Recordar: Sporting 0 – 1 Ac. Viseu

Estádio José de Alvalade, 20 de Janeiro de 1981
17ª Jornada da I Divisão
Árbitro: Fernando Alberto (Porto)
Sporting: Vaz; Barão (José Eduardo, 70), Xavier, Eurico e Inácio; Fraguito, Meneses (Mário Jorge, 52) e Ademar; Freire, Jordão e Manoel.
Ac. Viseu: Hélder; José Manuel, Simões, Emanuel e Sobreiro; Águas, Chico Santos, Rodrigo e Moreira; Flávio (Dinho, 75) e Baltasar (Vinagre, 83). Treinador: Idalino de Almeida.

Golo: Águas 77 (0-1)

21 thoughts on “Recordar: Sporting 0 – 1 Ac. Viseu

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  1. Estive em Alvalade. O jogo foi antecipado para sábado à noite e fazia bastante frio. As bancadas ainda eram em cimento e o traseiro congelava!
    Foi um jogo histórico, também pela falta de garra do Sporting que estava convencido que ganharia facilmente.
    Tudo correu bem ao Académico!
    Falta de inspiração dos adversários, alguma sorte nos lances principais, grande exibição do Hélder e MUITOS ACADEMISTAS NAS BANCADAS, apesar de ser sábado à noite! Houve amigos meus que foram de Viseu à hora do almoço para estarem a tempo: O Custódio, o Zé e o “malagueta” que foram comigo à Churrasqueira do Campo Grande antes de entrarmos. O “malagueta” era o único do Sporting, doente mesmo, mas foi o que mais vibrou e delirou. o Académico acima de todos! O jogo já foi na 17ª jornada e a época do Sporting era para esquecer, apesar de ter o Eurico, o Inácio, Manuel Fernandes, Freire, Jordão, Manoel, etc.
    Foi um dos maiores marcos do nosso Académico.
    No domingo foi a corrida ao Record, o único jornal desportivo que se publicava ao domingo, mas foi grande a decepção. Só se falava do Sporting, de tudo o que tinha feito mal, o que falhara, até parecia que estivera a jogar sozinho! Nem uma palavra elogiosa para a Académico! Para o jornaleiro o Académico teve uma sorte dos diabos, não fez nada mas o Sporting ofereceu-lhe a vitória! Uma vergonha! Uma crónica de um sportinguista ferido e a disparar em todas as direcções! E a RTP desta vez não perdeu as imagens!!! Mas quando anos mais tarde requisitei uma cópia para o arquivo, atenciosamente responderam que logo que fosse possível comunicariam… Até hoje!
    Os tempos agora são outros e já é possível obter vídeos do passado e seria da maior utilidade o Académico solicitar dvd de todos os resumos de jogos e transmissões que foram efectuadas, para memória futura.
    Lumago

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  2. Sr. Lumago, muito obrigado por todas as suas memórias!

    Nasci no final da década de oitenta e portanto obviamente que não me recordo do meu Académico na Primeira Divisão.

    Estes relatos servem para eu aprender um bocado mais sobre o meu Clube. Pena a meu ver, a estrutura actual do Académico não estar preparada para torná-lo de novo grande…

    Saudações Academistas.

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  3. Sr. Lumago, muito obrigado por todas as suas memórias!

    Nasci no final da década de oitenta e portanto obviamente que não me recordo do meu Académico na Primeira Divisão.

    Estes relatos servem para eu aprender um bocado mais sobre o meu Clube. Pena a meu ver, a estrutura actual do Académico não estar preparada para torná-lo de novo grande…

    Saudações Academistas.

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  4. Sr. Lumago, muito obrigado por todas as suas memórias!

    Nasci no final da década de oitenta e portanto obviamente que não me recordo do meu Académico na Primeira Divisão.

    Estes relatos servem para eu aprender um bocado mais sobre o meu Clube. Pena a meu ver, a estrutura actual do Académico não estar preparada para torná-lo de novo grande…

    Saudações Academistas.

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  5. Sr. Lumago, apesar do seu Academismo, o Sr. está errado no dia semanal do jogo, não foi a um sábado, mas sim a uma terça feira. Antigamente o jornal “A Bola” saía às 2ªs, 5ªs e sábados e o “Record” saía às 3ªs, 6ªs e domingos. às 4ªs feiras só havia a “gazeta dos desportos”. Um reparo sem maldade, mas a bem da verdade. Abraço e felicidades para o Académico de Viseu.

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  6. Meus caros, o Académico somos nós todos e o Académico nunca teve estruturas para a 1.ª divisão, não é de hoje. O problema foi sempre esse. Quando houve direcções – honra lhes seja feita – que apostaram tudo porque sabiam que havia uma imensa região ávida de futebol de primeira, a região empresarial não acompanhou! Foi terrível andarmos atrás das empresas para comprarem camarotes/empresa e assim assegurarem uma receita fixa ao Académico. O povo não, esse deu tudo, havia filas na sede do Académico para pagarem as quotas de todo o ano, porque esse foi o apelo feito pela direcção. E havia gente da Guarda, de Lamego, de Tondela, de Seia e até da Covilhã, porque era a maneira de verem futebol de primeira.
    O pior foi o comércio e a indústria que não quis. A Câmara fez o que pôde, mas não deu para cimentar.
    Depois, depois foram as máfias a trabalhar, os protestos dos “grandes” que não queriam ir à “selva” jogar, os jornaleiros dos pasquins desportivos que pela frente sorriam mas por trás queixavam-se das más condições “de trabalho”. Os dirigentes da altura eram paus mandados, basta dizer que o presidente da federação portuguesa de futebol era “escolhido” rotativamente pelo Benfica, pelo Sporting e pelo Belenenses! Que me desculpem o aparte, mas foi uma das razões para eu acabar em portista, desde os anos 60 do século passado, quando na minha família não havia portistas e o Porto não ganhava puto! É que os de Lisboa decidiam tudo, discutiam tudo entre eles e “a paisagem” que se lixasse! Daí até irem jogar ao pelado de Viseu, foi um passo, que se manteve sempre, até conseguirem destruir definitivamente o nosso Académico.
    Mas atenção, com a conivência do Porto (não dá para perdoar ao Pinto da Costa, que sofreu na pele o que os clubes de Lisboa fizeram ao Porto durante décadas e não foi capaz ou não quis dar um murro na mesa pelo Académico, naquele momento em que estava a ser empurrado para fora)e do Boavista (em que o Valentim Loureiro, com fortes ligações a Viseu, fechou os olhos à barbárie que estavam a fazer ao seu clube maior, se calhar em troco de algumas benesses na sua qualidade de sportinguista assumido e, em certa altura quase candidato à presidência do Sporting na era pós João Rocha).
    Quanto a Pinto da Costa, tive oportunidade de falar com ele antes dos acontecimentos que ditaram a derrocada do Académico e ele gostava do nosso clube, fizera até questão de ajudar à nossa festa pela promoção e houve um jogo de apresentação de pré-época, no Fontelo, com a super-equipa do Porto bi-campeão nacional, com Pedroto e com Pinto da Costa na bancada (empate 1-1). As relações eram tão boas que PC referiu que era excelente um clube da Beira Alta na 1.ª divisão e que ele mesmo veria como podia ajudar cedendo alguns jovens para rodarem em Viseu.
    As más gestões seguintes e as máfias acabaram com o sonho, aos depois…
    Há muitas perguntas por fazer e muitas respostas por dar, mas em Portugal pouco ou nada se investiga… É preferivel fazer-se milhões de páginas sobre birrinhas de jogadores ou palermices de técnicos…
    Lumago

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  7. A este último anónimo, não posso dar certezas, já lá vão muitos anos, mas ia jurar que era um sábado. O “malagueta” trabalhava aos sábados até ao meio-dia e meia hora e só depois eles partiram para Lisboa, para se encontrarem comigo à porta da Churrasqueira do Campo Grande para o jogo à noite. Ia jurar que era um sábado, mas… No dia que a notícia diz, 18 de Janeiro, não foi de certeza porque era domingo. Eu acho que foi a 17, mas…
    Se estou errado, mea culpa.
    Lumago

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  8. Aí também concordo, desde que o presidente do Porto foi para presidente da liga o futebol português melhorou e muito.

    Que tal um campeonato do Mondego para cima?

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  9. Meu caro anónimo, o problema não é do campeonato acima do Mondego ou abaixo do Mondego, o problema é do campeonato de Coimbra até ao mar, numa tira de 4 dezenas de quilómetros!!
    Infelizmente Viseu fica a mais!…
    Lumago

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  10. Meu caro anónimo, o problema não é do campeonato acima do Mondego ou abaixo do Mondego, o problema é do campeonato de Coimbra até ao mar, numa tira de 4 dezenas de quilómetros!!
    Infelizmente Viseu fica a mais!…
    Lumago

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  11. Depois de umas férias cá estou de volta e ansioso por ver o nosso academico a rolar. Em relaçao á guerra entre norte e sul .. deixem-me dizer que o norte nao tem os melhores clubes por causa do pinto da costa. Afinal de onde sao os melhores jogadores nacionais? Eduardo, Ric. Carvalho, Bruno Alves, Fabio Coentrao, Pedro Mendes, Ricardo Costa, Raul Meireles m … Simao, hugo almeida. É tudo norte e centro. É o pinto da costa??

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  12. Também me recordo de ouvir no rádio o jogo e de facto não foi ao fim de semana mas sim a uma terça ou quarta à noite. E recordo-me de ouvir bons elogios à equipa do CAF pelos próprios relatores. Foi sem dúvida um dos marcos da CAF na sua passagem pela 1ª divisão. O outro tinha a ver com as assistências aos jogos. No final do campeonato éramos a 3ª equipa com maior nº de assistência: 1º Era o Benfica, depois o Porto e nós logo a seguir.
    Nada comparado com as 300 pessoas que há 15 dias atrás estavam no Fontelo.

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  13. A um sábado não foi. Ia jurar que foi a uma quarta feira, mas admito que possa ter sido a uma 3ª feira. Sei porque foi o unico jogo da 1ª divisão nessa noite, e porque eu tive aulas no dia a seguir e no Liceu toda a gente falava desta proeza. Logo não foi a um sábado nem domingo

    JPaulo

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  14. Se me permitem, e porque era eu o treinador da equipa do CAF (manda a verdade dizer que este clube, infelizmente,acabou em 2005 e por isso o atual Académico não tem cem anos de existência mas apenas nove!),esclareço que o jogo Sporting-Clube Académico de Viseu a contar para o campeonato nacional da primeira divisão – época 1980/81, foi realizado no antigo estádio de Alvalade no dia vinte de Janeiro de 1981, numa terça-feira à noite, teve o seu início às 21horas e o CAF venceu por uma bola a zero, tendo o golo sido marcada por Carlos Marta “Águas” (ex-presidente da Câmara M. de Tondela)aos 30 minutos de jogo da segunda parte, ou seja aos 75 minutos de jogo. Era presidente do CAF o Sr. Joaquim Ferreira, sendo o capitão da equipa o Rodrigo e o secretário técnico João Bastos, dois dos maiores jogadores de sempre naturais de Viseu, tal como era o senhor Mário Vasconcelos, treinador de rija têmpera e que trabalhava comigo. Abraço para eles e demais jogadores de então, assim como para todos os antigos e atuais academistas. Idalino Almeida (sócio nº 108 do atual Académico de Viseu Futebol Clube)

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  15. Tenho imenso respeito por si, por tudo o que representou/representa para o Académico de Viseu, mas não concordo consigo. O Académico de Viseu Futebol Clube tem 9 anos com esta designação, mas tem 100 anos de vida. Mudou de designação mas é o meu clube de sempre.

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  16. Essa discussão do ser ou não um clube centenário vai durar gerações, mas o tempo vai acabar por “diluir” essa discussão.

    Aquele símbolo, magnifico e inigualável tem 100 anos, o nome ” Académico de Viseu” tem 100 anos, os números de sócios mantiveram-se, os troféus e documentos estão na sede, portanto caros Academistas, essa questão dos 9 ou 100 anos não é para nós os que gostamos do clube.

    João Nunes sócio 100 do Académico.

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