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Não podemos esquecer as nossas raízes», destacou Liedson na apresentação do seu livro «A minha história» em que o avançado, pela mão de João Almeida Moreira, jornalista do Record, conta a sua vida, desde os primeiros passos, em Valença, no interior da Bahia, até à actualidade no Sporting. Uma carreira que começou tarde, aos 22 anos, mas que se solidificou rapidamente pela persistência e teimosia do levezinho em levar o seu sonho avante.
Há seis anos, Liedson trabalhava num supermercado e o futebol profissional não passava de um sonho que o avançado nunca deixou de acreditar que podia ser realidade. «Sempre acreditei, apesar das dificuldades. Nessa altura não tinha convites e estava difícil, mas sempre tive sempre dentro de mim essa vontade, talvez tenha sido essa perseverança que tive na vida que me permitiu alcançar o que alcancei até hoje», contou esta tarde na apresentação do seu livro numa livraria do Chiado, no centro de Lisboa.
Um momento marcante na vida de Liedosn que recorda sempre que entra num supermercado. «Continuo a entrar, preciso fazer compras. Agora vou menos, apenas levo a minha esposa e a minha empregada e depois vou buscá-las. Mas sempre que entro lembro-me no sentido positivo. Claro que foi uma fase importante da minha vida, era daquilo que eu sobrevivia, era com aquilo que ajudava a minha família. As raízes não são para esquecer», referiu.
Um livro apresentado num momento difícil para o Sporting que, na véspera foi afastado da Liga dos Canmpeões, e para o próprio avançado que tarda em reencontrar os golos que lhe deram fama. «É um livro que serve de inspiração, até pelas dificuldades porque passei na minha vida pessoal, na minha carreira como jogador e também pela necessidade de marcar golos porque estou passando agora. É um grande incentivo para mim. É a história da minha vida e isso ninguém me pode tirar», comentou.
Um dos capítulos marcantes do seu livro é o que retrata os difíceis primeiros tempos em Alvalade, atenuados por uma brincadeira de Nelson, guarda-redes que agora defende as redes do V. Setúbal. Uma brincadeira que deixou o avançado desconfiado, ao ponto de se recusar a tomar banho com o seu antigo companheiro.
«O Nelson sempre foi um dos mais brincalhões no balneário. Quando cheguei, foi dos primeiros portugueses a aproximar-se de mim. Eu era muito calado, não conhecia nada e ficava na minha. O Nelson veio com esse negócio de querer dar um beijinho aqui e dar um beijinho ali. Como eu não gosto dessas coisas, é óbvio que fiquei desconfiado. O que é que esse cara quer comigo? Mas, graças a Deus, foi tudo uma brincadeira. O Nelson foi uma pessoa muito importante para mim aqui no Sporting, como foram muitos outros», recordou.
O livro começa com a difícil infância de Liedson, que era para ser Lee Edson, em Valença, no interior do Brasil, passa pelos seus primeiros sucessos no Brasil, com as camisolas do Flamengo e do Corinthians, e chega até à actualidade no Sporting.
Liedson, a minha vida João Almeida Moreira. Editora: Prime Books. Preço: 12€50.
In MaisFutebol
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