Campo Engenheiro Carlos Salema, 20 de outubro de 2013
3ª Eliminatória da Taça de Portugal
Árbitro: Fábio Veríssimo (Leiria)
Oriental: Botelho, Carlos Alves, João Amorim, Daniel Almeida, Hugo Grilo, Tom, Jaime Seidi, Tiago Mota (Pedro Lopo, 76), Ballack (Pedro Alves, 73), Mauro Bastos e Sebastião Nogueira (Anderson, 84. Treinador: João Barbosa.
Ac. Viseu: Ricardo Janota; Tiago Rosa, Tiago Gonçalves, Paulo Monteiro e Leonel (Cafú, 68); Capela (Marco Lança, int), João Martins e Bruno Loureiro; Luisinho, Ouattara (Zé Rui, int) e Diogo Alves. Treinador: Filipe Moreira.
Expulsões: Carlos Alves 90+4 e Zé Rui 93
Golos: Sebastião Nogueira 38 (1-0), Cafú 90+4 (1-1)
Grandes penalidades: 0-1 Diogo Alves, 0-1 Pedro Alves (poste), 0-2 Marco Lança, 1-2 Mauro Bastos, 1-3 Cafú, 2-3 Pedro Lopo, 2-4 Paulo Monteiro, 3-4 Anderson, 3-5 João Martins.
O Académico de Viseu empatou no último lance da segunda parte e depois manteve o sangue frio nos penalties para quebrar uma bem organizada formação do Oriental, num intenso embate da V jornada da Taça de Portugal este Domingo.
Os Viseenses chegaram sob pressão ao Estádio Engenheiro Carlos Salema – penúltimos na Segunda Liga e com a figura principal, o central Cláudio, ainda de fora lesionado.
Como era sua obrigação, o Académico começou controlador, com mais posse de bola do que os da casa, actuais terceiros classificados da Série G do campeonato nacional de séniores.
Porém, com Ouattara e Luisinho nas alas e o ponta de lança Diogo Alves algo solitário, criaram poucas chances na primeira parte, à excepção de um livre de Leonel.
“Mais que um clube,” lê-se na cobertura do Estádio do Oriental, o mesmo lema que está gravado na casa do Barcelona em Camp Nou.
A imagem de marca do Oriental pode não ser o ‘tiki taka’ de ‘La Masia’ mas os blaugrana de Marvila foram sempre uma equipa muito aguerrida e aplicada que, com uma eficaz pressão alta, deram pouco espaço ao meio campo Academista.
E foram recompensados cinco minutos antes do intervalo, num contra-ataque veloz. Sebastião Nogueira puniu um mau alívio de cabeça da defesa do Académico com um irrepreensível volley de primeira para o 1-0.
Insatisfeito, o treinador Filipe Moreira substituiu Ouattara e Capela por Marco Lança e Zé Rui no intervalo e na segunda parte só deu Académico, que se instalou definitivamente no campo do adversário.
Luisinho destacou-se, disparando com estrondo contra a trave e um pouco depois contra o poste.
O Oriental manteve a disciplina táctica durante todo o jogo e parecia encaminhado para a vitória quando, com o cerca de um milhar dos seus adeptos de pé prontos a celebrar a qualificação, o Académico ganhou um livre perigoso à entrada da área já em tempo de desconto profundo.
Cafu foi o herói quando atacou a bola e chegou primeiro a uma defesa incompleta do guarda redes do Oriental Marco Botelho, empurrando à boca da baliza para a loucura dos jogadores e do banco do Académico.
A partir daí, o sangue aqueceu numa agradável tarde Outono no pitoresco recinto que oferece uma vista privilegiada sobre o Tejo.
Carlos Alves do Oriental levou vermelho directo por protestos depois do empate e nos primeiros instantes do prolongamento Zé Rui também foi expulso por uma alegada cotovelada, ficando 10 contra 10 na última meia hora.
O Oriental pressionou mais nos últimos minutos, desperdiçando vários cantos e um golo fácil por intermédio de Mauro Bastos.
O possante avançado de 34 anos aproveitou uma infantilidade da fatigada defesa do Académico, ganhou três ressaltos consecutivos, e apareceu cara-a-cara com o guarda redes Ricardo Janota mas rematou fraco e à figura, para desespero total dos adeptos da casa.
Ainda estava a multidão de mãos na cabeça quando soou o apito a anunciar as penalidades.
Com todos os jogadores abraçados ombro-a-ombro no meio campo e com o Oriental a enviar o primeiro penalty contra o poste, os Academistas fizeram um trabalho irrepreensível da marca de nove metros.
Destaque para o defesa esquerdo Marco Lança que não marcava um golo desde os juniores e celebrou o seu penalty de forma peculiar, parando e erguendo os dois braços em jeito de desafio, como que anunciando a estocada final que aí vinha.
Foi João Martins, que lutou muito no meio campo durante todo o jogo, que a desferiu, dando alas à correria, aos abraços e à festa.
Esqueçam as noites de Champions, o futebol é Taça.
Crónica de Daniel Alvarenga a quem A MAGIA DO FUTEBOL agradece. Bem-haja!
Notas aos jogadores (responsabilidade de A MAGIA DO FUTEBOL):
3,5 – Cafu
2,5 – Ricardo Janota, Tiago Rosa, Tiago Gonçalves, Paulo Monteiro, Leonel, João Martins, Bruno Grou, Luisinho, Diogo Alves, Marco Lança, Zé Rui
2 – Capela, Ouattara
Comentários Recentes