Recordar: Ac. Viseu 3-0 Mirense

Estádio do Fontelo, 27 de Março de 1988
27ª Jornada da II Divisão, Zona Centro
Árbitro: Azevedo Duarte

Ac. Viseu: Sardinha; Baptista, Leal, Chico Nikita e Kappa; Rui Manuel, Quim e Cruz (Gil, 59); Amadeu, João Luís e Abel (Rui Madeira, 76). Treinador: Carlos Alhinho.

Mirense: Seiça; Alfredo, Conde, Artur e Hélio; Albertino, Varão e Quintas; Rodolfo (Cardozinho, 37), Fernando e Herbert (Rui Barbosa, 80).

Golos: Gil 70 (1-0), João Luís 73 gp (2-0), Gil 80 (3-0)

“ O primeiro período do encontro foi algo incipiente, com o Mirense a defender com uma certa disciplina táctica, enquanto os viseenses extraviaram espaços e, aqui e além, exorbitaram em individualismos. Somente aos 35 minutos, Leal, o melhor jogador sobre o terreno, deu uma sapatada naquele marasmo, subiu no terreno, foi passando adversários, atirou sesgado mas a rasar o poste.
Os academistas recomeçaram a partida com mais desenvoltura, mas sem atinarem com o caminho da baliza adversária. Porém, a entrada de Gil deu outra movimentação e agressividade à equipa. Jogou, fez jogar, marcou dois golos e esteve na origem da jogada que deu azo à grande penalidade e falhou um golo por um triz. Rendimento quase pleno. O Mirense defendeu enquanto pôde, mas foi impotente para aguentar a ponta final do líder da Zona Centro.
Arbitragem sem deslizes.”
Agostinho Torres in Record, 29 de Março de 1988

Recordar: Torreense 0-1 Ac. Viseu

Campo Manuel Marques, 20 de Março de 1988
26ª Jornada da II Divisão, Zona Centro
Árbitro: Carlos Valente (Setúbal)

Torreense: Jorge; Margaça, Couceiro, Bighetti e Toni (Hélio, 80); Toinha (Baltasar, 33), Passos, Sardinheiro e Sanha; Filipe e Rosário.

Ac. Viseu: Sardinha; Baptista, Leal, Chico Nikita e Kappa; Rui, Cruz, Amadeu e Abel; João Luís (Matos, 87) e Quim (Gil, 65). Treinador: Carlos Alhinho.

Golo: Gil 76 (0-1)

Estrelinha da sorte: Jogo importante que punha frente a frente o primeiro e terceiros classificados da zona centro, separados apenas por 3 pontos. Logo de início se verificou a disposição da equipa visitante em controlar o jogo a meio campo, para daí partir para o contra ataque. Perante esta situação os locais não encontraram antídoto e deixaram-se enlear na teia muito bem urdida por Carlos Alhinho vindo a pertencer aos forasteiros, neste primeiro período, as melhores oportunidades para desfeitear Jorge, que em grande forma, se saiu muito bem nos lances de apuro para a sua baliza.
No 2º tempo o cariz do jogo não se alterou com as duas equipas a revelarem-se contentar com o nulo, embora espreitando sempre qualquer desatenção da defensiva contrária. Assim aconteceu, num rápido contra-ataque apanhando a defensiva local em contrapé, os academistas marcaram o golo que veio a ditar o vencedor.
A partir daí os locais tentaram chegar à igualdade e no último minuto Sanhá poderia ter marcado com o guarda-redes Sardinha já batido. Enfim, ganhou a equipa que melhor soube controlar o jogo e que teve pelo seu lado a estrelinha da sorte.
Boa arbitragem.
Mário Lopes, in A Bola de 21 de Março de 1988

Recordar: Beira-Mar 1-0 Ac. Viseu

Estádio Mário Duarte, 6 de Março de 1988
24ª Jornada da II Divisão, Zona Centro
Árbitro: Alder Dante (Santarém)

Beira-Mar: Miguel; Redondo, João Paulo, Paulo Campos (Moniz, 77) e Covelo; Freitas, Dreyffus e Allain; Bugre, Coimbra (Jarbas, 61) e Simões.

Ac. Viseu: Sardinha; Baptista, Leal, Carlos Manuel e Kappa; Rui, Abel e Cruz; Rui Madeira (Amadeu, 85), João Luís (Chico Nikita, 71) e Quim. Treinador: Carlos Alhinho.

Golo: Allain 86 (1-0)

Muito competitivo: Este encontro, disputado por dois dos mais sérios candidatos à subida da Zona Centro, foi dos melhores a que assistimos neste campeonato. Não terá sido muito brilhante do ponto de vista técnico, mas valeu pela forma como ambas as equipas se bateram.
Foi um jogo muito competitivo, exigindo grande dispêndio de energias. Se por um lado o triunfo do Beira-Mar é indiscutível, por outro, não seria de todo injusto se a equipa viseense tivesse regressado com uma igualdade.
A sorte do jogo ficou traçada no minuto 86, quando Allain, com um remate aparentemente defensável, traiu o guardião Sardinha, no único deslize cometido pela defensiva forasteira.
No derradeiro minuto o Beira-Mar podia ter ampliado a vantagem com Jarbas a falhar quando se encontrava isolado.
O resultado acaba por ser um prémio justo para a equipa aveirense, pois durante grande parte do encontro foi o conjunto que mais atacou e mais oportunidades desfrutou.
Os visitantes, por seu turno, apresentaram-se muito coesos, possuindo valores de bom índice técnico.
Excelente arbitragem.
Fernando Vinagre, in A Bola de 7 de Março de 1988

Recordar: Ac. Viseu 1-0 União de Leiria

Estádio do Fontelo, 7 de Fevereiro de 1988

20ª Jornada da II Divisão, Zona Centro

Árbitro: Joaquim Gonçalves (Porto)

Ac. Viseu: Sardinha; Morgado, Leal, Carlos Manuel e Kappa; Delgado (Gil, 89), Abel e Cruz; Rui Madeira (Chico Nikita, 85), João Luís e Quim. Treinador: Carlos Alhinho.

União de Leiria: Ferreira; Sérgio, Dias, Orlando e Faria; Pires, Hernâni e Mendes; Artur, Álvaro (Nuno Joaquim, 83) e Farid.

Golo: Leal 82 (1-0)

Resultado escasso: O mau estado do relvado, por um lado, e as cautelas defensivas dos leirienses, por outro, impediram a habitual explanação de ataque viseense, que, apesar de ter sido uma constante do jogo, se estava a tornar impotente para consegui funcionar o marcador.
No segundo tempo acentuou-se a pressão atacante academista, o libero Leal – o melhor em campo – passou a reforçar, também, o seu ataque e acabou por fazer o único golo da partida, quando tudo parecia indicar que, pela primeira vez, nesta época, uma equipa forasteira iria conseguir pontuar em Viseu.
Embora sem influência no resultado, fraco trabalho de Joaquim Gonçalves, que acompanhou mal o jogo e mostrou grande descoordenação com os seus auxiliares.
Carlos Costa, In A Bola, 08/02/1988

Recordar: Ac. Viseu 6-1 União de Santarém

Estádio do Fontelo, 31 de Janeiro de 1988

19ª Jornada da II Divisão, Zona Centro

Árbitro: Carlos Carvalhas (Porto)

Ac. Viseu: Sardinha; Morgado (Chico Nikita, 74), Leal, Carlos Manuel e Kappa; Delgado (Hélder, 74), Abel e Cruz; Rui Madeira, João Luís e Quim. Treinador: Carlos Alhinho.

União de Santarém: Mário Rui; Peralta, Eusébio, Leonel e Neto; Beto, Toni e João José; Brito (Óscar, 62), Filipe e Amaral (Marinho, 62)

Golos: João Luís 4 (1-0), Abel 35 gp (2-0), Rui Madeira 44 (3-0), Delgado 49 (4-0), João Luís 63 (5-0), Filipe 78 (5-1), João Luís 85 (6-1).

Hat-trick de João Luís: A voluntariosa, mas frágil, turma escalabitana, não teve quaisquer hipóteses de contrariar a força atacantes dos campeões incontestados da primeira volta e, apesar do mau estado do relvado, os golos foram surgindo, com toda a naturalidade, como corolário desse intenso domínio sendo de realçar o hat-trick do promissor João Luís.
Fraca arbitragem.
Carlos Costa in A Bola 01/02/1988

Recordar: Ac. Viseu 2-1 Famalicão

Estádio do Fontelo, 12 de Junho de 1988
2ª Jornada do apuramento de campeão da II Divisão
Árbitro: Xavier de Oliveira (Porto)

Ac. Viseu: Sardinha; Morgado, Leal, Chico Nikita e Kappa; Rui Manuel, Cruz (c) (Carlos, Manuel, 73) e Delgado (Amadeu, 83); Rui Madeira, Abel e Quim. Treinador: Carlos Alhinho.

Famalicão: Rogério; Kanu, José Luís, Chico Oliveira (c) e Cabral; Paulo Jorge, Henrique e Vicente; Williams (Silva, 61), Luís Miguel e João Paulo (Landu, 24). Treinador: Rodolfo Reis.

Suplentes não utilizados: Nelito, Baptista e Gil (Ac. Viseu), Lopes, Duarte e Carlos (Famalicão)

Golos: Abel 58 (1-0), Rui Madeira 68 (2-0), Vicente 81 (2-1)

Recordar: Ac. Viseu 1-0 E. Amadora

Estádio do Fontelo, 8 de Junho de 1988
1ª Jornada de apuramento de campeão da II Divisão
Árbitro: Joaquim Gonçalves (Porto)

Ac. Viseu: Sardinha; Morgado, Leal, Chico Nikita e Kappa; Rui Manuel, Cruz (c) e Delgado (Amadeu, 89); Abel, Rui Madeira (Carlos Manuel, 82) e Quim. Treinador: Carlos Alhinho.

Estrela da Amadora: Melo (c) (Valter, 58); Marlon, Mota, Rebelo e Pacheco; Chumbo (Palecas, 54); Joel, Nito e Nélson Borges; Rosário e Paulo Jorge. Treinador: Augusto Matine.

Suplentes não utilizados: Nelito, Baptista e Gil (Ac. Viseu), Fernando Marques, Gadelhas e Ilo (E. Amadora)

Golo: Rui Madeira 48 (1-0)

Recordar: Ac. Viseu 6-1 Marialvas

Estádio do Fontelo, 3 de Junho de 1988
37ª Jornada da II Divisão, Zona Centro
Árbitro: José Guedes (Porto)

Ac. Viseu: Sardinha; Rui Manuel, Leal, Chico Nikita e Kappa; Delgado, Alexandre Alhinho (Amadeu, 20) e Cruz (Batista, 63); Rui Madeira, Abel e Quim. Treinador: Carlos Alhinho.

Marialvas: Cordas; Bravo (Amadeu, 24), Jorge Catarino, Ben Hur e Canhoto; Alexandre, Escurinho e Neto (Dobrões, 63); Bala, Carvalho e Dario.

Golos: Rui Madeira 1 (1-0), Rui Manuel 16 (2-0), Abel 19 gp (3-0), Abel 23 (4-0), Abel 28 (5-0), Carvalho 53 (5-1), Amadeu 55 (6-1)

Recordar: U. Coimbra 1-2 Ac. Viseu

Estádio Municipal de Coimbra, 29 de Maio de 1988
36ª Jornada da II Divisão, Zona Centro
Árbitro: Soares Dias (Porto)

U. Coimbra: Lascarin; Luís Vicente, Alcino, Paulo Duarte e Filipe (Emiliano, 87); Amado, Pinto, Freitas e Capelas; Nogueira e Vítor (Chico Graça, 84).

Ac. Viseu: Sardinha; Morgado, Leal (Amadeu, 78), Chico Nikita e Kappa; Rui Manuel, Delgado (Gil, 70), Abel e Alexandre Alhinho; Rui Madeira e Quim. Treinador: Carlos Alhinho.

Expulsão: Capelas 83

Golos: Nogueira 37 (1-0), Delgado 49 (1-1), Abel 86 (1-2)

Técnica superior: Curioso e emotivo este jogo. Na primeira parte, o Académico de Viseu, mais ofensivo, dispôs de três claras oportunidades para concretizar, mas não o fez, enquanto o União de Coimbra, calculista, apostou no contra ataque e na velocidade de incursão de Nogueira, conseguindo, através deste jogador, adiantar-se no marcador.
No segundo tempo, o jogo aumentou de velocidade e conheceu fases em que o futebol esclarecido alternou com despiques pouco controlados. aos quatro minutos, o Académico de Viseu obteve o empate, passando a haver adaptações tácticas que prejudicaram o bom futebol praticado até então. De referir que, na segunda parte, o União de Coimbra construiu mais oportunidades de golo e não marcou, reverso do que acontecera nos primeiros 45 minutos. Aproveitou bem a equipa visitante. O empate seria o resultado mais justo, apesar dos viseenses denotarem técnica superior.
O árbitro esteve bem na primeira parte, mas, na segunda parte cometeu alguns erros, um dos quais ao não assinalar um penalty, por falta sobre Nogueira.”
Sansão Coelho, in A Bola 30 de Maio de 1988

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