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Melhor nem por encomenda! Para uma equipa que se encontrava, e ainda se encontra, em crise, marcar logo ao minuto quatro e resolver o jogo aos dez, com o dois a zero, foi algo caído do céu. Caído do céu?! Só os folgados e os que não fazem nenhum poderão pensar assim, mas isso seria tirar mérito aos jogadores leoninos, principalmente Moutinho, que tiveram vinte minutos verdadeiramente diabólicos. Uma equipa só joga o que a outra deixa jogar e o Sporting sufocou uma aturdida Académica que não foi para intervalo em K.O. técnico porque Bueno não teve a classe suficiente para fazer golo e porque o Sporting, compreensivelmente, tirou o pé do acelerador.
Uma palavra para o trabalho de Paulo Bento: apostou naquela que é a melhor defesa que o Sporting pode apresentar e só pode estar satisfeito com a atitude do quase proscrito Abel. A saída de Bueno e a entrada de Pereirinha é algo de incompreensível. Colocou o Sporting a jogar cada vez mais atrás e correu o risco de ver a Académica empatar o jogo, podia ter acontecido, e ser obrigado a ir para prolongamento só com um avançado. Recordo que Alecsandro estava no banco e que a Académica jogava com dez.
Palavra final para o pouco público presente em Alvalade: toda e qualquer acção, por mais disparatada que fosse, protagonizada por Bueno era aplaudida quase até ao delírio. Por sua vez Nani era assobiado quase sempre que tocava na bola mas, verdade seja dita, era assobiado por uma minoria como ficou provado na hora da sua substituição.
Foi um prazer estar em Alvalade e reparar que, afinal, os nossos jogadores têm garra e atitude!
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