O Fevereiro academista

Foto: ViseuFlash
Na última jornada de Janeiro o Académico era terceiro classificado, na última jornada de Fevereiro o Académico continua na terceira posição. Apesar de em Fevereiro o Académico apenas ter conseguido 4 pontos (4 empates) a verdade é que não perdeu muito terreno, ficou mais distante do primeiro lugar, a diferença era de um ponto e neste momento é de quatro, mas manteve a distância sobre o 7º classificado, em Janeiro a diferença cifrava-se nos seis pontos tal como em Fevereiro.

Calico, Marcos, Feliciano e Negrete – o quarteto defensivo – jogaram os minutos todos de todos os jogos efectuados no mês de Fevereiro façanha apenas igualada por Zé Bastos. Nuno foi o terceiro jogador que mais minutos jogou neste mês – 270 embora não tenha participado no último jogo. Carlos Santos foi usado nos 4 jogos mas só actuou 90 minutos num deles enquanto que André Barra e Valério apesar de terem actuado em todos os jogos não completaram uma única partida. De todos os jogadores usados este mês Lopes foi o que menos oportunidades teve de se mostrar pois só jogou 16 minutos com o Valonguense. Cabido – ainda não se estreou -, Megane, João Miguel e Zé Teixeira passaram o mês de Fevereiro sem entrarem em campo pelos mais variados motivos.

11 amarelos é este o pecúlio disciplinar do Académico de Viseu em Fevereiro. Negrete e Zé Bastos viram a cartolina amarela por duas vezes cada, Beaud, Sani, Calico, Manuel Fernandes, André Barra, Feliciano e Álvaro completam o ramalhete.
Num mês em que o Académico de Viseu empatou todos os seus jogos o saldo entre golos marcados e golos sofridos é nulo: 3-3. os golos academistas foram apontados por Negrete, Carlos Santos e Alex. Curiosamente os 3 golos sofridos foram-no por Nuno, Manuel Fernandes manteve a baliza inviolável.

Sani saneou o ataque tondelense

ACADÉMICO DE VISEU 0 Tondela 0
Sani – Foi, no meu entender, o melhor em campo do Académico de Viseu. Não fez um jogo extraordinário, longe disso, mas esteve sempre ou quase sempre no caminho da bola. Na segunda parecia um autêntico bombeiro ocorrendo a todos os focos de incêndio causados pelos tondelenses. Às 18H00 lá estava ele, tal como eu, na Central de Camionagem para regressar a Lisboa. Veio de consciência tranquila.
Manuel Fernandes – Começou por largar uma bola que lhe veio à figura embora com muita violência. Depois viu o cartão amarelo da ordem ao sair dos postes para efectuar uma falta junto à linha lateral. No resto mostrou-se igual a ele próprio, seguro e destemido.

Calico – Tentou subir pelo seu flanco na primeira parte mas sem grande perigo. Na segunda parte sentiu algumas dificuldades com a velocidade contrária mas não comprometeu.

Feliciano – Seguro e autoritário q.b.

Marcos – Alguns cortes providenciais. Tentou sair a jogar por um par de vezes mas sem grande sucesso.

Negrete – Ele que normalmente era o central que actuava sobre o lado direito é agora o lateral esquerdo. Exibição sem equívocos, se bem que raramente passou o meio campo defensivo o que é perfeitamente compreensível.

Álvaro – Foi, a par de Zé Bastos, um dos mais rematadores da equipa e teve alguns passes a rasgar a defesa contrária que não foram aproveitados. Numa segunda parte de menor fulgor acabou substituído por lesão. Que recupere bem.

Valério – Ponto alto da exibição o facto de ter participado na melhor jogada em todo encontro por parte do Académico. Ele e Cardoso tiveram duas situações verdadeiramente caricatas: numa primeira ocasião e num livre sobre a direita desentenderam-se na marcação da falta e sai contra ataque para o Tondela, pouco depois repetiram a dose num canto marcado à maneira curta. Na segunda parte esqueceu-se demasiadas vezes de ajudar Negrete a fechar o flanco, eu vi e Idalino de Almeida também e por isso retirou-o do terreno.

Cardoso – Foi tão culpado como Valério nas situações narradas em cima. Foi mesmo assim dos melhores do Académico de Viseu na primeira parte com boas aberturas para os seus companheiros. Pedia muitas vezes a bola, quase implorava que lhe a endossassem mas a jogada era quase sempre a mesma – futebol directo. Descaiu de produção na segunda parte e saiu.

Alex – Marcou o golo em Castro Daire frente ao Social Lamas mas ainda não caiu no goto dos academistas. Falhou um “golo cantado” logo no início e não mais se recompôs. Demasiado lento a soltar a bola. Que tenha sido apenas um dia mau.

Zé Bastos – A habitual vontade e uma oportunidade que o Bastogol de Agosto e Setembro não enjeitava. Perde-se em correrias desnecessárias não por culpa sua mas sim porque é assim que a bola lhe é colocada. Teve uma atitude curiosa: Alex com Álvaro opta mal pelo remate, o público não gostou mas o Zé pediu palmas para o seu colega!

Carlos Santos – Entrou, pegou nos cordelinhos do jogo, jogou, fez jogar, rematou, mas não foi feliz.

André Barra – Goste-se ou não do André a verdade é que deu outra consistência ao lado esquerdo se bem que os efeitos práticos tenha sido nulos.

Márcio – Entrou, deu velocidade ao jogo mas agarrou-se muito à bola e mesmo quando derrubado em falta o árbitro não marcava

Neste dia

A 26 de Fevereiro de 1964, passaram 44 anos, o Sporting deslocou-se a Inglaterra para defrontar o Manchester United para a 1ª mão dos quartos de final da Taça das Taças. Resultado final: 4-1.

Manchester United: Gaskell, Brennan, Dunne, Crerand, Foulkes, Setters, Herd, Stiles, Bobby Charlton, Law (c) e George Best. Treinador: Matt Busby.


Sporting: Carvalho; Pedro Gomes e Hilário; José Carlos, Alexandre Baptista e Alfredo; Osvaldo Silva, Fernando Mendes (c), Figueiredo, Geo e João Morais. Treinador: Gentil Cardoso.

Golos: Law 22 (1-0), Bobby Charlton 40 (2-0), Law 60 g.p. (3-0), Osvaldo Silva 65 (3-1), Law 73 g.p. 84-1).

Outros resultados europeus da época 1963/1964:
Atalanta 2 Sporting 0
Sporting 3 Atalanta 1
Sporting 3 Atalanta 1
Sporting 16 APOEL 1
APOEL 0 Sporting 2

"Tetra" empate

Académico de Viseu: Manuel Fernandes, Calico, Marcos, Feliciano, Negrete, Sani, Valério (André Barra 61), Álvaro (Márcio 70), Cardoso (Carlos Santos 57), Alex e José Bastos. Treinador: Idalino de Almeida.

Tondela: Mikael, Filipe, Mauro, João Paulo, Dani, Carlos Miguel (Barca 80), Xico, Osvaldo, China (Steven 53), Beré e Phil Jackson (Carlos Almeida 90). Treinador: João Bento.

Cartões amarelos: Manuel Fernandes 30, Barra 62, Feliciano 64, Álvaro 66 E Zé Bastos 90 (Académico) ; Mauro 15 (Tondela)

Foto: Diário Regional
ACADÉMICO DE VISEU 0 Tondela 0
Remates:
AVFC – 12 (6+6)
Tondela – 9 (4+5)

Remates à baliza:
AVFC – 2 (1+1)
Tondela – 4 (2+2)

Cantos:
AVFC – 14 (4+10)
Tondela – 4 (4+0)

Faltas:
AVFC – 16 (6+10)
Tondela – 13 (7+6)

Foras de jogo:
AVFC – 4 (2+2)
Tondela – 3 (2+1)

Tarde agradável para a prática do futebol, relvado bem tratado, bancadas com muito mais espectadores que certos jogos da nossa liga principal – por muitos que outros o queiram negar estupidamente – e estavam lançados os dados para um bom jogo.
O Académico apresentou-se no 4x4x2 habitual com losango no meio campo: Manuel Fernandes na baliza; Calico na direita da defesa e Negrete no lado contrário, com a dupla de centrais entregue a Feliciano e Marcos; no meio campo Sani – o melhor academista em campo – a trinco com Álvaro descaído para a direita, Valério para a esquerda e Cardoso no vértice ofensivo; no ataque o pouco inspirado Alex e o perdulário Zé Bastos.

Foi o Académico que começou melhor e logo aos 3 minutos podia chegar ao golo quando Álvaro ganha uma bola que parecia controlada por um defesa contrário e coloca em Alex que “apenas” tinha que empurrar para a baliza mas que falha… a bola! Pouco depois é o Tondela que quase marca num potente remate que Manuel Fernandes não segura e que Marcos afasta para a linha de fundo. Numa toada de parada e resposta é de novo o Académico que chega com perigo, na melhor oportunidade em todo o encontro, com Zé Bastos isolado sobre a direita a rematar para defesa do guardião tondelense, aos 17 minutos é de novo o Tondela que fica perto do golo com a bola a beijar o poste direito da baliza de Manuel Fernandes. A partir daí e até ao intervalo só deu Académico, Álvaro com tempo para tudo atirou para as núvens, Zé Bastos aguentou uma carga e atirou por cima, até que aos 43 minutos chega a melhor jogada academista de todo o encontro, num contra ataque em que a bola passou por Cardoso, Bastos, Valério e Álvaro com este último a atirar bem rente ao poste. Chegava ao fim a primeira parte com o resultado algo injusto para o Académico se bem que o Tondela também se tenha mostrado bem afoito.
Na segunda parte e em apenas 7 minutos o Académico ganhou 4 cantos e estava lançado o mote para uma segunda parte de muito querer do Académico mas pouca clarividência na hora de atirar à baliza. “Goleou” em cantos, mas os remates à baliza foram quase todos inconsequentes – só Alex acertou na baliza – enquanto que o Tondela apesar de ter jogado na expectativa era bem mais perigosos quando se abeirava da baliza de Manuel Fernandes, sempre em contra ataque, se bem que tenha ficado sempre a impressão que os tondelenses se contentavam com o empate, enquanto que os academistas perseguiram sempre o golo, com muita vontade, mas sem pingo de inspiração.
Quanto ao árbitro ficaram dúvidas num lance na área do Tondela, na segunda parte, com parte dos academistas a pedirem uma grande penalidade por suposta mão na bola- na minha opinião não foi – revelou-se “pró Tondela” na segunda parte ao não assinalar um bom número de faltas a favor do Académico, mas sem interferência directa no resultado.
Resultado justo.

OPINIÃO PESSOAL: Não via o Académico jogar desde a sua deslocação a Oliveira do Hospital mas os defeitos continuam os mesmos: falta de ligação entre sectores, a bola raramente passa pelo meio campo, futebol directo e avançados mal servidos. Incapacidade de Idalino de Almeida, no banco, em alterar o rumo dos acontecimentos, efectuando troca por troca sem mexer na estrutura da equipa. Porque não entraram, por exemplo, Lopes e Filipe Figueiredo? E João Miguel? Se estava apto porque não foi usado e se adaptou mais uma vez Negrete à esquerda?

FACTO: Faltam 7 pontos para se garantir a presença na segunda fase. Força Académico! Eu acredito em todos vós!

Obs: Os números apresentados podem não ser exactos mas não andarão longe da realidade.

À Terceira não foi de vez

Foto: FRANCISCO LEONG/AFP/Getty Images
Setúbal 1 SPORTING 0
Os adeptos do Sporting, não merecem esta atitude dos profissionais leoninos. Não merecem que o treinador entre em campo com apenas 10 jogadores, porque Purovic é um peso morto e só estorva. Farnerud, joga muito bem mas é sempre para o lado ou para trás. Miguel Veloso anda mesmo com a “bunda” grande e está um jogador vulgar. Pedro Silva vem de uma lesão, Polga e Tonel, metem água, Grimi jogou mal, Liedson e Moutinho, são pau para toda a obra e estão cansados, Pereirinha não pode jogar sozinho…, e Patricio, faz pela segunda vez a mesma gracinha, o cérebro, é muito mais rápido que o seu movimento de mãos…

Jogam com uma displicência incrível, e curiosamente o Sporting até entrou bem no jogo, e até se adiantou no marcador, mas o golo não contou, Purovic estava adiantado, mas não teve interferência na jogada, mas enfim, num jogo tão triste era mau de mais ser o árbitro o melhor em campo.

Fica para a história,duas ou três oportunidades de marcar, mas ou houve cerimónia no acto de rematar para o fundo das redes, ou então encontrou um guarda-redes, que teima em brilhar, principalmente contra a equipa de Alvalade.

Uma palavra para a equipa de Setúbal, que apesar de todas as dificuldades por que passa, quer financeiramente quer em termos de plantel(hoje só tinha 16 jogadores disponíveis), soube ao contrário do adversário honrar a camisola.

Pouco mais há a dizer, apenas relembrar o “excelente” campeonato que o Sporting está a fazer, e relembrar que em 11 jogos fora, a equipa leonina consegui vencer… 2 !

E o meio da tabela aqui tão perto!

Um vazio de brio

Foto: FRANCISCO LEONG/AFP/Getty Images
João Moutinho -3- Carrega um piano, cada vez mais pesado. Hoje o meio campo foi todo dele, por isso é que havia aquele buraco todo no meio campo leonino. Os colegas estenderam a passadeira para os jogadores sadinos passarem.

Rui Patrício -2- Já não se usa sofrer golos daqueles, e já é o segundo… Redimiu-se logo a seguir. Infelizmente os colegas não fizeram o favor de virar o jogo para o perdoarem.

Pedro Silva -2- Esteve mal a defender e não atacou. Para esquecer.

Tonel -2- É cada buraco no centro da defesa. Tanto lhe dá para as boas exibições, como dá para disparatar. E o jogo até começou tão bem, mas o seu golo foi anulado.

Polga -2- Anda solidário com os colegas… Desinspirado, em solidareidade com os outros.

Grimi -2- O pior jogo desde que chegou, espero que não seja contagiado pelos colegas.

Miguel Veloso -2- Enfim, que falta de garra, que preso de movimentos, que dificuldades em colocar o cérebro a funcionar.

Pereirinha -3- Correu bem a parte dele, mas ninguém o ajudou.

Farnerud -2- Não vi falhar nenhum passe, e até parecia que ia arrancar uma boa exibição… Mas os passes dele são sempre inconsequentes, é sempre para o lado, para trás, enfim… Não consegue fazer um passe em profundidade, não desmarca um colega, nada.

Liedson -3- Este homem deve dizer mal da vida… Corre, corre e os outros a passear a camisola.

Purovic -1- É embrulhá-lo, e oferecê-lo ao seu empresário… Pode ser que o dito lhe arranje um clube de Basquetebol.

Tiui -2- Mexeu com o ataque, e teve duas ou três excelentes trocas de bola com Celsinho. Porquê o banco? Poupado para a taça?

Celsinho -2- É um pouco lento, mas talento existe. A ver vamos…

Adrien -2- Não engana, e tem legitimidade para reclamar o lugar de Veloso.

Neste dia

A 24 de Fevereiro de 2005, passaram 3 anos, o Sporting deslocou-se à Holanda para defrontar o Feyenoord para a 2ª mão dos dezasseis avos-de-final da Taça UEFA. Na primeira mão o Sporting havia ganho por 2-1 e seguiu em frente. Resultado final: 1-2.

Feyenoord: Lodewwijks, Zuiverloon (Lazovic 71), Saidi, Gibbs, Bruno Basto (Ono 45), Hofs, Pauwee, Goor (c), Castelen, Kuyt e Kalou. Treinador: Ruud Gullit.
Sporting: Ricardo; Rogério, Enakarhire, Hugo (Miguel Garcia 73) e Rui Jorge; Rochembak; Carlos Martins (Douala 74), João Moutinho e Pedro Barbosa (c); Liedson e Sá Pinto (Hugo Viana 87). Treinador: José Peseiro.

Golos: Liedson 61 (0-1), Rochembak 82 (0-2), Hofs 88 (1-2).

Outros resultados europeus da época 2004/2005:
Sporting 2 Rapid de Viena 0
Rapid Viena 0 Sporting 0
Sporting 4 Panionios 1
Dynamo Tiblissi 0 Sporting 4
Sporting 0 Sochaux 1
Newcastle 1 Sporting 1
Sporting 2 Feyenoord 1

Foto: OUDENAARDEN/AFP/Getty Images

Académico de Viseu – Tondela (antevisão)

O Académico de Viseu, como todos sabemos, empatou os últimos 3 jogos o que equivale a dizer que o Tondela nestas últimas 3 jornadas recuperou 4 pontos à equipa orientada por Idalino de Almeida, o mesmo significa dizer que chegam a este jogo com a moral elevada pois sabem que um bom resultado no Fontelo os deixa às portas da qualificação para a fase em que se disputa a subida. O Académico é neste momento a segunda equipa que mais pontos faz em casa, tem 23 pontos caseiros contra 25 do Arouca tendo estes mais um jogo, jogar no Fontelo é sinónimo de golos já que o Académico tem marcado em todas as partidas caseiras, e só perdeu pontos para Figueirense (1-2), Social Lamas (1-1) e Valecambrense (1-1). Por sua vez o Tondela a jogar fora de portas tem mais pontos conquistados que o Académico de Viseu e poder-se-á dizer que não há grandes diferenças entre jogarem em casa ou fora pois conquistaram tantos pontos caseiros como forasteiros, ou seja, 15. Na condição de visitante o Tondela apresenta o 3º melhor ataque mas simultaneamente uma das piores defesas. Comparando os números totais: O Académico tem mais 6 pontos (36-30), mais duas vitórias (10-8), o mesmo número de empates (6-6), logicamente menos duas derrotas (5-7), marcou mais 5 golos (34-29) e sofreu menos dois golos (20-22).

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