Recordar: Amora 2 – 0 Ac. Viseu

Campo da Medideira, 25 de Novembro de 1980
10ª Jornada da I Divisão
Árbitro: Silva Pereira (Porto)

Amora: Jorge; Rebelo, Figueiredo, José Mendes e Hélder; Arnaldo, Narciso (Manuel Fernandes, 23) e Pereirinha (Coutinho, 75); Jorge, Pinto e Francisco Mário.

Ac. Viseu: José Pereira; José Manuel, Emanuel, Simões e Sobreiro; Moreira, Rodrigo (c) e Inaldo; Vinagre (Baltasar, 68), Gerúsio e Ramalho (Flávio, int). Treinador: José Moniz

Golos: Jorge 28 (1-0), Jorge 57 (2-0)

3 thoughts on “Recordar: Amora 2 – 0 Ac. Viseu

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  1. Este foi um jogo na “caixa de fósforos” do Amora, um campo pequeno e mal amanhado. O Amora era uma espécie de sucursal do Benfica e por isso não era de estranhar que conseguisse alguns bons resultados. O Académico jogou muito mal, com perdas de bola de bradar aos céus e o homenzito barrigudo que se vê ao fundo, se bem me lembro, também ajudou à missa com uns livres muito manhosos junto da área. Enfim, o costume.

    A verdade nua e crua era que os clubes de Lisboa (e do Porto também, mas em menor alarido) não queriam equipas do interior do país na 1.ª divisão! E ponto final!
    Era longe, as estradas muito más, as estruturas hoteleiras deixavam a desejar, o litoral é que era bom! Os jornais desportivos também não gostavam, estão a topar, as comezainas e as noitadas eram mais difíceis no interior, onde não havia animação… Não sei se estão a ver!
    Logo, ambiente hostil para o Académico, como para o Covilhã, como para o Lusitano de Évora ou mais tarde para o Chaves o Campomaiorense… Tudo tinha de ser varrido do mapa para os importantes andarem junto à praia a cuidar do bronze. Recordo-me a dificuldade imensa em contratar um jogador mais do top, que torcia o nariz quando se falava de Viseu! Para eles era ir jogar para a selva, lá muito longe de tudo!

    Meus Amigos, os feitos daquelas equipas do Académico foram heróicos! Mesmo contra tudo e contra todos! As direcções eram obrigadas a abrir os cordões à bolsa para trazer jogadores de alguma experiência.
    Hoje ninguém pensa nisso, mas olhem bem, com olhos de ver e digam-me QUANTAS EQUIPAS DO INTERIOR HÁ NA 1.ª DIVISÃO? QUANTAS?
    Agora recuem 30 anos e imaginem!
    Academistas, aqueles tempos, apesar de todos os erros cometidos pelas direcções e que não podem ser branqueados nem esquecidos, foram HERÓICOS!
    E os milhares de viseenses e de beirões que acompanhavam o clube em tudo e o viviam por dentro, foram parte dessa história, com um imenso orgulho.
    É essa luta que agora se trava. É preciso chamar todos os beirões ao Académico e retomar a caminhada. Contra tudo e contra todos, se necessário!

    Lumago

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  2. Este foi um jogo na “caixa de fósforos” do Amora, um campo pequeno e mal amanhado. O Amora era uma espécie de sucursal do Benfica e por isso não era de estranhar que conseguisse alguns bons resultados. O Académico jogou muito mal, com perdas de bola de bradar aos céus e o homenzito barrigudo que se vê ao fundo, se bem me lembro, também ajudou à missa com uns livres muito manhosos junto da área. Enfim, o costume.

    A verdade nua e crua era que os clubes de Lisboa (e do Porto também, mas em menor alarido) não queriam equipas do interior do país na 1.ª divisão! E ponto final!
    Era longe, as estradas muito más, as estruturas hoteleiras deixavam a desejar, o litoral é que era bom! Os jornais desportivos também não gostavam, estão a topar, as comezainas e as noitadas eram mais difíceis no interior, onde não havia animação… Não sei se estão a ver!
    Logo, ambiente hostil para o Académico, como para o Covilhã, como para o Lusitano de Évora ou mais tarde para o Chaves o Campomaiorense… Tudo tinha de ser varrido do mapa para os importantes andarem junto à praia a cuidar do bronze. Recordo-me a dificuldade imensa em contratar um jogador mais do top, que torcia o nariz quando se falava de Viseu! Para eles era ir jogar para a selva, lá muito longe de tudo!

    Meus Amigos, os feitos daquelas equipas do Académico foram heróicos! Mesmo contra tudo e contra todos! As direcções eram obrigadas a abrir os cordões à bolsa para trazer jogadores de alguma experiência.
    Hoje ninguém pensa nisso, mas olhem bem, com olhos de ver e digam-me QUANTAS EQUIPAS DO INTERIOR HÁ NA 1.ª DIVISÃO? QUANTAS?
    Agora recuem 30 anos e imaginem!
    Academistas, aqueles tempos, apesar de todos os erros cometidos pelas direcções e que não podem ser branqueados nem esquecidos, foram HERÓICOS!
    E os milhares de viseenses e de beirões que acompanhavam o clube em tudo e o viviam por dentro, foram parte dessa história, com um imenso orgulho.
    É essa luta que agora se trava. É preciso chamar todos os beirões ao Académico e retomar a caminhada. Contra tudo e contra todos, se necessário!

    Lumago

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  3. Este foi um jogo na “caixa de fósforos” do Amora, um campo pequeno e mal amanhado. O Amora era uma espécie de sucursal do Benfica e por isso não era de estranhar que conseguisse alguns bons resultados. O Académico jogou muito mal, com perdas de bola de bradar aos céus e o homenzito barrigudo que se vê ao fundo, se bem me lembro, também ajudou à missa com uns livres muito manhosos junto da área. Enfim, o costume.

    A verdade nua e crua era que os clubes de Lisboa (e do Porto também, mas em menor alarido) não queriam equipas do interior do país na 1.ª divisão! E ponto final!
    Era longe, as estradas muito más, as estruturas hoteleiras deixavam a desejar, o litoral é que era bom! Os jornais desportivos também não gostavam, estão a topar, as comezainas e as noitadas eram mais difíceis no interior, onde não havia animação… Não sei se estão a ver!
    Logo, ambiente hostil para o Académico, como para o Covilhã, como para o Lusitano de Évora ou mais tarde para o Chaves o Campomaiorense… Tudo tinha de ser varrido do mapa para os importantes andarem junto à praia a cuidar do bronze. Recordo-me a dificuldade imensa em contratar um jogador mais do top, que torcia o nariz quando se falava de Viseu! Para eles era ir jogar para a selva, lá muito longe de tudo!

    Meus Amigos, os feitos daquelas equipas do Académico foram heróicos! Mesmo contra tudo e contra todos! As direcções eram obrigadas a abrir os cordões à bolsa para trazer jogadores de alguma experiência.
    Hoje ninguém pensa nisso, mas olhem bem, com olhos de ver e digam-me QUANTAS EQUIPAS DO INTERIOR HÁ NA 1.ª DIVISÃO? QUANTAS?
    Agora recuem 30 anos e imaginem!
    Academistas, aqueles tempos, apesar de todos os erros cometidos pelas direcções e que não podem ser branqueados nem esquecidos, foram HERÓICOS!
    E os milhares de viseenses e de beirões que acompanhavam o clube em tudo e o viviam por dentro, foram parte dessa história, com um imenso orgulho.
    É essa luta que agora se trava. É preciso chamar todos os beirões ao Académico e retomar a caminhada. Contra tudo e contra todos, se necessário!

    Lumago

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