Estava a época 98/99 quase a terminar, quando João Cavaleiro resolveu apostar no jovem Rui Santos, estreando-se no Fontelo na vitória academista sobre o Fanhões. Rui Santos entrou ao minuto 10 para o lugar de Mangonga e, curiosamente, saiu ao minuto 57 substituído por Santos. Nessa época jogou ainda mais uma vez.
Em 99/00 fez 11 jogos pelo CAF. Foi nessa época que, à 13ª jornada, se estreou a marcar pelo Académico, quando fez o 2-1, à passagem do minuto 67, em jogo que se disputou no Fontelo com os academistas a vencerem os leões de Pombal por 4-1.
De 2000 a 2004 seguiram-se mais 76 jogos e 6 golos, sendo que na época de 2003/2004 fez 30 jogos pelo Académico de Viseu, a época mais produtiva de toda a sua carreira ao serviço do nosso clube, numa época em que foi treinado por José Leal e mais tarde por José Morais.
Em 2004/2005, a última época da era CAF, Rui Santos saiu para o Portosantense a que se seguiram 3 épocas no Nelas.
A época 2008/2009 marcou o seu regresso ao Académico, já na era AVFC. O nosso clube disputava a III Divisão e RS10 marcou 11 golos em 28 jogos. Foi nessa época que marcou o golo mais fantástico da sua carreira! Estávamos no dia 6 de Junho de 2009, o Académico precisava de vencer por duas bolas de diferença, o Anadia, para subir à II Divisão. Luís Costa tinha aberto o marcador ao minuto 50 e quando já poucos acreditavam, Rui Santos disparou um míssil que só parou no interior da baliza de Manuel Gama, o desconsolado guarda redes adversário. Épico!
Em 2009/2010 Rui Santos foi, pela única vez na sua carreira, o melhor marcador da equipa, já que fez 7 golos em 23 jogos, mais um golo que Zé Bastos. Foi uma época agridoce, mais “agri” do que doce. O Académico de Viseu desceu de divisão e Rui Santos teve um castigo de 2 meses – por suposta tentativa de agressão a um árbitro – tendo-se visto afastado da equipa entre a 18ª e a 25ª jornada (2 vitórias, 1 empate e 3 derrotas).
Em 2010/2011 também não foi muito feliz já que fez apenas 6 jogos e 2 golos. Iniciou a época a cumprir castigo (vindo da época anterior) e quando regressou, uma lesão no joelho atirou-o para o estaleiro por mais de seis meses.
Na época 2011/2012, ainda com alguns resquícios da lesão, Rui Santos só à 7ª jornada se estreou. A partir daí foi um dos jogadores mais utilizados alcançando com o Académico a sua segunda subida de divisão.
O seu momento “mais mágico” na última época no Académico (12/13), aconteceu na 5ª jornada, quando entrou ao minuto 27, para virar o resultado de um 0-1, frente ao Pampilhosa, para um 2-1 com golos verdadeiramente mágicos.
“Vítima” de uma revolução no Académico, Rui Santos, o Jibóia como os amigos carinhosamente lhe chamam, disse adeus ao clube. Foi esta a mensagem que deixou na sua página no Facebook:
“Ao fim de tantos anos não era assim que tinha imaginado a minha saída, digo que nem lá perto. Mas pronto, a vida e o futebol dão por vezes voltas que ninguém espera, e há que seguir em frente, triste mas há que seguir”.
Quero agradecer aos verdadeiros academistas e sócios pela força que sempre me transmitiram ao longo destes anos, o meu muito obrigado. E lembrem-se independentemente de quem jogue, de quem treine, de quem dirija os destinos do nosso clube, todos vão passar o Académico será sempre eterno e nosso.
Abraço, e já com saudades...”
Terminou a carreira no Penalva do Castelo (12/14).
Faz hoje 35 anos. Parabéns mágico!
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