Garra e atitude

SPORTING 2 Académica 1

Melhor nem por encomenda! Para uma equipa que se encontrava, e ainda se encontra, em crise, marcar logo ao minuto quatro e resolver o jogo aos dez, com o dois a zero, foi algo caído do céu. Caído do céu?! Só os folgados e os que não fazem nenhum poderão pensar assim, mas isso seria tirar mérito aos jogadores leoninos, principalmente Moutinho, que tiveram vinte minutos verdadeiramente diabólicos. Uma equipa só joga o que a outra deixa jogar e o Sporting sufocou uma aturdida Académica que não foi para intervalo em K.O. técnico porque Bueno não teve a classe suficiente para fazer golo e porque o Sporting, compreensivelmente, tirou o pé do acelerador.

O triunfo do Sporting tem que se considerar justo e a segunda parte da Académica veio valorizar ainda mais a vitória leonina. Os estudantes de Coimbra entraram na etapa complementar com uma outra disponibilidade para discutir o jogo, ou seja, uma atitude mais ajustada a um clube de grande história como é a Associação Académica de Coimbra. A expulsão de Vítor Vinha – uma expulsão justa numa atitude que compete aos árbitros banir dos campos sejam elas protagonizadas por jogadores da Académica ou doutro clube qualquer – fez com que o jogo ficasse mais aberto, com muito espaço no meio campo, espaço esse que o Sporting não soube aproveitar para acabar de vez com o jogo. Moutinho esteve mais uma vez em evidência pois era ele o único capaz de pensar o jogo leonino.

Uma palavra para o trabalho de Paulo Bento: apostou naquela que é a melhor defesa que o Sporting pode apresentar e só pode estar satisfeito com a atitude do quase proscrito Abel. A saída de Bueno e a entrada de Pereirinha é algo de incompreensível. Colocou o Sporting a jogar cada vez mais atrás e correu o risco de ver a Académica empatar o jogo, podia ter acontecido, e ser obrigado a ir para prolongamento só com um avançado. Recordo que Alecsandro estava no banco e que a Académica jogava com dez.

Palavra final para o pouco público presente em Alvalade: toda e qualquer acção, por mais disparatada que fosse, protagonizada por Bueno era aplaudida quase até ao delírio. Por sua vez Nani era assobiado quase sempre que tocava na bola mas, verdade seja dita, era assobiado por uma minoria como ficou provado na hora da sua substituição.

Foi um prazer estar em Alvalade e reparar que, afinal, os nossos jogadores têm garra e atitude!

Avé Moutinho!

João Moutinho – 4 – é o sempre em pé! Vai ser difícil alguém ver Alvalade assobiar este jogador porque ele personaliza tudo o que um sportinguista gosta de ver num jogador: formado no clube, tem classe, entrega-se até à exaustão e é humilde. Cansa só de o ver jogar, é dele meio golo no lance do 1-0, recuperou bolas sem fim, acelerou o jogo quando era preciso e também o soube parar na hora exacta. Para ser uma exibição perfeita apenas faltou o golo que merecia. Os 12€ pagos pelo ingresso foram bem gastos só para ver jogar o melhor do Sporting.

Ricardo – 2 – teve uma boa intervenção defendendo com os pés um remate perigoso de Filipe Teixeira. Não lhe dou nota positiva porque ao repor a bola em campo, por duas vezes, com os pés, levou perigo para a sua própria baliza.

Abel – 4 – ninguém “fez farinha” pelo seu lado, ganhando a esmagadora maioria dos duelos travados. Faltou-lhe subir mais pelo seu flanco para a exibição ser perfeita.

Polga- 3 – mais uma exibição acima da média do central brasileiro. Limpou a sua área de acção com classe mas quando foi preciso chutar para a bancada também o fez.

Tonel – 3 – esteve uns bons furos abaixo do seu colega de sector denotando nervosismo incompreensível como ficou provado num lance em que podia sair a jogar e mandou a bola para canto. Esteve perto do golo mas Pedro Roma negou-o.

Caneira – 3 – de volta a lateral esquerdo. Não teve tão seguro como Abel demonstrando alguma apatia que nem uma ou outra subida no terreno consegue disfarçar.

Miguel Veloso – 3 – o apagado Nani não cumpriu as suas tarefas defensivas o que fez com que Veloso acorresse demasiadas vezes em seu auxílio descurando desta maneira o seu sector. Tentou, sem sucesso, o remate de longe. Esteve mais apagado do que o normal.

Nani – 1 – foi uma verdadeira nulidade. A bola quando vai para os seus pés parece que queima. Precisa de um “período de reflexão”.

Liedson – 4 – dois golos à ponta de lança e um terceiro que esteve muito perto de acontecer. De resto o Liedson do costume: garra, atitude e classe.

Bueno – 2 – teve a mesma garra e a mesma atitude de Liedson mas falta-lhe a classe do brasileiro. Faltou-lhe classe para picar a bola sobre Litos, quando se isolou, faltou-lhe classe quando era preciso definir os lances.

Yannick – 2 – passe para o segundo golo da noite e pouco mais.

Farnerud – 1 – não ajudou, com eficácia, Abel a fechar o flanco.

Romagnoli – 2 – criou vários desequilíbrios.

Pereirinha – 1 – pouco tempo em campo. Podia ter-se estreado a marcar mas não consegui controlar a bola e esta escapou-se pela linha de fundo.

Foto:Sporting.pt

Visão das camadas jovens e perspectivas

Escolas perdem e cedem liderança

As escolas defrontavam a equipa do Mangualde, num jogo vivo onde a equipa forasteira revelou maior eficácia ofensiva e levou de vencida a equipa academista por 1-6.
Com esta derrota o Académico cede a liderança para o Repesenses, embora a passagem à fase seguinte esteja ainda bem viva num confronto onde todas as 4 equipas terão um papel importante a dizer!

Infantis com início de 2ª fase goleador.

A segunda fase do campeonato de Infantis começou da melhor forma com uma goleada para os jovens academistas frente à turma do Molelos por 7-2. Imprimindo um ritmo atacante os golos foram surgindo e que ditaram a goleada final. Foi um bom começo nesta segunda fase!

Vitória dos iniciados em Tondela

Os iniciados academistas deslocaram-se a Tondela para defrontar a equipa local e conseguiram uma importante vitória por 3-0 que os coloca no limiar do apuramento para a fase final. Este intento pode ser obtido já neste domingo caso se obtenha uma vitória. Força aí campeões.

Juvenis arrancam vitória importante

Os juvenis do Académico deslocaram-se ao terreno do Nelas e obtiveram uma vitória importante por 3-0 que os mantêm no caminho para o seu objectivo inicial: a fase final do campeonato.
Após um período delicado a equipa tem vindo a recuperar e nas duas próximas jornadas têm 2 jogos de nível de dificuldade máxima onde defronta as duas equipas que lideram a sua série: Molelos e Povoenses. Sabemos que pode ser dificil mas esta equipa já nos habituou a coisas bonitas. Desta forma vamos acreditar até ao último minuto.

Vitória a ferros dita fase final!

O Académico de Viseu ultrapassou com uma bola de vantagem a equipa de Carvalhais, que tudo fez para “roubar pontos ao Académico” ao demonstrar atitude e garra.
Com esta vitória está assegurado o primeiro objectivo do campeonato: o ser apurado para a fase final. A jogadores, técnicos e pessoas envolvidas PARABÉNS CAMPEÕES.

Vem aí a Taça de Portugal

Convocados por Paulo Bento:

Guarda-redes: Ricardo e Tiago. – Defesas: Caneira, Anderson Polga, Tello, Miguel Veloso, Abel e Tonel. – Médios: Paredes, Romagnoli, João Moutinho, Nani, Custódio e Farnerud. – Avançados: Alecsandro, Yannick Djaló, Liedson e Carlos Bueno

O MEU ONZE:
Tiago; Caneira, Tello, Tonel e Polga; Miguel Veloso, Nani, João Moutinho e Romagnoli; Liedson e Yannick.

Carlos Martins fica mais uma vez de fora. Custa a entender tendo em conta que Paulo Bento convoca para este jogo três médios defensivos (Veloso, Paredes e Custódio) e tem como soluções, mais ofensivas os quase nunca utilizados Farnerud e Romagnoli. Paulo Bento lá saberá o que faz, só espero que compreenda de uma vez por todas que colocar Custódio como titular é o mesmo que estar a cavar um fosso entre a defesa e o ataque. São poucos os bilhetes vendidos até ao momento (quatro mil dizem), só espero que quem for a Alvalade, eu vou, esteja com a equipa do primeiro ao último. No caso de quererem assobiar, assobiem no fim. Não basta dizer que somos diferentes é preciso prová-lo.
Força Sporting!

Equipa de Mauro Almeida em maus lençóis

A meio da semana passada, mais propriamente no dia 21, a equipa de Mauro Almeida deslocou-se ao terreno do Darlington e perdeu por 2-1. O jogador natural de Viseu actuou durante 90 minutos e viu um cartão amarelo como podemos ver aqui.
No passado Sábado a equipa que o viseense representa recebeu no seu estádio o Lincoln City e empatou a duas bolas. Mauro Almeida não foi utilizado, como se pode comprovar aqui, não saindo do banco de suplentes.
Com estes dois resultados o Accrington desce para o perigoso 21º lugar da League Two inglesa.

Nota: fica um desafio a quem nos visita: conhece outro jogador natural de Viseu, ou filho de viseenses, que jogue no estrangeiro? Se souber diga-nos.

Sporting 0 Aves 0 nos jornais

Record: Traídos pelo sistema. Se Dias da Cunha ainda fosse presidente ontem teria falado do sistema. A finalizar a primeira parte, o árbitro anula um golo ao Sporting que deixa muitas dúvidas. Começava aí a falta de sorte que havia de acompanhar os leões na segunda metade. Mas os de Alvalade não se podem escudar no lance para justificar o péssimo empate caseiro frente ao último. É verdade que marcar aos 45 mudaria tudo, mas para ser campeão o Sporting tem de ser mais forte. Bernardo Ribeiro.

O Jogo: Com a corda na garganta. Por falta de estofo mental, que se repercutiu na forma tímida, nervosa e algo contemplativa como abordou o desafio de ontem à noite, o Sporting tropeçou na humildade do último classificado da Bwin Liga,e, pelo andar dos outros dois candidatos ao título nacional, só um tremendo golpe de sorte o recolocará, firme, na discussão efectiva do objectivo apetecido. Lenta a pensar e a procurar linhas de passe para circular a bola e progredir na construção ofensiva, a equipa do Sporting rendeu-se a um futebol moído, impróprio para quem ambiciona o máximo. João Sanches.

A Bola: Exemplo de coragem avense deixa o leão em agonia. Faltou quase tudo ao Sporting: determinação, ideias, perseverança, confiança e segurança na circulação de bola e também Killer instinct. Curiosamente, num jogo em que Paulo Bento arriscou tudo e sabia, de antemão, que a sua equipa teria de ser persistente e paciente durante os 90 minutos, como avisara na véspera, mas em que o leão nunca se consegui libertar da teia de marcações impostas pelo adversário e em que revelou inusitada impaciência que, desde cedo, se alastrou às bancadas. João Esteves.

Foto: Reuters

Venceu quem quis vencer

ACADÉMICO DE VISEU 1 Tarouquense 0

Estádio Municipal do Fontelo
300 Espectadores
Árbitro: Pedro Saraiva
Auxiliares: Ricardo Lopes e Gonçalo Araújo

Académico de Viseu: Manuel Fernandes; Calico, Zé Teixeria (Amarildo), Marcos e Negrete; Zé Pedro, Álvaro (André Barra), João Miguel (Xinoca) e Carlos Santos; Eduardo e Filipe Figueiredo.

Tarouquense: Márcio; Jorge, Zé Manel, Abílio, João, Monteiro, Ferraz (Luís), Diogo (Carlitos), Julinho, Adriano e Gil.

Marcador: Negrete 75

Muita entrega, mas pouca clarividência. A primeira frase deste comentário resume tudo o que foi o jogo do Académico de Viseu.

Do outro lado da barricada estava a turma do Tarouquense que veio a Viseu com o único propósito de tão só, e apenas, pontuar e quase o conseguia, fazendo do anti jogo a sua principal arma. Caíam por tudo e por nada e quando era preciso recolocar a bola em jogo demoravam uma eternidade. Neste último aspecto evidenciou-se o guarda-redes forasteiro, Márcio de seu nome, que viu o cartão amarelo… aos 70 minutos! Quando se lembraram que era preciso correr perdiam por 1-0. Pois…

O Académico sem fazer uma boa exibição, bem longe disso, entrou em campo com o intuito de marcar cedo, falhando algumas oportunidades, sendo a mais “escandalosa” protagonizada por Negrete. No entanto o golo foi ficando adiado com o Académico a cair na teia, bem montada, Tarouquense e com muita cerimónia na hora de atirar à baliza. O intervalo chegou e o resultado era o teimoso 0-0.

Na segunda parte mais do mesmo. Académico á procura do golo e a equipa de Tarouca a fazer o seu jogo para o pontinho. No entanto a procura do golo por parte dos academistas era algo atabalhoada, a equipa parecia partida, sem ligação entre sectores com o meio campo (demasiado macio) a não conseguir servir o ataque. Calico fez, no meu entender, muita falta ao sector intermediário.

Foi, curiosamente, com a entrada de Amarildo que as coisas mudaram. Saiu Teixeira, Calico abandona a posição de defesa direito mudando de faixa, Zé Pedro recua para defesa direito e Carlos Santos ocupou a posição mais recuada no meio campo abrindo o ataque academista que agora era formado por três homens (Amarildo, Eduardo e Filipe Figueiredo). O AVFC tornou-se mais perigoso mas, ao mesmo tempo, expôs-se aos tímidos contra ataques visitantes. E o golo lá surgiu. Após mais um lance de bola parada, o esférico sobra para Negrete que atira a contar. Fora de jogo? Não! O lance foi à minha frente e a minha visão era tal e qual a do bandeirinha. Estava o guarda-redes, no seu lugar, e um defesa na linha da pequena área que “dormiu no pedaço” e esqueceu-se de sair, Negrete estava na marca de grande penalidade e não falhou. O árbitro resolveu, por iniciativa própria, apitar para o fora de jogo, só depois reparou que o seu colega mantinha em baixo a bandeira.

A partir do golo o AVFC acalmou, a entrada de Xinoca contribuiu para isso, mas mesmo assim teve as melhores oportunidades que foram sendo esbanjadas com Amarildo em plano de destaque. O Tarouquense resolveu também começar a jogar mas esteve sempre longe do golo que não merecia.

Vitória da única equipa que quis vencer, mas a exibição esteve longe de agradar.

“Outra visão”:
Nota: A foto aqui mostrada foi tirada pela Magia do Futebol no jogo AVFC 4 Sampedrense 0

Negrete resolve

ACADÉMICO DE VISEU 1 Tarouquense 0
Manuel Fernandes – foi um espectador ou quase pois teve que recolher algumas bolas.

Calico – é o tapa buracos! Começou como defesa direito acabou a defesa esquerdo sempre com a garra e a entrega ao jogo que lhe é habitual. Notou-se a sua ausência no meio campo.

Zé Teixeira – certinho a defender e pouco mais. Acabou substituído.

Negrete – não teve muitos problemas a defender e acabou por ser na área contrária que se destacou. Na primeira parte a perder uma boa oportunidade e na segunda a resolver o jogo. Foi, na minha opinião, o melhor em campo.

Marcos – o seu estilo algo molengão enerva as bancadas mas o certo é que fez o seu trabalho com brio.

Zé Pedro
– ao estilo de Custódio! Eu explico, quando é necessário defender fá-lo com brio e categoria, quando é preciso atacar, e ontem era preciso, tem mais dificuldades e com isso o meio campo perde agressividade. Acabou a defesa direito, lugar que desempenhou bem.

Carlos Santos – o capitão foi ontem menos mágico do que costuma ser mas mesmo assim, porque não sabe jogar mal, esteve acima da média. Se se derem ao trabalho de ver o que já se disse neste blogue sobre o capitão academista poderão ver que sempre se disse maravilhas dele. Ontem, porém, não gostei da sua atitude ao responder a um adepto que lhe pedia mais empenho. Foi triste ver o nosso capitão mandar um adepto “pró…”. Assim não Carlos!

Álvaro – passou, na minha opinião, ao lado do jogo. Deste jogador espero sempre mais até porque já o vi jogar bem melhor em campos com outro nível de exigência como é a II Divisão.

João Miguel – incapaz, também ele, de dar organização a um meio campo desorganizado. Subiu de rendimento com a entrada de Amarildo em campo ajudando a pôr em sentido a defesa contrária.

Filipe Figueiredo
– sempre ou quase sempre mal servido FF esteve ontem algo desaparecido de jogo. Após o golo academista teve mais espaço e aí desbaratou a defesa de Tarouca que só o parava “à marretada”. Será um jogador importante no jogo de Lamego.

Eduardo – teve apenas uma oportunidade de golo em todo o jogo e perdeu tanto tempo que acabou por perder tudo: ângulo de remate e linhas de passe, para desespero dos adeptos. No fundo este lance resumiu o que foi o jogo academista na hora de atirar á baliza… cerimonioso!

Amarildo – foi o primeiro a saltar do banco. Com grande estampa física teve uma arrancada fabulosa que acabou consigo isolado e de baliza completamente à sua mercê, nem o guarda-redes já lá estava, e … atirou ao poste! Inacreditável! Só visto, contado ninguém acredita! O que vale é que o Académico já vencia por 1-0. Teve ainda outra boa arrancada que por pouco não dava golo. A sua exibição ficou marcada por aquele lance caricato mas valha a verdade que o ataque foi outro com a sua entrada.

Xinoca – entrou para segurar o jogo e conseguiu-o.

André Barra – entrou para constar e para queimar segundos preciosos

Site no WordPress.com.

EM CIMA ↑