Marcar cedo e sofrer para vencer

Manuel Fernandes; Simões, Negrete, Marcos e Zé Teixeira; Calico, Álvaro (André Barra 72), João Miguel (Filipe Figueiredo 65) e Santos; Eduardo e Tiago (Zé Pedro 85)
Quim, Bruno Pires, Paulo Pires, Eduardo, Pina, Nuno Pires (Zé Miguel 70), Rochinha (Paulo Rochinha 78), Márcio, Parma, Ito e João Pedro (Paulinho 52)

Golo: Negrete 15 (1-0)

REMATES *:
AVFC – 13 (8+5)
PAIVENSE – 8 (2+6)

FALTAS *:

AVFC – 6 (4+2)
PAIVENSE – 6 (4+2)

CANTOS *:
AVFC – 5 (1+4)
PAIVENSE – 6 (1+5)

FORAS DE JOGO *:
AVFC – 2 (2+0)
PAIVENSE – 3 (2+1)

Quem estava à espera de uma tarde descansada e de que o AVFC chegasse com facilidade à vitória enganou-se. O golo até nem demorou muito a acontecer mercê de uma boa entrada academista – uma entrada à campeão -, com Santos aos comandos e Negrete a resolver tal como o havia feito no jogo frente ao Tarouquense embora nesse jogo com contornos mais dramáticos já que o golo surgiu quando o relógio caminhava perigosamente para o fim. Quando se esperava que o Académico de Viseu continuasse a pressionar com o objectivo de alcançar o 2-0 – um golo que por certo galvanizaria adeptos e jogadores para uma tarde tranquila -, a equipa da casa tirou o pé do acelerador e o Paivense foi-se abeirando com relativo perigo da área academista com Ito e Parma a revelarem-se os mais perigosos jogadores da turma de Vila Nova de Paiva, mas convém dizer que tirando uma ou outra desatenção a defesa academista foi resolvendo com eficácia todos os problemas causados pelo Paivense. A primeira parte chegou ao fim com a vantagem mínima do AVFC que traduzia fielmente o que se passava no maravilhoso tapete verde academista. Ao intervalo havia ainda outra boa notícia pois o Lamego empatava em Tarouca.
A segunda parte foi má demais para ser verdade, o meio campo academista desapareceu, acumulou maus passes e havia um fosso enorme entre a defesa e o ataque academista, o Paivense foi superior em certos momentos, rematou mais que o Académico mas foram os locais a estar mais perto do golo com Negrete, outra vez ele, a atirar de cabeça à barra. Com o decorrer da segunda parte também o Paivense foi perdendo gás e como não queria ficar atrás do Académico também eles falharam muitos passes e o jogo arrastou-se penosamente para o fim.
Enfim, não foi um jogo impressionante por parte do Académico de Viseu mas a vitória é inteiramente justa, a “má notícia” veio de Tarouca onde o Lamego ganhou por 0-2 mandando um recado bem claro para Viseu: se o Académico quer subir vai ter mesmo que alcançar 3 vitórias nos últimos 3 jogos do campeonato. Não vai ser fácil mas já esteve muito mais difícil, houve mesmo alturas no campeonato em que parecia impossível.
O árbitro esteve bem num jogo extremamente correcto pelo que se o treinador do Lamego tinha informadores no Estádio do Fontelo, estes devem ter reportado ao “chefe” que em Viseu tudo pautou pela normalidade.
Idalino de Almeida no final acabou por deixar escapar que o Académico, no início da época, se mostrou interessado em Ito e Parma dois ex academistas que “derrotaram” o Académico na primeira volta, é a velha história de o Académico deixar fugir os melhores valores. O técnico academista congratulou-se com a paragem de 15 dias do campeonato, tempo que poderá ser precioso para poder recuperar a 100% Xinoca, Filipe Figueiredo e ainda Tiago.
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*Nota: os números apresentados não serão por certo 100% fiáveis mas não devem andar muito longe da realidade.

Negrete volta a resolver

MANUEL FERNANDES – Não me lembro de uma única defesa digna desse nome por parte do guarda-redes academista pelo que se “limitou” a segurar bolas bombeadas para a sua área ou então a recolher as bolas que lhe eram endossadas pelos seus companheiros. O Manel tem uma capacidade inata de fazer sofrer os adeptos, as bolas são-lhe atrasadas pelos companheiros e ele resolve “matar no peito” antes de agarrar, quando lhe é solicitado o pontapé, ele espera até ao limite do razoável para a pontapear. É isto uma crítica?! Não, até porque ele costuma fazer isto com mestria mas… haja coração!

SIMÕES –
Foi a primeira vez que vi actuar este defesa direito. Teve uma primeira parte discreta. Na etapa complementar foi o lateral que mais subiu no terreno tentando combinar com os colegas de meio campo mas nem sempre com eficácia. Falhou alguns passes, mas esteve bem a defender.

ZÉ TEIXEIRA –
O defesa esquerdo levou com Ito pela frente e teve algumas dificuldades para o travar mas valha a verdade que ganhou mais duelos do que aqueles que perdeu. Não subiu muito no terreno e dizem os entendidos que esse é meio caminho andando para que o 4-4-2 em losango funcione.

MARCOS – Este central não é nenhum “poço de virtudes” e tem por vezes alguma falta de concentração que leva calafrios às bancadas, mas também é verdade que deixa tudo em campo, e ontem Parma foi uma sombra do que costuma ser e nisso o Marcos tem a sua quota parte.

NEGRETE – Foi o melhor academista em campo. O central já havia decidido o jogo com o Tarouquense e ontem voltou-o a fazer com a curiosidade de em ambos os jogos estar presente A MAGIA DO FUTEBOL, é caso para dizer que damos sorte ao Negrete. Marcou apenas o golo? Não, a defender esteve impecável e não consigo lhe apontar uma única falha em todo o encontro e pelo meio ainda arranjou tempo para mandar uma bola á barra que podia ter feito o 2-0. Impecável!

CALICO – Demasiado colado aos centrais, na segunda parte, fez com que por vezes houvesse imenso espaço no meio campo para os adversários. Não foi uma exibição de “encher o olho” como já lhe vi fazer mas foi de uma entrega notável o que não admira. Tentou o remate sem sucesso.

ÁLVARO – Estou “zangado” com o Álvaro. No CAF de Rui Bento era o meu jogador preferido, espalhava classe pelos relvados da II Divisão e desde que voltou, para jogar nos distritais, ainda não lhe vi fazer um grande jogo. Ontem falhou imensos passes levando ao desespero os adeptos academistas e por isso não foi de espantar que acabasse substituído. Força Álvaro, tu és capaz de mais e melhor!

JOÃO MIGUEL – O meio campo academista esteve desacertado, acho que isto é inquestionável, o João foi mais um que entrou no ritmo. Já lhe vi fazer melhor.

SANTOS – Do capitão todos esperam MAGIA. Começou bem – tal como toda a equipa -, com 15 minutos verdadeiramente magistrais, com passes a rasgar a defensiva contrária, com um remate de longe a fazer brilhar Quim e com um outro à meia volta, sendo que nesse fiquei com a sensação – da bancada -, de que deveria ser mais prático do que espectacular. Após o golo foi descaindo de produção e nem ele foi capaz de arrumar a casa na segunda parte.

EDUARDO – Com Tiago em dia não, coube ao outro avançado, Eduardo, arcar com as despesas atacantes da equipa. A bola raramente lhe chegou em condições mas quando isso aconteceu tratou-a sempre com mestria e ela saiu sempre jogável dos seus pés e nem quando recuou no terreno perdeu qualidade. Faltou-lhe o golo?! Faltou, mas ontem o preço dele – o do golo -, estava pela hora da morte.

TIAGO – Se A MAGIA DO FUTEBOL parece dar sorte ao Negrete o inverso passa-se com Tiago. Muito molengão ao longo do jogo, foi acumulando maus passes – rivalizou neste aspecto com Álvaro -, e as bancadas como é lógico não gostaram. Tem bons pés, disso não há dúvida, segura bem a bola mas ontem não era certamente o seu dia. Fez brilhar Quim num grande remate na zona de penalty – o único grande apontamento -, mas não teve reflexos suficientes para empurrar para a baliza a bola que Negrete levou à barra. No fim, aos microfones da Rádio Vouzela, Idalino de Almeida, disse que o Tiago não treinara com bola durante a semana por não se encontrar bem fisicamente. Sendo assim está desculpado…

FILIPE FIGUEIREDO – Mesmo mal fisicamente o técnico lembra-se sempre dele quando é preciso espicaçar o ataque. O campeonato pára durante 15 dias e todos esperamos que o FF recupere pois o AVFC precisa dele.

ANDRÉ BARRA – Idalino de Almeida é que sabe mas talvez tivesse sido de bom tom que Barra tivesse entrado mais cedo.

ZÉ PEDRO – De regresso.

Ganhou o FC Porto?

Quim; Nélson, David Luiz, Anderson, e Léo; Petit (Mantorras 81), Katsouranis, Karagounis e Rui Costa; Miccoli e Nuno Gomes (Manú 69)
Ricardo; Abel (Alecsandro 66), Caneira, Polga e Tello; Miguel Veloso, João Moutinho, Nani e Romagnoli (Tonel 89); Liedson e Yannick (Pereirinha 66)

Golos: Liedson 2 (0-1), Miccoli 23 (1-1)

Remates:
Benfica 13 (7+6)
Sporting 12 (7+5)

Cantos:
Benfica 4 (0+4)
Sporting 8 (3+5)

Faltas:
Benfica 13 (8+5)
Sporting 22 (11+11)

Foras de jogo:
Benfica 0
Sporting 2 (0+2)

Fonte: Record

Considero Ricardo como o melhor sportinguista em campo mas Paulo Bento até foi, para mim, a grande figura deste Sporting. A tentação de colocar Tonel de início no lugar de Abel, derivando Caneira para a lateral direita, era tanta que quase todos os entendidos davam como certa essa alteração, no entanto, Paulo Bento, fiel aos seus princípios, apostou na equipa que tem resolvido os últimos jogos e foi premiado com o golo madrugador – os bons hábitos até na Luz são para manter -, com Abel a mostrar que o seu treinador havia acertado ao apostar em si e Liedson a deixar a sua marca mais uma vez num dérbi. Percebem agora porque é que os benfiquistas não gostam do levezinho?
Os primeiros 15/20 minutos foram à Sporting, ou seja, um meio campo muito móvel – onde todos os jogadores sabem qual o seu papel e desempenham-no com perfeição -, com Romagnoli a encher o campo e, sobretudo, com Miguel Veloso a provar que hoje em dia é o melhor trinco a actuar no nosso campeonato, o Benfica parecia atarantando e o Sporting parecia capaz de chegar ao 2-0, o certo é que não o fez – teria sido o K.O. -, e o Benfica que apesar de tudo é o Benfica acabou por reagir, aliás como lhe competia. A verdade é que o golo benfiquista acabou por acontecer – sem tirar o mérito a Miccoli, Tello e sobretudo Nani não ficaram bem na fotografia -, numa altura em que o Benfica ainda não havia feito quase nada para o merecer. Depois do golo o ritmo baixou consideravelmente mas o Sporting teve mais bola, mais ataques, enfim, foi mais equipa.

Foto: Reuters
A segunda parte teve um início com o Sporting a apresentar uns 8/10 minutos de intenso domínio mas nesta altura o Benfica resolveu colocar a bola no chão, obrigou o Sporting a correr atrás dela, e nesse “mini sufoco” sobressaiu toda a classe de Polga e Ricardo acabou mesmo por ser decisivo em certas alturas do jogo. Paulo Bento quis ganhar ao retirar Abel de campo e ao construir um meio campo sem médios de características defensivas mas o recuo de Veloso não surgiu os efeitos necessários já que é no meio campo que ele exerce todo o seu poder. Ao chegar aos 15 minutos finais percebia-se que um golo a acontecer para qualquer das equipas ditaria o vencedor, era maior o medo de perder do que a vontade de ganhar e aqui há que ser frios a pensar, o empate dava para manter a pressão no Porto e dava também para manter o Benfica longe do segundo lugar e convém referir que o presidente Soares Franco falou nos milhões que valem a entrada directa na Liga dos Campeões, posto isto era o Benfica que teria que ter as despesas do jogo e a equipa vermelha mostrou incapacidade para isso. Nem a última alteração de Paulo Bento se pode considerar defensiva pois devolveu Veloso ao meio campo.
Resultado justo, com o Sporting a mandar um recado para o Dragão: podem até ter ganho o dérbi de Lisboa, mas se voltarem a perder o Sporting vai aproveitar! É essa a minha convicção!

Ricardo coração de leão

Foto: Reuters
Ricardo – 4 – o melhor do Sporting. Podia ter escolhido Polga, Veloso, ou Liedson mas acho que é hora de dar como figura do Sporting o seu nº 1 que tem feito uma época notável. Com Tello e Nani a dormirem ainda foi ele que adiou o golo do Benfica mas pouco havia a fazer perante o disparo de Miccoli. Na segunda parte foi sempre enorme e defendeu dois bons lances benfiquistas. Foi decisivo.

Abel – 3 – ele que tão maus cruzamentos tira, ontem arrancou um com conta peso e medida para a cabeça do levezinho que não perdoou. Entregou o corpo ao manifesto impedindo que certas bolas chegassem à baliza de Ricardo.

Tello – 3 – um dos grandes trunfos do lateral sportinguista é que sabe sair a jogar e deste modo dá emotividade ao jogo leonino. Se é certo que teve algumas culpas no golo sofrido também não é menos verdade que tirou outras bolas que levavam perigo para a nossa baliza e que esteve bem perto de facturar, valendo ao Benfica que apareceu um jogador a dar o corpo à bola quando Quim já parecia batido. Nos livres não fez a diferença mas os 9,15 metros a que a barreira deve estar na Luz reduziu-se para 7/8 metros e assim é difícil.

Caneira – 3 – viu o amarelo bem cedo e esteve quase a ser expulso – Pedro Henriques achou por bem não o fazer -, num lance em que não toca no “artista” Karagounis. O cartão não lhe tirou o discernimento.

Polga – 4 – o brasileiro é grande. Esteve sempre no caminho da bola ora limpando com subtileza ora tirando de qualquer maneira e ainda teve tempo de ir lá frente para causar pânico na área benfiquista mas o golo teima em não aparecer. Têm por aí algum elogio para o Anderson Polga?! Eu já esgotei os meus em posts anteriores.

Miguel Veloso – 4 – outro colosso, como já ouvi a dizer a alguém a diferença entre Veloso e os restantes trincos do campeonato português é que este sabe jogar á bola. As suas exibições devem fazer corar de vergonha Custódio, ele defende, ele preenche os espaços e ainda tem tempo para colocar a equipa a jogar à bola e até, vejam lá, para atirar à baliza. Grande Veloso!

Nani – 3 – “o Nani é mesmo assim”, dizia um colega meu. É capaz do melhor e do pior, tanto tira coelhos da cartola como depois borra toda a pintura. Teve grandes lances na primeira parte mas também teve responsabilidades no golo sofrido. Na segunda parte – e por isso é que ele é mesmo assim -, desapareceu.

Moutinho – 3 – se há no Sporting um jogador que precisa de férias esse é mesmo o grande João Moutinho que ainda tem o europeu de esperanças pela frente para actuar. Mesmo assim foi o João de sempre no trabalho, no esforço e na dedicação à causa, mesmo jogando sem muito brilho os benfiquistas só o paravam através da falta. Grande Moutinho!

Romagnoli – 3 – é um desequilibrador nato e encheu o campo com o seu talento principalmente no período de maior fulgor leonino. Com a bola colada aos pés, é um perigo. Pena, mais uma vez, não durar os 90 minutos, mas quem dura?!

Liedson – 4 – o Benfica é cliente assíduo do levezinho e se alguém se havia esquecido disso o 31 relembrou-o bem cedo. Não teve muitas mais oportunidades mas quando o esférico lhe chegou a defesa benfiquista ficava em estado de sítio.

Yannick – 2 – brilhou na pré época em jogo contra este mesmo Benfica mas quando a competição aperta as coisas não se passam obrigatoriamente da mesma maneira. Tem pulmão para “dar e vender” mas não foi muito objectivo naquilo que fez. Quando conseguir aliar a velocidade ao seu talento nato será um caso sério, por enquanto…

Pereirinha – 1 – dá a sensação de ainda ser muito tenrinho, mas ainda ganhou um livre que parou na barreira, que não estava nem de perto nem de longe no local onde devia estar.

Alecsandro – 1 – Lutou, mas entrar na altura em que o Sporting tinha menos fulgor não ajudou.

Tonel – 1 – ajudou o Sporting a organizar-se.

ACADÉMICO DE VISEU 3 Mangualde 1 (juniores)

Márcio; Zé Luís, Nuno Pais, Marcelo e Filipe; Mikael, Tiago Pina e Roger (Rafael 65); Márcio (Celso 90), Carlitos (Tiago Correia 58) e Marcel.
Sérgio, Rafael, Nico, Hugo (Bogarin 58), João Pedro, Carlos Miguel, Pedro, Sebas, Zé Manuel, Ivo (Tiago João 65) e Fernando (Fábio 45)

Golos: Marcel 28 (1-0), Márcio 44 (2-0), Fábio 56 g.p. (2-1) e Marcel 66 (3-1)

Fonte: Clube Académico de Futebol – camadas jovens

Sempre que vou ver um jogo do Académico de Viseu – foi a primeira vez que vi os juniores esta época -, tenho a mania de escrever sobre o que vi. Quanto à crónica fica aqui o link para ela, eu vou tentar fazer a análise individual dos academistas. Ora aí está:

Márcio – guarda-redes – estava a ser um espectador na primeira parte até que “resolve” defender um penalty em movimento, eu explico, um jogador mangualdense com a bola a saltitar na marca de grande penalidade rematou e o guarda-redes academista fez a defesa da tarde. Na segunda parte acabou por ser expulso; se sobre a grande penalidade não emito opinião – e até admito que o árbitro tenha tido razão -, já a cor do cartão, o vermelho, foi uma patetice, a decisão não a pessoa em si, do árbitro.

Zé Luís – defesa direito – começou a todo o gás subindo várias vezes pelo seu flanco e combinando quase sempre na perfeição com Márcio, acabando por perder esse mesmo gás com o decorrer da primeira parte. Na segunda parte divide as culpas com Nuno Pais em alguns calafrios para a baliza academista.

Nuno Pais – central pelo lado direito – dizem-me que o Nuno esteve 2 anos parado pelo que as falhas que lhe foram vistas ao longo da partida têm que se considerar normais. A rever.

Marcelo – central pelo lado esquerdo – o Marcelo foi o primeiro jogador academista a conceder-nos uma entrevista, sendo assim, não posso falar mal dele! Brincadeiras à parte, tal como o Nuno foi tendo algumas desatenções mas, com o decorrer da partida, foi subindo de produção e fez ouvir bem alto a sua voz de comando. Identifico-me com os centrais e há uma coisa que eu admiro nos jogadores que jogam nesta posição, há que saber quando se deve sair a jogar ou quando se deve meter a bola no quintal e o Marcelo sabe distinguir isso na perfeição.

Filipe – defesa esquerdo –
gostei muito da exibição do lateral das botas vermelhas. Não subiu tanto como o seu colega da outra lateral mas quando o fez, fê-lo com perigo, arrancando mesmo um belo cruzamento para a cabeça de Tiago Pina que deu mesmo a sensação de golo. Discreto mas terrivelmente eficaz.

Mikael – trinco – ao olhar para o “Mica” chego à conclusão que estou a ficar velho, como cresceu o miúdo! Exibição impressionante do nº 8 academista, esteve sempre no caminho da bola e foi de uma entrega notável. Para exemplificar a grande capacidade de sofrimento do luso-francês, houve dois lances com poucos segundos de diferença em que levou duas boladas na face e nem pestanejou! Bom, lá pestanejar, pestanejou, mas foi só isso. Só tenho um reparo a fazer à sua actuação, nem sempre os passes saíram bem medidos.

Roger – médio interior esquerdo –
não foi uma exibição de luxo, parecendo algo alheado do jogo. Foi ele que apontou o canto para o golo de Márcio.

Tiago Pina – médio interior direito – o capitão tem boa técnica e isso nota-se à distância porém não conseguiu colocar toda essa MAGIA ao serviço do colectivo se bem que o passe para o golo inaugural seja seu. Teve algumas boas oportunidades de visar a baliza contrária mas foi sempre muito cerimonioso na hora de atirar a contar. Quando acabou a primeira parte colocou-se no caminho dos balneários e cumprimentou todos os seus colegas um a um, numa atitude que eu gostei, mostrando a muito boa gente como se deve comportar um capitão.

Márcio – extremo direito – o 7 academista entrou em campo com a corda toda formando com Zé Luís uma ala direita que deu água pela barba aos adversários. Irrequieto e dotado de boa capacidade de finta falhou apenas nos cruzamentos. Marcou o segundo golo da equipa com um movimento perfeito surgindo ao primeiro poste a desviar de cabeça para o 2-0.

Carlitos – extremo esquerdo – o 11 do Académico de Viseu foi menos irrequieto que o seu companheiro do extremo oposto mas valha a verdade que a bola também não chegou lá com tanta frequência. Foi o sacrificado aquando da expulsão do guarda-redes.

Marcel – ponta de lança – o nº 9 dos juniores foi o herói dos seniores ao apontar o golo que valeu o empate em Cinfães pelo que era com grande expectativa que me preparei para o ver actuar. E essa expectativa não foi defraudada uma vez que “El Comandante” – festeja os golos à Lucho –, não engana, é mesmo jogador. Fez o primeiro golo empurrando para a baliza um bom passe de Tiago Pina e fez também o 3-1 após um bom trabalho dentro da área mangualdense aniquilando qualquer tipo de reacção do adversário. Incentivou constantemente os seus companheiros. O melhor academista.
Tiago Correia – guarda-redes – entrou a frio para tentar defender a grande penalidade, o que não conseguiu. O Mangualde nunca teve capacidade para o colocar à prova.

Rafael – médio – entrou para o lugar de Roger e o meio campo academista serenou.

Celso – avançado – entrou praticamente no fim colocando-se sobre o lado direito do ataque e ainda teve tempo para uma bela arrancada m,as que acabou por não dar golo.

Antevisão da 27ª jornada

Foto(A MAGIA DO FUTEBOL) referente ao jogo da 1ª volta: Paivense 2 AVFC 0

Académico de Viseu – Paivense
A última derrota dos Academistas no campeonato aconteceu em Vila Nova de Paiva o mesmo será dizer que recebe este domingo a última equipa capaz de os derrotar, só por isto se percebe que não será fácil a missão dos homens treinados por Idalino de Almeida. O Paivense que só venceu 2 dos últimos 12 jogos chega ao Fontelo vindo de uma goleada caseira sobre o Moimenta da Beira que lhe valeu a subida ao 5º posto, que por certo lhe terá elevado a moral. O Académico de Viseu no seu estádio tem sido intratável nos últimos jogos – 6 vitórias consecutivas -, marcou 22 golos e sofreu apenas 1 por isso não é de estranhar que apresente neste momento o melhor ataque caseiro da competição (curiosamente é o Paivense o segundo melhor ataque caseiro). O favorito é a equipa que joga em casa que quererá por certo festejar, o facto de não perder há uma volta, com uma vitória. Na primeira volta venceu o Paivense por 2-0.

Tarouquense – Sporting de Lamego
A equipa de Tarouca tem 5 pontos de avanço sobre a zona de descida e não se pode dar ao luxo de perder. Os comandados por Vítor Pereira nem no empate podem pensar sob pena de hipotecarem as suas hipóteses de subida, estes são os ingredientes que podem tornar este jogo emocionante. O Tarouquense que tem das melhores defesas da competição a jogar no seu terreno perdeu por 3 vezes no seu reduto, sendo certo que perdeu os últimos 2 jogos realizados em casa – com Paivense e Lusitano –, no entanto convém referir que neste mesmo terreno o Académico de Viseu empatou e o Mangualde perdeu. Fora de portas o Lamego apresenta o ataque mais concretizador da prova embora tenha perdido 5 vezes nesta condição sendo que 3 dessas derrotas foram sofridas nos últimos 4 jogos. Na primeira volta venceu o Sporting de Lamego por 1-0.

Sampedrense – Mangualde
Não será nada fácil a deslocação dos mangualdenses até São Pedro do Sul. O Sampedrense, que vendeu cara a derrota em Lamego, não perde em casa há 6 jogos (vem de 4 vitórias consecutivas neste aspecto) e continua em luta renhida pelo 5º lugar da tabela classificativa. A turma de Chalana perdeu por 3 vezes no seu terreno e curiosamente essas derrotas aconteceram com Académico de Viseu, Lamego e Cinfães, ou seja, equipas bem classificados como o Mangualde é. A turma de Mangualde que regressou às vitórias na última jornada, depois de 4 jogos sem vencer, tem aqui mais um teste e só pode pensar na vitória e esperar o “milagre” de ver Académico de Viseu e Lamego perderem. Na primeira volta venceu o Mangualde por 2-0.

Moimenta da Beira – Viseu e Benfica (adiado para 6 de Maio)
Jogo de aflitos e deveras importante para ambos conjuntos. O Moimenta da Beira apenas venceu um dos últimos 15 jogos e com isto tudo está apenas com um ponto de avanço sobre a zona de descida sendo que nos dois últimos jogos “encaixou” 12 golos, por isso não é de espantar o facto de ser uma das equipas com mais golos sofridos no campeonato. Quanto ao Viseu e Benfica não há volta a dar, depois de 13 jogos sem vencer na condição de visitante tem mesmo que vencer sob pena de hipotecar de vez todas as hipóteses de permanência na divisão maior do futebol viseense. Na primeira volta venceram os viseenses por 2-1.

Mortágua – Carvalhais
Os da casa lutam desesperadamente para não caírem de divisão, os forasteiros estão num tranquilo 8º lugar e parecem a salvo da descida. O Mortágua é um verdadeiro “empata” já que conta com 12 resultados – 7 em casa -, em que a divisão de pontos foi o resultado final. Sendo assim não é de espantar o facto de os homens da casa serem a equipa com menos vitórias quando joga em casa, foram apenas duas – com o Campia (2-1) e com o Lamego (4-0) – e já não vencem na condição de visitado há 6 jogos ( 5 empates). O Carvalhais fora de portas não vence há 5 jogos (4 derrotas) e só marcou 1 golo nos últimos 4. Na primeira volta venceu o Carvalhais por 3-1.

Campia – Lamelas
Outro duelo de aflitos desta vez entre o 10º classificado e o 14º com 4 pontos a separá-los. O Campia não perde em casa há 4 jogos (3 vitórias) e quando joga no seu reduto poucos golos consente – só Lamego e Mangualde fazem melhor figura neste aspecto –, mas também marca poucos sendo, neste aspecto, o pior ataque da prova. O Lamelas que apenas perdeu 2 dos últimos 12 jogos continua a sua luta pela “sobrevivência” sendo certo que fora de portas nunca venceu e nas últimas 6 partidas nessa condição empatou 5. Na primeira volta venceu o Campia por 2-0.

Oliveira de Frades – Lusitano

Mais um duelo de aflitos embora ambos estejam neste momento acima da linha de água, o GDOF é 11º e o Lusitano é 12º com dois pontos a separá-los. O Oliveira de Frades, tal como o Mortágua, é uma equipa que “gosta” muito de empatar – em casa tem 6 – e por isso mesmo perde poucas vezes na condição de visitado, só Mangualde e Mortágua ali venceram. O Lusitano que continua a ter mais pontos fora de casa do que na condição de visitado venceu em três campos, Cinfães (0-2), Campia (0-1) e Tarouca (1-2) mas apenas venceu uma vez nos últimos 10 jogos forasteiros. Na primeira volta empataram 1-1.

Vouzelenses – Cinfães
Estes é o jogo mais calmo da jornada, quero com isto dizer que pouco ou nada estas equipas têm para decidir, o Cinfães tudo indica será o 4º classificado e o Vouzelenses é um tranquilíssimo 7º classificado com 8 pontos de avanço sobre a linha de água, a sua única ambição neste momento será a de tentar chegar ao 6º lugar, que é pertença do Sampedrense, e deste modo se tornar na equipa de Lafões melhor classificada. O Vouzelenses só venceu 1 dos últimos 6 jogos. O Cinfães fora de portas tem a melhor defesa do campeonato. Na primeira volta venceu o Cinfães por 3-2

  1. Nota: ao longo destas semanas vim dizendo que poderiam descer 4 equipas da Divisão de Honra uma vez que o Santacombadense estava em zona de descida da III Divisão isto com base neste regulamento datado de 7 de Julho de 2006. Agora aparece este, datado de 24 de Abril de 2007,que diz que desce mais um se descerem 2 clubes da AF Viseu da III Divisão, o que não será o caso, pelo que presumo que esta época apenas desçam 3 equipas da Divisão de Honra mas fica a dúvida.

  1. Nota: este domingo A MAGIA DO FUTEBOL vai estar no Estádio do Fontelo a ver o jogo do Académico pelo que não haverá no blogue o acompanhamento dos resultados ao minuto. Na segunda feira não percam a reportagem completa do jogo aqui, tanto do jogo dos seniores como dos juniores.

Suspeições

O campeonato distrital da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Viseu caminha a passos largos para o fim e o tempo das grandes decisões está aí a bater à porta. Alguns começam a ficar desesperados como é o caso do treinador do Sporting de Lamego, Vítor Pereira de seu nome, que jornada a jornada foi desperdiçando toda a vantagem que tinha até agora ser vice-líder à espera de uma escorregadela do Académico de Viseu que teima em não acontecer. Agora sempre que termina os jogos vem com a desculpa da arbitragem, é vê-lo – ouvir neste caso –, aos microfones da Rádio Vouzela, a desculpa é sempre a mesma. Terminado o jogo com o Sampedrense em vez de se preocupar com a sua equipa lança logo achas para a fogueira “ temos informações que noutros campos foi o que se sabe, assim não há verdade desportiva” presume-se que se referia ao Lamelas – Académico de Viseu -, pensava o técnico lamecense que o AVFC cairia onde a sua equipa caiu mas enganou-se. Não contente com estas declarações logo atirou “ o Sampedrense fez muito anti jogo, não se percebe numa equipa que está tranquila na tabela, não sei se seria por eles ou por outra coisa” lançando suspeições verdadeiramente absurdas. Que queria o treinador dos leões da cidade de Lamego, que o Sampedrense “abrisse as pernas”?
Por onde andariam, os informadores do treinador lamecense, quando o Académico de Viseu empatou em Oliveira de Frades com um penalty no mínimo estranho? Ou por onde andariam quando o Académico de Viseu perdeu em Vila Nova de Paiva sofrendo uma grande penalidade depois do árbitro auxiliar levantar a bandeira assinalando fora de jogo? Por onde andariam esses informadores quando nesse jogo Manuel Fernandes foi expulso, num lance em todo semelhante ao último Porto Belenenses em que Marco derrubou Adriano e viu amarelo, quando apenas devia ter visto o amarelo? Onde andariam esses informadores aquando o AVFC 1 Campia 1 o árbitro assinalou um fora de jogo muito duvidoso que impediu o Académico de vencer? Deixem-me adivinhar… esses informadores estavam na tribuna lamecense a acompanhar a “caminhada triunfal” do Sporting de Lamego rumo à III Divisão Nacional!
O Sr. Vítor Pereira treinador do Lamego é o “rei” das suspeições mas já agora deixem-me entrar nesse campo também: o Tarouquense perdeu em Viseu com o Académico por 1-0 e o seu treinador, João Valente, disse o seguinte no final “o Académico de Viseu não vai lá. Já vi muito melhores equipas”. Curiosamente encontra o Lamego no próximo domingo…
Meus amigos academistas, não se iludam, o nosso Académico está onde está porque está a fazer uma segunda volta extraordinária, nunca atirou a toalha ao chão ao contrário de outros que contaram com o “ovo no cú da galinha”!
Façam-me um favor: Joguem à bola!

Nota: estas declarações aqui transcritas podem ser ouvidas no site da Rádio Vouzela na Bancada Virtual.

Sporting: o sonho de Zico!

“Não me parece que vá ficar por aqui mais tempo. Tenho contrato por duas épocas, mas sei muito bem que, se não formos campeões, não vão querer que continue. Ir para Lisboa (n.d.r. Sporting) é o meu sonho”

As palavras são de Zico, um dos melhores jogadores de todos os tempos, e actual treinador do Fenerbahçe, estas declarações foram dadas na revista italiana Sportweek e são hoje publicadas em vários órgãos da comunicação social nacional. O amor pelo grande Sporting advém do facto de o seu progenitor ser português – natural de Tondela e por isso mesmo do melhor distrito português, VISEU –, que lhe incutiu o “espírito leonino” através da audição dos relatos de futebol do grande Sporting. É um sonho que demorará a ser concretizado já que Paulo Bento está de pedra e cal no seu cargo. Quem sabe um dia…

Bocas, agressões, Académico e Farminhão

No blogue dedicado às camadas jovens do Académico de Viseu mais precisamente aqui relatam-se cenas verdadeiramente vergonhosas ocorridas num jogo de juniores em que o AVFC derrotou o Sporting de Lamego, em casa destes, por 2-3, com agressões a jogadores academistas e tudo. Estão surpreendidos?! Eu gostava de dizer que sim mas não estou. Basta estar um pouco atento o que se vai escrevendo por blogues e afins, bem como visitar alguns estádios onde joga o AVFC para verificar o ódio que certas pessoas fazem questão em ter por “nós”.
Já todos nos habituamos, uns mais do que outros é certo, a ouvir bocas de que não somos o Académico mas sim o Farminhão. A mim isso não me faz nenhuma confusão porque sei perfeitamente como surgiu o AVFC e porque Farminhão é uma terra de gente tão digna como são as de Vildemoinhos, Lamego ou outra terra qualquer do nosso distrito, já para não falar que quem diz isso são os mesmos que preferem que os seus clubes ganhem com um golo irregular do que verem as suas equipas a empatar ou a perder, ou seja, armam-se em defensores da ética mas no fundo bem lá no fundo são iguais a todos os outros adeptos.
Se as bocas sobre o Farminhão nos seniores eu até as considero normais já essas mesmas bocas nas camadas jovens revelam ignorância por parte de quem as faz. As camadas jovens do Académico de Viseu estão nas distritais viseenses sem qualquer tipo de favor, com o fim do CAF foram elas as grandes prejudicadas pois sem demérito caíram dos nacionais para os distritais, estes começaram do zero, são um Académico de Viseu puro.
Posto isto deixo aqui um apelo em especial aos juniores viseenses: tentem alhear-se do que se passou em Lamego e preocupem-se em jogar apenas o vosso futebol. Aquando do jogo da segunda volta em Viseu recebam a equipa adversária com o fair play que é devido e respondam dentro de campo às provocações que sofreram. Boa sorte para o jogo de hoje com o Vale de Açores, sábado A MAGIA DO FUTEBOL estará no 1º de Maio para ver o vosso desempenho com o Mangualde e para vos apoiar rumo aos nacionais local de onde não deviam ter saído.

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