Antevisão 20ª jornada: FC Pampilhosa x Ac. Viseu FC

Depois da derrota na pretérita jornada frente a um adversário directo, o Académico defronta no próximo domingo o líder, FC Pampilhosa. Um adversário que ainda não perdeu no seu reduto, o que desde logo faz prever as dificuldades que os pupilos de António Borges irão enfrentar.
E face a tantos indisponíveis, – Augusto, Guima e Marco Almeida (lesão); Fernando Ferreira e Rui Santos (castigo), – terá de ser um Académico unido, muito unido aliás, cheio de raça que se tem de apresentar no domingo, de modo a ambicionar um resultado positivo. Os viseenses não podem de maneira nenhuma entrar no jogo como fizeram frente ao O. Bairro, onde deram claramente, 45 minutos de avanço ao adversário.

Mas a esperança contínua, e nós continuamos acreditar que é possível.
Força Académico!

Árbitro: Pedro Maia, A.F. Porto (jogo sem observador)

Horário: Domingo, dia 21/02, às 15h

Estádio Germano Godinho

Rui Marcos: "Tem da haver mais atitude"

Rui Marcos Traqueia Videira Nunes, 34 anos, natural de Estarreja, distrito de Aveiro, é o guarda-redes titular do Académico na actualidade. Entrou em Janeiro, depois da lesão de Augusto, e superou o colega Paulo Freitas na luta pela titularidade nas duas últimas partidas.
O guardião começou por sublinhar a vontade com que está no Fontelo.
“Estou no clube que quis e que escolhi. Rescindi com o Beira-Mar para vir para o Académico de Viseu apesar de ali ser a minha casa. Tinha mais propostas de clubes da 2.ª Nacional, como o Esmoriz ou o Vizela mas o convite do Académico apareceu na altura certa”.
Rui Marcos fala do balneário que encontrou no Académico e como foi ‘praxado’ pelos colegas.
“Encontrei um balneário alegre, até me fizeram uma praxe logo no 1.º dia, coisa que para mim foi nova porque também nunca entrei a meio de uma época num clube novo, com um grupo já feito. Há aqui gente muito jovem, com talento, e outros já com experiência no futebol. Os jogadores, mais do que ninguém, sentem os resultados e é óbvio que estamos tristes”.
Sobre o facto de se ter estreado logo a titular, o guarda-redes não se mostrou surpreendido e elogiou a ‘concorrência’.

“É uma boa pergunta mas não posso dizer que me tenha surpreendido. Eu vim para trabalhar e se sou opção do mister tenho que dar o meu melhor. É para isso que qualquer jogador trabalha. O Augusto e o Paulo Freitas são dois grandes guarda-redes, muito experientes. O Augusto infelizmente teve uma lesão complicada e isso acabou por me trazer para o Académico porque nenhum clube tem 3 guarda-redes com esta experiência. O Paulo Freitas tem sido um grande companheiro nestas duas semanas, é um bom colega e amigo”.
Com contrato só até final desta temporada, Rui Marcos não revela se pretende manter-se no Académico porque não quer fazer ‘futurologia’.
“Não quero fazer futurologia. Ninguém sabe o dia de amanhã. O que posso dizer é que terei sempre o maior empenho nos treinos e nos jogos para ser opção do treinador. Se não o for só tenho de apoiar os meus colegas e aguardar a minha vez”.
Acabar a carreira no Fontelo também está fora de hipótese para o guardião porque este ‘ainda não pensa em arrumar as luvas’.
Tenho 34 anos mas não me sinto com essa idade.”.
Sobre o comportamento da equipa, o guardião aveirense aponta para a necessidade de maior agressividade e de mais oportunidades para concretizar.
“Vejo uma equipa com bons princípios de jogo mas que lhe falta alguma capacidade para criar mais oportunidades para finalizar. Foi o caso do jogo contra o Oliveira do Bairro. Acho que precisamos de ser mais agressivos. Tem de haver mais atitude. Fizemos 45 minutos muito maus naquele jogo. Viu-se, na 2.ª parte, que se tivéssemos outra atitude eles tremiam. Demos 2 golos de avanço”.
Rui Marcos revela-se como um guarda-redes ‘frio, tranquilo e experiente’ e destacou ainda a boa ligação que já tem com os defesas da equipa, sobretudo com os centrais Jonas e Tiago Gonçalves.

Vitor Ramos in Diário de Viseu

Palavras dos outros XLVI

“…Mas, explicada ou não, necessitando ou não de explicação, a verdade é que tive um diário. Obviamente que, naquele tempo, aquilo que eu desejava escrever para deixar um registo para o futuro não era propriamente desabafos de como a vida era difícil ou de como me sentia ora ignorado ora esperançado pela rapariga dos olhos azuis. Mas vá, também não andava muito longe disso. O que eu fazia questão de registar era as minhas temporadas no Championship Manager, jogo a jogo. Lembro-me perfeitamente de épocas de glória a treinar o Falkirk da Escócia e, claro, o Académico de Viseu que, nesses tempos, ainda militava naquela que se chamava na altura a II Divisão de Honra.
Confessava ao diário os meus sentimentos. Sentia que o Zé Duarte não estava a dar tudo no campo e que, apesar de ser o capitão, devia dar lugar a outro central. Segredava que tinha escolhido uma má táctica naquele jogo em Alverca. Partilhava, carimbando o texto com uma lágrima, o desespero por vitórias e melhores exibições. Só o diário me compreendia, quando todo o mundo me dizia que “é só um jogo”…”

In O Pantomineiro

Oliveira do Bairro 2-1 Académico de Viseu

Oliveira do Bairro: Ivo, Hugo Justiça, Xavier, Rui Castro, Leandro, Éder, Hugo Paulo, Miguel Tomás (Allan, 86), Alexis, Joel (Jean, 78) e Rato (Paulo Costa, 81). Treinador: Amorim Nunes.

Académico de Viseu: Rui Marcos, Rúben (Hugo Seco, int), Tiago Jonas, Tiago Gonçalves, Marcelo Henrique (Filipe, 58), Calico, Marco Almeida, Álvaro, Tomé, Éverson e Zé Bastos. Treinador: António Borges.

Golos: Rato 31 (1-0), Xavier 45 (2-0), Marco Almeida 76 (2-1)

Foi um Académico de Viseu na expectativa que surgiu estar tarde em campo perante um Oliveira do Bairro mais pressionante e que chegou ao golo por intermédio de Nélson Rato. O Académico reagiu após o golo dos “bairradinos” mas não conseguiu chegar ao golo. Xavier, numa insistência após um pontapé de canto, fez o 2-0. Um Académico sem meio campo perdia por dois golos ao intervalo. Não era escandalosa a derrota mas sim a qualidade de jogo do Académico de Viseu que, se não era zero, andava lá muito perto. Mau demais para ser verdade.

O Académico da segunda parte foi muito mais operante – era difícil fazer pior – carregou à procura do golo que o devolveria à partida mas, nas suas costas, ia abrindo espaços que o Oliveira do Bairro podia aproveitar para sentenciar a partida. É, felizmente, o Académico que chega ao golo por intermédio de Marco Almeida na conversão de um livre directo (77). O Académico tinha pela frente mais 15 minutos para procurar o golo mas foi incapaz de o alcançar. O Académico com esta derrota desce até ao antepenúltimo lugar com 20 pontos, está a apenas um ponto do 12º lugar – que poderá ou não dar a manutenção – e a 3 pontos do Marinhense que é o 11º classificado e que tem vantagem sobre o Académico em caso de desempate.

Melhor em campo: Marco Almeida -2,5- foi melhor na segunda parte quando desceu para a posição de defesa direito. O melhor do Académico sobretudo pelo golo que marcou e que não permitiu que o Oliveira do Bairro tivesse vantagem sobre o Académico no confronto directo.

Outras notas: Rui Marcos (2), Rúben (1,5), Tiago Jonas (2), Tiago Gonçalves (2), Marcelo Henrique (1,5), Calico (1,5), Álvaro (2), Tomé (2), Éverson (1,5), Zé Bastos (1,5), Hugo Seco (1,5), Filipe (1,5)

Nota: Texto elaborado tendo por base o relato da Estação Diária.

Antevisão 19ª jornada: O. Bairro SC x Ac. Viseu FC

Depois do resultado negativo no passado domingo, o próximo jogo do Ac. Viseu será frente ao O. Bairro. Um jogo aguardado com alguma esperança pelos adeptos viseenses, dado ser um adversário directo na luta pela manutenção. O Académico ainda com bastantes baixas, acrescentando ainda o impedimento de F. Ferreira (2 jogos de suspensão), mas já podendo contar com Álvaro, irá tentar lutar, certamente, pelos três pontos. Não vai ser fácil, até porque dos 17 pontos que a equipa do O. Bairro tem, quase a totalidade dos mesmos, foram alcançados na sua casa, no estádio municipal de Oliveira do Bairro.
Vamos acreditar que é possível. Força Académico!

Árbitro do encontro: Ricardo Oliveira, A.F. Lisboa

Horário do jogo: Domingo, dia 14/02, pelas 15h

"O Académico vai conseguir a manutenção"

O treinador-adjunto do clube viseense, Carlos Ferreira, concorda que “o próximo jogo é importante e o Académico vai a Oliveira do Bairro para ganhar os três pontos”.
Dada a elevada quantidade de jogadores indisponíveis por estarem lesionados e/ou castigados e questionado como irá ultrapassar os obstáculos que vão ser colocados pelo adversário, o técnico, afirma que “dentro do plantel que está disponível terão de ser encontradas as soluções para que a equipa possa chegar à vitória”.
Acrescenta que “só fazem falta os jogadores que estão disponíveis e tendo em conta o seu valor e o seu empenhamento. As esperanças de regressar com pontos da viagem a Oliveira do Bairro, são fundadas”

Questionado sobre os últimos resultados obtidos pelo Académico, Carlos Ferreira, não concorda que tenha havido retrocesso, considerando “que apesar das ausências de alguns dos titulares, a prestação exibicional não retrocedeu, apenas têm acontecido factores que não podemos controlar, como é evidente”.
Quanto ao futuro, o adjunto de António Borges não tem dúvidas de que “o Académico vai conseguir a manutenção, já que os jogadores estão a trabalhar bem e melhores dias e resultados irão chegar em breve”. Em seu entender, “os viseenses devem acreditar e incentivar a equipa para chegar ao objectivo que é de todos nós, ou seja, conseguir a permanência”.

Sobre a ‘crise’ que abala o plantel necessitado de se ‘reforçar’ para colmatar as faltas, Carlos Ferreira, admite que “isso é complicado, pois nesta altura não há no mercado jogadores disponíveis e acessíveis ao orçamento do clube”. Garante que o actual plantel “vai ser suficiente para atingir os objectivos”.
Lembrou, ainda, que para o próximo jogo “o Académico de Viseu já vai contar com Álvaro para ajudar a equipa a vencer em Oliveira do Bairro a equipa da casa que também não está tranquila na tabela classificativa e, entretanto, reaparecerão os restantes lesionados, bem como os castigados, voltando a normalidade ao grupo de trabalho”.

Silvino Cardoso in Diário de Viseu

Rui Santos arrisca suspensão longa

Como se esperava, o polémico encontro entre Tourizense e Académico de Viseu, que terminou com uma igualdade a um golo, um penálti inexistente para os da casa e agressões na bancada, continua e continuará a dar que falar.
O capitão dos academistas, Rui Santos, que acabou expulso no meio da discussão após o penálti que deu a igualdade ao Tourizense, foi suspenso preventivamente pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e será alvo de processo disciplinar com base no artigo nº109 do regulamento de disciplina da FPF, relativo a agressão ou tentativa de agressão ao árbitro ou outro elemento da equipa de arbitragem do jogo.
Rui Santos, em declarações ao Diário de Viseu, refere sentir-se ‘injustiçado’.
“É uma grande injustiça que me estão a fazer. Não sei porque me estão a fazer isto. Simplesmente me dirigi ao árbitro auxiliar que assinalou a grande penalidade, como capitão, tentando explicar-lhe que o lance ocorreu fora da grande área. Naquela situação, com o aproximar dos meus colegas, ter-me-ei encostado a ele apenas. Depois o árbitro dá-me o cartão vermelho sem qualquer tipo de justificação. Estou de consciência tranquila, não sei qual o motivo deste processo nem o que o árbitro alega para me ter mostrado vermelho”.

“Já pensei abandonar”
Confrontado com a possibilidade de ficar, no mínimo, seis meses suspenso, o capitão não coloca de parte o cenário de abandonar o futebol. “Já me passou isso pela cabeça mas para já vamos esperar pela comunicação da Federação para que o clube possa agir em conformidade. Não quero acreditar que me façam isso pois ainda acredito na justiça”.
O jogador do Académico de Viseu incorre numa pena entre seis meses e quatro anos se, de alguma forma, for deliberado que Rui Santos agrediu o auxiliar. No caso do processo deliberar que houve apenas tentativa, o mínimo aplicável é de três meses e o máximo de dois anos. Se o jogador tivesse contrato profissional incorreria ainda numa multa entre os mil e os 2 mil euros.
Também António Borges saiu multado do jogo com o Tourizense. Segundo o comunicado do CD da FPF, o técnico terá de pagar 150 euros por “protestar uma decisão da equipa de arbitragem”.
António Borges confirma que foi advertido durante o encontro mas apenas por “sair da área técnica para perceber o estado de saúde do Everson, uma vez que não havia médicos nas duas equipas”.

Vitor Ramos in Diário de Viseu

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