União Desportiva da Tocha
2005/2007– Grupo Desportivo Sourense (2 anos)
2007/2008 – Anadia Futebol Clube e Grupo Desportivo de Alvaiázere
2008/2009– Académico de Viseu Futebol Clube

Como surgiu o convite para ingressares no Académico de Viseu?
Quando vim estudar para Viseu estava a jogar no Anadia Futebol Clube. Resultado da impossibilidade de continuar a jogar naquela zona o treinador Fernando Niza entrou em contacto com o Sr. Monteiro para averiguar se era possível integrar o plantel. Como já era Setembro/Outubro, o plantel já estava fechado e o Mister Idalino Almeida disse que não havia hipótese. No início desta época 2008/2009, entrei em contacto com o Mister Miguel Borges e ele propôs-me um período à experiência. Disse-me que não necessitava de um jogador para uma posição específica mas sim alguém polivalente que desempenhasse várias. Cumprido esse período, no final integrei o plantel.

Apesar de já cá estares há uma época continuas a ser desconhecido para a maioria dos academistas. Quem é o Filipe extra futebol?
Nada melhor que os meus colegas para o definirem! Sou amigo do meu amigo e procuro dar-me bem com toda a gente. Enquanto joguei em Coimbra, licenciei-me na área do Ambiente mas sempre quis uma profissão ligada à Saúde. Luto pelos meus objectivos e, desse modo, neste momento frequento o 2º ano do curso de Medicina Dentária da UCP. Estou em Viseu para completar a minha formação e continuo a tentar conciliar o futebol. Estudante e jogado, sinto-me feliz por isso.

Filipe, és um jogador caracterizado por uma garra e entrega ao jogo extraordinária fazendo vários lugares em campo. Neste sentido qual é a posição em campo onde te sentes mais tranquilo ou com a qual te identificas melhor?
Sempre fui visto como um médio defensivo, num esquema de um ou dois trincos. Contudo, sou opção como médio interior, defesa central, e claro, defesa direito.

Essa tua polivalência não pode ser prejudicadora para a tua evolução como futebolista?
A polivalência do jogador resulta também das opções dos treinadores! São eles que moldam o processo de evolução, colocando o jogador nesta ou naquela posição, consoante as suas características. Sempre fui um jogador polivalente, que durante as épocas executa várias posições. Tem o seu lado positivo e o seu lado negativo! Eu costumo dizer, e os meus colegas sabem disso, que com o facto de jogar a defesa direito, depois a central ou a médio, quem perde mais sou eu. De qualquer maneira, as minhas características permitem que isso aconteça e num plantel tem que haver sempre 1 ou 2 jogadores que o façam. Sinto-me bem com isso e tento fazê-lo da melhor maneira, dentro daquilo que me é pedido.

Foste por duas vezes considerado como o melhor academista em campo, por nós A MAGIA DO FUTEBOL, no jogo em casa frente ao Valecambrense (0-1) e na segunda fase em Fiães (1-1). Ainda te recordas desses confrontos? Queres destacar outros jogos onde aches que estiveste bem?
Sim, recordo-me bem. O primeiro fi-lo como defesa-esquerdo e era um jogo bastante importante para mim e para a equipa. Falhámos alguns golos e ainda hoje não percebo como não ganhámos. Eles fizeram um golo e o resto do jogo só defenderam. Relativamente ao jogo do Fiães, recordo-me que joguei como trinco e depois passei para defesa direito. Falhámos um golo logo no primeiro minuto de jogo. A história do jogo podia ter sido outra!
Em relação a outros jogos, penso que o jogo da Taça com o Vizela foi um dos jogos que mais prazer me deu jogar. Jogámos num sistema de dois trincos e a equipa esteve toda bem. Faltou-nos alguma frescura física. Que golo, o do Fernando!

Como convives com a crítica? Tens recebido mais elogios ou mais críticas?
No futebol, como na vida, não podemos agradar a toda a gente. Faz parte da minha evolução como jogador lidar com isso. Sempre fui mais elogiado que criticado. Respeito todas as opiniões. O Académico é um clube de repercussão nacional e encaro com naturalidade que tal aconteça. Porém, quem trabalha comigo diariamente sabe daquilo que sou capaz e naquilo que posso ser útil.

O Tiago Gonçalves, na entrevista que nos concedeu, disse que eras um jogador com uma disponibilidade incrível e que jogues onde jogues raramente comprometes. O que sentes ao ler isto? Como caracterizas o Tiago?
Fico satisfeito, é claro! É fácil jogar quando temos jogadores como o Tiago e o Sérgio ao nosso lado. Já disse, e torno a dizer, o Tiago faz-me lembrar o José Castro que está no Corunha. È um central de classe, não sabe jogar mal. Mantém a mesma postura quer em jogo quer em treino. Só tem que acreditar mais no seu valor e continuar a evoluir. A oportunidade vai chegar e em breve vai dar o salto. Acho que está no clube ideal para isso acontecer. Estarei cá para o apoiar!

Na tua opinião qual – ou quais – foi o jogador mais preponderante na subida de divisão?
Acho que é a minha e a de muitos. O Sérgio, Augusto e Lage! Sem querer tirar mérito ao Rui Santos por aquele golão! Ehh! De qualquer maneira, como já disse, o colectivo foi o segredo do sucesso.

A nível individual qual foi o melhor e o pior momento da época que terminou?
Penso que o pior foi mesmo as lesões. Principalmente a lesão no joelho. Agravei uma lesão que primariamente seria curável em duas semanas para uma ausência de 2 meses e meio. Nunca tinha estado afastado tanto tempo! Foi na pior altura, visto que estava a lutar por um lugar no meio. Tirou-me bastante confiança e foi complicada a reintegração no trabalho diário.
O melhor momento foi, sem dúvida, a subida de divisão. Quando muitos já não acreditavam, ganhámos por duas bolas de diferença e estamos na 2ª Divisão Nacional.

Define-nos os dois treinadores com que trabalhaste esta época:
Pergunta difícil mas em poucas palavras talvez:
José Miguel Borges – Metódico
Luís Almeida – Exigente

Qual a tua opinião sobre mudanças de equipa técnica a meio da época? O que mudou no Académico com a “chicotada psicológica”?
Essa decisão coube a quem de direito, à direcção. As mudanças foram grandes em termos de treino, esquema de jogo, entre outras.

A quem se deveu o sucesso da última época: técnicos, jogadores ou direcção?
Todos! Contudo, a união do grupo mesmo nos momentos mais complicados, quando muita gente já não acreditava, foi o que prevaleceu.

És da opinião que os jogadores mais experientes deviam ficar no plantel?
A minha opinião vale o que vale. Já estive em vários clubes e há sempre uma referência, ou porque é um grande jogador ou porque tem um papel na história do clube. O Académico não foge à regra e no primeiro dia que entrei no balneário facilmente identifiquei os jogadores que tinham este papel. Foi preponderante a postura com que se apresentaram em cada treino e em cada jogo. Eles, melhor que ninguém, transmitiram o que é vestir a camisola Academista, e é com muito orgulho que o faço.

Qual o principal problema e a principal virtude da época que agora terminou?
Como todos têm salientado até agora, o principal problema foi sem dúvida a irregularidade exibicional. Demos tiros nos pés desnecessários. Tínhamos noção que o nosso grupo era o mais forte e com mais soluções. A subida de divisão tinha que ser alcançada! Merecíamos isso pela forma como trabalhávamos e por todas as adversidades que nos eram colocadas. Todos os nossos adversários entravam dentro de campo com grande respeito mas também com uma vontade enorme de ganhar! Apesar dos sobressaltos conseguimos chegar à última jornada só a depender de nós.
A principal virtude, como já salientei, foi a união do grupo. O apoio da claque e de alguns adeptos e amigos também foi muito importante.

Como era o ambiente no balneário no fim do jogo com o Cinfães na segunda fase? Onde é que foram buscar forças para os dois últimos jogos da época?
O empate com o Cinfães não era um resultado que nos passava pela cabeça. Sabíamos que cada ponto perdido nos ia dificultando cada vez mais a tarefa. De qualquer maneira, cada jogo era uma final e partimos para a última com uma diferença de 3 pontos e dois golos. Tarefa difícil mas cumprida! Acreditámos sempre!

Estavam à espera de ver o Fontelo tão bem composto no jogo com o Anadia? Estavas em capo quando o Rui Santos fez o 2-0. Como foi viver aquele momento?
Sinceramente, estava à espera de mais público. Andavam uns rumores que vinham autocarros de Anadia para encher o Fontelo, o que não aconteceu. Quando entrámos dentro de campo e a massa associativa se levanta a gritar pelo clube, ficámos mais fortes e acreditamos que podia ser possível. Não foi fácil estar dentro de campo e saber, num momento, que o Tondela estava a perder 0-2 e que depois já tinha virado o resultado para 3-2! Nesse momento precisávamos de mais um golo! Foi um jogo muito desgastante, fisicamente e psicologicamente. O apoio dos adeptos foi extraordinário e são momentos como esse que tornam o futebol uma paixão.
O golo do Rui Santos, tenho dito, não é um golo! É um golão! Foi um momento único! O Rui teve algumas lesões durante a época mas apareceu quando tinha que aparecer. Está só ao alcance dos melhores. Desejo-lhe tudo de bom para a época que se inicia!

Quais os objectivos – individuais e colectivos – para a época 2009/2010?
Passam por ajudar o Académico a cumprir os seus objectivos e participar no maior número de jogos. Essencialmente, apresentar-me em melhor forma que na época transacta. Temos que entrar em todos os campos para ganhar!

Por fim deixa uma mensagem para os sócios e adeptos:
Obrigado por todo o apoio demonstrado até agora e que na época 2009/2010 apoiem mais o clube! Nas vitórias e nas derrotas. Precisamos de um clube mais forte, a todos os níveis, para enfrentar a 2ª Divisão. Mais sócios, mais adeptos, porque o Académico merece!

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